A minha graça te basta…

II Coríntios 2
7 E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
8 Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.
9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
10 Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.

Nesta vida, os espinhos na carne são necessários. Não são bem vindos. Mas são essenciais para tratar com o nosso orgulho. Um espinho é enviado por Deus para tratar com aqueles que têm revelação. Um espinho é um mensageiro de Satanás.
Mas é trazido a torturar o nosso velho homem, por causa da inclinação que ele tem a se orgulhar. E ele é tão adâmico que pode se orgulhar até da sublimidade das revelações!

Deus quer tratar o nosso orgulho. Ele nos permite ser esbofeteados por satanás para que a nossa soberba não alcance a esfera mais perigosa: o orgulho espiritual.

Sim, esse germe luciferiano que contaminou toda a raça humana, o orgulho, pode se manifestar até no mais contrito servo do Senhor (como o apóstolo Paulo) e levá-lo a se sentir de alguma forma superior aos demais por causa das revelações dadas pelo Senhor.

Deus não quer que sua obra nas vidas dos seus filhos sofra qualquer contaminação. Por zelo, visando a manter seus servos em humildade, para que a sublimidade das revelações traga sublimidade de humildade, o Senhor permite que mensageiros de satanás nos esbofeteiem.
Ou seja, humilhe-nos, jogando na nossa cara as nossas misérias, esbofeteado-nos com nossas fraquezas.

Não nos adiantará suplicar ao Senhor que retire o espinho, posto que ele está lá justamente para conter nossa soberba. É um limitador, um humilhador que nos manterá no nosso lugar e nos encherá de paciência e misericórdia para com os outros.

Mas, nem tudo é só espinho. Existe o espinho, sim. Mas também existe a graça. E é graça suficiente, graça que basta. Essa graça faz com que o poder de Deus se aperfeiçoe em nós, nas nossas fraquezas. Essa graça nos fará compreender que somos vasos e vasos de barro. A excelência do poder não está em nós mesmos, mas está em Cristo habitando em nós.

Após entender a função do espinho na carne, o por quê o Senhor permite que um mensageiro de satanás esbofeteie seus servos, Paulo pôde compreender que sem espinho não haverá graça e por isso passou a se gloriar nas próprias fraquezas.
E não só isso! Mas passou a se alegrar de boa vontade, a ter prazer nas angústias, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições!

À primeira vista, parece loucura! Mas Paulo alcançou este prazer primeiro porque compreendeu a função do espinho. Depois, porque se submeteu ao Senhor, parando de se queixar dos esbofeteamentos.
E só então ele passou a ver as angústias, as fraquezas, as necessidades, as perseguições como oportunidades de o poder de Deus vir sobre ele e de ele compreender que não passava de um vaso desprezível e fraco. A glória está no Senhor.
E se o Senhor enche o vaso, ele continuará sendo vaso e de barro.

Mas agora, ele sabe disto. E nisto se alegra.

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1 Response

  1. Rafaella disse:

    Amém! Aleluía! Que possamos ser esbofeteados todos os dias, porque sou prova viva que a Graça do Senhor nos basta

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