Felizes os Perseguidos

Sermão do Monte – Marcas do Cristão

Seguindo nossa trilha no Evangelho de Mateus, estamos olhando há algum tempo para as bem-aventuranças (Mateus 5: 7-12). Agora e no próximo sermão veremos a última delas: A felicidade dos perseguidos por causa da justiça e por causa do nome de Jesus.

Nas bem-aventuranças, proferidas no Sermão do Monte, Jesus disse:

Mateus 5
3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
5 Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.
9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
11 Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.

A palavra grega “makarios”, traduzida como “bem-aventurados” ou “felizes” refere-se a uma felicidade interior, um sentimento profundo e genuíno de bênção, uma felicidade que o mundo não pode oferecer. É uma felicidade que não pode ser produzida, tocada ou alterada pelo mundo e nem pelas circunstâncias.

Essas palavras simples, diretas, claras e inconfundíveis contêm tesouros de verdades absolutas. Elas são as características de todo aquele que está no reino de Deus.

Jesus apresentou aqui uma verdade e não uma ficção, mesmo que a igreja do Senhor não seja constituída de pessoas perfeitas. Há momentos em nossas vidas que é difícil de nos vermos nas bem-aventuranças, mas, na verdade, estamos nelas.

  • Pelo fato de o verdadeiro cristão sempre reconhecer sua miséria espiritual, esperando somente pela salvação que vem do Senhor, o coloca na posição de humilde de espírito.
  • E por sempre estar lamentando sua pecaminosidade, ele é daqueles que choram.
  • Também reconhece que nada merece, abandona o orgulho e a autoconfiança, aprendendo a depender profundamente do Senhor, o coloca na posição de manso.
  • O verdadeiro cristão reconhece que não tem justiça, por isso é tomado por uma fome e sede de justiça.
  • E por ter recebido misericórdia, pode mostrá-la aos outros.
  • Seu coração foi limpo e purificado, porque Cristo se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras (Tito 2;14). 
  • E em vez de estar em guerra com Deus e com os outros, o cristão verdadeiro torna-se pacificador, porque fez as pazes com Deus, através da obra reconciliadora de Cristo.
  • E, consequentemente, ele sofrerá perseguição de uma sociedade que odeia a Deus, rejeita a Cristo e é controlada por Satanás.

Esta é uma descrição genuína daqueles que são filhos de Deus. Nem sempre manifestamos tudo isso, pois somos pecadores, sujeitos ao erro. Mas esse é o caráter de nossa vida, são as coisas que nos marcam como filhos de Deus. Jesus diz:

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus, Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós (Mateus 5:10-11).

O texto é muito simples. A felicidade pertence àqueles que são perseguidos por causa da justiça. Eles são insultados com injúrias, difamações e calúnias por causa do nome de Cristo. Há uma dupla bênção aqui, mas apenas um resultado: deles é o reino dos céus.

Os cidadãos do reino estão sempre em desacordo com o sistema de Satanás. Eles vivem como peregrinos e forasteiros neste mundo, e isso lhes custará perseguições.

Quem está envolvido aqui nesta bem-aventurança? Quem são eles?

Os perseguidos por causa de Cristo e do evangelho. Refere-se a todos aqueles descritos em Mateus 5: 3 a 9, ou seja, os humildes de espírito, os que choram, os mansos, os famintos e sedentos de justiça, os misericordiosos, os puros de coração e os pacificadores. Em outras palavras, os que nasceram de novo, aqueles que pertencem a Deus.

Todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos (2 Timóteo 3:12)

Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou (João 17:14)


Assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo […] Sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação (2 Coríntios 1:5,7)

Somos perseguidos por causa de Jesus. Compartilhamos a comunhão dos sofrimentos de Cristo (2 Cor. 1:7) se vivermos piedosamente neste mundo. Quem não sofre oposição do mundo é porque vive em sintonia com o sistema mundano.

Os justos sempre sofreram e sempre sofrerão. E isso vem desde o princípio. Caim era um homem religioso que trouxe a Deus uma oferta inaceitável e odiou o verdadeiro adorador, seu próprio irmão, e o assassinou. Vemos isso na história de Moisés:

Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão (Hebreus 11:24-26)

Thomas Watson, o puritano, escreveu:

Embora os justos sejam mansos, misericordiosos e puros de coração, sua piedade não os protegerá do sofrimento. Eles devem pendurar sua harpa nos salgueiros e tomar a cruz. O caminho para o céu é por meio de espinhos e sangue. Se você seguir a Cristo, você deve ver as espadas e os bastões. Coloque a cruz em seu credo.

A perseguição é um sinal do verdadeiro discipulado.

Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele (Filipenses 1:29)

Todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos (2 Timóteo 3:12)

Mesmo no ambiente mais tolerante, no país mais tolerante e no tempo mais tolerante, a cruz nunca deixará de ser um símbolo de escárnio e loucura (1 Cor.1:18), que traz à tona hostilidade e, em alguns casos, ódio, falsas acusações e perseguições. É o resultado do conflito entre dois reinos inconciliáveis.

Não importa quão aceitáveis algumas formas corrompidas de cristianismo possam ser, o cristianismo verdadeiro, piedoso e justo, produzirá hostilidade do mundo contra ele.

Líderes tentam tirar essa realidade no “cristianismo moderno. Tentam tornar o evangelho inofensivo e aceitável pelo sistema mundano. Esses falsos mestres removem do evangelho sua essência, e assim propagam uma mensagem falsa e adocicada que agrada ao mundo, mas que não tem valor algum.

Eles querem ser aceitos ao custo da conivência com a cultura do mundo. Eles não dizem que o homem está falido espiritualmente e marchando para o inferno eterno. Eles não falam do juízo e que o homem está morto em seus delitos e pecados, e que nada podem fazer por si mesmo.

Eles não pregam que Jesus é o único caminho, a verdade e a vida, e que somente pela fé Nele, e não por meio da autojustiça, a salvação pode ser conquistada. Eles são parte do sistema do qual fomos chamados a fugir e reprovar. Sobre isso Jesus disse:

Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos (Lucas 9:26)

Por outro lado, olhe por um momento para o que Pedro diz:

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, que não pode murchar, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo (1 Pedro 1: 3-5)

Essa é uma das grandes declarações em toda a Escritura sobre a salvação. O nascido de novo tem uma salvação inabalável, imperecível, imaculada, que não pode murchar. Ela está reservada no céu para os santos. O cristão verdadeiro é guardado pelo poder de Deus.

E Pedro prossegue:

Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pedro 1: 6,7)

Ou seja, as provações que surgem em nossas vidas, incluindo a perseguição, problemas e dificuldades, são parte do teste de Deus para provar a validade de nossa fé. A fé que sucumbe diante da angústia e da perseguição é uma fé falsa. Na parábola dos solos, Jesus disse:

Semelhantemente, são estes os semeados em solo rochoso, os quais, ouvindo a palavra, logo a recebem com alegria. Mas eles não têm raiz em si mesmos, sendo, antes, de pouca duração; em lhes chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam (Marcos 4:16,17)

Nossa fé é testada e comprovada nas provações. Muitos estão dispostos a se identificar com Cristo, desde que não lhes custe nada. Isso era verdade nos dias de Jesus e dos apóstolos, bem como nos dias de hoje.

Seguir a Cristo nunca será fácil neste mundo, pois o cristão verdadeiro anda com Deus em um mundo que odeia a Deus. A única escolha é a lealdade a Cristo, mesmo que isso signifique o sofrimento, privações e até a morte.

  • No tempo dos apóstolos, seguir a Jesus significava ser expulso da sinagoga, o que equivalia a exclusão social em Israel.
  • E no meio dos gentios as consequências eram indescritíveis, muitos cristãos foram lançados aos leões ou queimados em estacas pelo Império Romano.
  • Nos dias atuais, em muitos lugares do mundo, seguir a Jesus Cristo significa perseguição severa. E tal como faziam os romanos, inventam acusações falsas contra os cristãos.

A primeira geração da igreja sofreu duras perseguições:

  • Nos dias de Nero, os cristãos foram acusados de terem incendiado Roma porque pregavam sobre o fogo do juízo eterno.
  • Os cristãos foram duramente perseguidos e mortos porque recusaram prestar culto ao imperador. Tornou-se obrigatório, uma vez por ano, queimar incenso à divindade de César e dizer “César é o Senhor”.
  • Quando um homem queimava seu incenso e dizia: “César é o Senhor”, ele recebia um certificado chamado “libelo”, uma espécie de passaporte para provar que ele tinha feito isso.
  • Por sua fidelidade a Cristo, os cristãos recusaram fazer isso e se tornaram um grupo considerado rebelde e criminoso, e assim foram duramente perseguidos.

Jesus não omitiu o custo do discipulado:

Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? (Lucas 14: 26-28)

Quando Jesus disse “bem-aventurados os perseguidos”, há um sentido passivo no original grego, indicando uma permissividade: “Bem-aventurados aqueles que se deixaram perseguir” é a indicação no grego. A ideia é de suportar a perseguição de boa vontade, não fugir dela.

Há também um sentido contínuo passivo no original grego, ou seja: “Bem-aventurados aqueles que voluntariamente se permitiram sofrer hostilidade contínua”.

A questão central é a vontade voluntária. Assim, poderíamos dizer que bem-aventurados são os dispostos a serem perseguidos. A perseguição nem sempre será intensa, nem sempre será no mesmo grau, mas esses são os que estão dispostos a sofrê-la por sua fidelidade a Cristo.

A perseguição assume várias formas:

  • Em Mateus 5:11 Jesus diz: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem…”. Essa perseguição vem por meio de palavras cruéis e vis.
  • Ele completa: “e, mentindo, disserem todo mal contra vós” (Mateus 5:11). Não somente há palavras cruéis e vis, mas insinuações, acusações, calúnias e mentiras.

Paulo escreveu:

Até à presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos (1 Coríntios 4:11-13).

Por que o cristão é perseguido?

Jesus disse:

Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia (João 15:18-19).

O cristão verdadeiro é odiado porque não faz parte do sistema do mundo, e confronta o sistema por sua piedade e justiça. E Jesus continua:

Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros […] tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou. Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu pecado. Quem me odeia, também odeia a meu Pai (João 15: 20-23)

Em outras palavras, o ponto que Ele está dizendo é que as coisas que Jesus disse expuseram o pecado do mundo. O mundo agora tem que enfrentar isso. E como resultado, em vez de lidar com o pecado, o mundo odeia quem fala sobre seu pecado. E Jesus os alertou:

Tenho-vos dito estas coisas para que não vos escandalizeis. Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus. Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim. (João 16:1-3).

Ou seja, Jesus está dizendo: “Não quero que vocês se surpreendam quando forem duramente perseguidos por minha causa”.

E de fato, segundo relatos históricos:

  • André foi condenado a ser crucificado e foi amarrado com cordas para que a morte fosse lenta.
  • Pedro, depois de nove meses na prisão foi crucificado de cabeça para baixo.
  • Paulo foi decapitado em Roma por Nero.
  • Tiago, Mateus, Matias, Bartolomeu, Tomé sofreram o martírio.

Um cristão com o nome de Aristides, o Justo, foi banido de Atenas. Quando perguntaram a um dos cidadãos porque havia votado pelo banimento de Aristides, ele disse: “Porque estou cansado de ouvi-lo sempre ser chamado de ‘o justo’. Irrita-me que as pessoas o identifiquem como justo”.

Há alguns anos um jovem de nossa igreja estava compartilhando Cristo em um parque em Los Angeles, e foi atacado porque estava pregando o evangelho com ousadia. Seu crânio sofreu quatro fraturas graves, e ele morreu três dias depois no hospital. O mundo é hostil ao cristão comprometido.

Há algum tempo fui convidado para falar em uma Universidade sobre cristianismo e cultura. E aproveitei a oportunidade para falar de Jesus, sua pessoa, vida e obra. Alguns alunos foram salvos ali e estão servindo a Cristo. Houve retaliação da Universidade, proibindo reuniões cristãs, bíblias e livros cristãos no campus.

  • Quem vai ser perseguido? Aqueles que estão no reino.
  • Como eles serão perseguidos? Eles serão caluniados e tratados com insultos.
  • Por quê? Porque eles têm uma mensagem que as pessoas não querem ouvir, é uma mensagem sobre pecado, julgamento, justiça e salvação.

É importante ressaltar que Jesus não está falando de qualquer tipo de perseguição, mas apenas aquela que é feita por causa do nome de Cristo.

Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus (1 Pedro 4:14).

Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós (Mateus 5:11)

  • Se você é insultado pelo nome de Cristo, você é abençoado. E como vem essa bênção? “O Espírito da glória e Deus repousa sobre você.” Que promessa!

A humildade de espírito é ofensiva ao orgulho do coração incrédulo. O arrependimento que faz o homem ser contrito e lamentar seu pecado não é apreciado pelo mundo insensível, indiferente e pecador.

O espírito manso e quieto está diretamente em oposição ao espírito orgulhoso, militante e ressentido do mundo que é consumido por suas próprias atitudes egoístas.

A fome e sede de justiça é contrária às concupiscências da carne, às concupiscências dos olhos e à soberba da vida que domina o mundo (I João 2:15-17). A pureza do coração contrasta dolorosamente com a hipocrisia e a corrupção.

A justiça em si é uma repreensão. Não tenha a ilusão de que as pessoas que não conhecem a Cristo são indiferentes a Ele. Aqueles que rejeitam o evangelho odeiam o Cristo do evangelho e não querem nada com Ele.

Então, se eu vivo uma vida que manifesta Cristo pelo meu falar e viver, e se eu pregar o evangelho fielmente, sofrerei hostilidade.

  • Poderíamos fazer a pergunta: Quando? Sempre. Mas sempre que isso acontece, somos chamados a aceitá-lo e encontrar nele o caminho da bênção.
  • Como é que devemos desfrutar dessa bem-aventurança? Jesus disse: “Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus” (Mateus 5:12) e Pedro disse: “porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (I Pedro 4:14).

Mas, você deve estar se questionando: Como devemos nos regozijar e exultar diante das perseguições? Como podemos chegar a esse ponto em meio a tudo isso? Bem, isso falaremos no próximo sermão. Há muito a dizer sobre isso.

Basta dizer neste ponto, felizes são os feridos, felizes são aqueles que são perseguidos porque o Senhor assim o diz. E o Espírito de graça e glória repousa sobre eles.

Não esperamos passar por este mundo fazendo amizade com todos. Queremos ser amorosos e falar a verdade em amor. Não queremos ser rabugentos, indelicados e arrogantes. Mas queremos falar a verdade. Viva a verdade e aceite o que vier.

E a vida assume um tom tremendamente claro. Quando você é intransigente e prega a verdade, a verdade mudará a vida das pessoas, e elas o amarão por isso. Mas aqueles que o rejeitam irão odiá-lo. Assim passamos a vida fazendo amigos e inimigos. Mas em tudo, Deus promete bênção.

E descobriremos mais sobre essa promessa no próximo sermão. Junte-se a mim em oração.

Senhor. Agradecemos por tua Palavra. Este ensinamento essencial de nosso Senhor nos dá o que precisamos saber sobre o fundamental de nossa fé, para entender que perseguição, falsa acusação e insultos fazem parte da experiência do cristão se ele vive em retidão.

Não é algo de que devemos fugir, mas algo que devemos abraçar com gratidão, como Paulo disse: “Eu trago em meu corpo as marcas de Jesus Cristo” (Gálatas 6:17), como se as cicatrizes fossem um distintivo de honra.

Tiago disse para estarmos alegres quando cairmos em várias provações (Tiago 1:2), sabendo que essas coisas testam, provam e fortalecem nossa fé. Sabendo que os sofrimentos deste mundo não são dignos de serem comparados com a glória que em nós será revelada (Romanos 8:18). Se sofrermos com Jesus aqui, reinaremos com Ele (2 Timóteo 2:12). E em proporção à medida de nosso sofrimento aqui será a medida de nossa glória lá.

Oh, nós somos realmente abençoados. Faça-nos pessoas da verdade, pessoas sem medo de viver e falar como Cristo viveu e falou. Mesmo que nos tratem como o trataram, seremos abençoados. E Ele, embora rejeitado, foi exaltado pelo Pai. Assim seremos glorificados e seguiremos o próprio caminho de nosso Salvador do sofrimento à glória.

Obrigado por esta grande verdade e esta promessa. Em nome de Cristo. Amém.


Esta é uma série de  sermões de John MacArthur sobre o Sermão da Montanha

Clique aqui e veja o índice com os links dos sermões traduzidos já publicados desta série

Clique aqui e veja também o índice com os links dos sermões traduzidos sobre o Evangelho de Mateus


Este texto é uma síntese do sermão “The Only Way to Happiness: Endure Persecution, Part 1”, de John MacArthur em 27/09/1998.

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

https://www.gty.org/library/sermons-library/90-198/the-only-way-to-happiness-endure-persecution-part-1

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno


 

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