Falando Fielmente de Jesus

Série Ev. Marcos (28)

Seguindo nossa trilha no Evangelho de Marcos, vamos olhar agora para o capítulo 7, versículos de 31 a 37. Temos uma questão importante aqui:

  • Por que Jesus pedia para que não divulgassem os sinais que fazia?
  • E quando Pedro declarou: “És o Cristo de Deus”, por que Ele o advertiu para que a ninguém declarasse tal coisa (Lucas 9:21)?

Isso é um aparente paradoxo, pois Ele veio para manifestar-se como o Cristo, o Messias, o Salvador, o Filho de Deus. 

Marcos 7
31 De novo, se retirou das terras de Tiro e foi por Sidom até ao mar da Galileia, através do território de Decápolis.
32 Então, lhe trouxeram um surdo e gago e lhe suplicaram que impusesse as mãos sobre ele.
33 Jesus, tirando-o da multidão, à parte, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e lhe tocou a língua com saliva;
34 depois, erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá!, que quer dizer: Abre-te!
35 Abriram-se-lhe os ouvidos, e logo se lhe soltou o empecilho da língua, e falava desembaraçadamente.
36 Mas lhes ordenou que a ninguém o dissessem; contudo, quanto mais recomendava, tanto mais eles o divulgavam.
37 Maravilhavam-se sobremaneira, dizendo: Tudo ele tem feito esplendidamente bem; não somente faz ouvir os surdos, como falar os mudos.

O contexto de Marcos 7: 31 a 37

Por mais de um ano, nosso Senhor Jesus esteve ministrando na região da Galileia (norte de Israel), onde estava o Mar da Galileia, muitas cidades e vilas.

No Evangelho de Marcos, o ministério de Jesus na Galileia vai até o capítulo 9. A partir do capítulo 10 Jesus deixou a Galileia e foi para a Judéia (sul de Israel), passando por várias cidades e vilas, e, finalmente foi para Jerusalém, onde foi preso e crucificado. Após tudo isso Ele ressuscitou, ascendeu ao céu e foi exaltado.

Em Marcos 7 Jesus estava próximo de deixar a Galileia. Mas, antes disso, Ele viajou por alguns meses para fora de Israel com os doze, indo para Tiro e Sidon (atual Líbano), e regressou pela região gentia de Decápolis (atual Jordânia), conforme Marcos 7:24.

  • Como sabemos que essa viagem durou alguns meses? Dias antes de sair de Cafarnaum, Jesus alimentou uma grande multidão perto de Betsaida (a primeira multiplicação de pães e peixes, registrado em Marcos 6). Ele disse ao povo para se sentar na grama verde (Marcos 6:39), indicando ser a primavera. Em Marcos 8, quando Jesus estava em Decápolis, há outra multidão, desta vez uma multidão de gentios, e Ele a alimenta (a segunda multiplicação de pães e peixes). Só que agora Jesus ordenou ao povo que se assentasse no chão seco (Marcos 8:6), indicando que alguns meses se passaram do início da primavera.

A ideia foi passar um tempo isolado e contínuo com os discípulos para treiná-los, e ali foi um refúgio em relação à hostilidade que Jesus sofria na Galileia. A viagem foi tão proveitosa, que no final dela Jesus perguntou aos doze: “quem dizeis que eu sou?”. Pedro declarou: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16).

Na Galileia Jesus falou principalmente para as multidões. Falava com elas também por meio de parábolas e, por causa de sua incredulidade, não lhes explicava as parábolas. Ele explicava apenas a seus discípulos. Mas nessa viagem em terras gentias Ele se concentrou na preparação da primeira geração de pregadores do evangelho. Eles precisavam estar preparados.

Como vimos no sermão anterior, quando Ele chegou a Tiro, Ele quis escapar de ser notado pelas multidões, mas não conseguiu. Marcos 3:8 diz que as pessoas de Tiro e Sidon o acompanhavam na Galileia. Ele já era conhecido por lá. E nessa viagem Jesus libertou a filha endemoninhada de uma mulher siro-fenícia (Marcos 7: 24-30).

Após esse incidente, Jesus encerrou sua viagem à região de Tiro e Sidon (distante 32 km uma da outra) e começou a retornar para a Galileia, passando por Decápolis, região gentia formada por dez cidades.

Marcos 7
31 De novo, se retirou das terras de Tiro e foi por Sidom até ao mar da Galileia, através do território de Decápolis.

Não há registro de que Jesus ensinou, curou ou teve eventos públicos em Tiro e Sidon. Mas é possível que tenha havido, pois João escreveu:

Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos (João 21:25).

Jesus retornava para Galileia através de Decápolis, que ficava a leste do Mar da Galileia. Foi um caminho mais difícil, certamente Jesus queria ter mais tempo com os discípulos. Ele passou por áreas remotas da Galileia e Cesaréia de Filipe.

Nota do site: Cesareia de Filipe foi uma cidade que o rei Herodes, o Grande, construiu aos pés do Monte Hermom, na atual fronteira do Líbano e Síria, e dedicou a César Augusto. Alguns sugerem que foi no Morte Hermom que houve a transfiguração de Cristo, embora a maioria considera o Monte Tabor (a transfiguração de Jesus é registrada em Marcos 9, Mateus 16 e Lucas 9).

Jesus aproveitou aquele tempo para se concentrar nos discípulos. O contexto na Galileia estava muito difícil. Herodes Antipas, que decapitou João Batista, estava à procura de Jesus, depois que houve rumores que Jesus seria João Batista ressuscitado. Os fariseus e os escribas queriam que Jesus fosse morto. As multidões eram superficiais e rejeitaram sua mensagem, mas queriam tirar proveito de seus poderes.

Em Tiro ele libertou de demônios a filha de uma mulher siro-fenícia, que demonstrou uma tremenda fé, conforme vimos no sermão anterior. Assim Ele demonstrou que Deus quis que Israel fosse um canal para levar a Salvação a todos os povos, e não para ter a salvação exclusivamente para si, como pensavam as lideranças religiosas.

Ele sai saiu de Tiro e Sidon (cidades anexadas por um general romano à Síria), e foi em direção a Decápolis (dez cidades sob o governo sírio). Sua fama já havia se espalhado por todos os lugares, conforme relatado por Mateus:

Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria […]E da Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam (Mateus 4: 23-25).

A cura de um surdo e gago em Decápolis

Então, quando Ele chegou em Decápolis, Ele não era um desconhecido. Mateus diz que ali Jesus foi procurado por grandes multidões que traziam coxos, aleijados, cegos etc. e Ele os curou (Mateus 15: 29-30). Esse foi o cenário que envolveu a cura de um surdo-mudo, que apenas Marcos registrou (Marcos 7: 31-37). Mateus escreveu que houve várias curas naquela ocasião:

O povo se maravilhou ao ver que os mudos falavam, os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. Então, glorificavam ao Deus de Israel. (Mateus 15:31)

Foi no meio de tantas curas que Jesus realizou em Decápolis, que apenas Marcos registrou uma em particular:

Marcos 7
32 Então, lhe trouxeram um surdo e gago e lhe suplicaram que impusesse as mãos sobre ele.
33 Jesus, tirando-o da multidão, à parte….

Mesmo em Israel surdos-mudos eram vistos pelos rabinos como loucos, e fora de Israel a situação era ainda pior. Também havia o estigma de que eles eram amaldiçoados por Deus, sendo vistos como impuros pelos saduceus e fariseus. Era uma condição muito pior do que a de um cego, que tem a capacidade de interagir.

Mesmo sendo um homem desprezado, houve amigos ou parentes que o trouxeram aos pés de Jesus e suplicaram que Jesus impusesse as mãos sobre ele. Ele estava ali no meio do caos barulhento da multidão, mas Jesus o chamou à parte e mostrou sua compaixão e bondade. Ele não viu aquele homem como apenas mais um na multidão.

Marcos 7
33 Jesus, tirando-o da multidão, à parte, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e lhe tocou a língua com saliva;
34 depois, erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá!, que quer dizer: Abre-te!

  • Jesus colocou os dedos no ouvido daquele homem, pois o homem não escutava. Jesus usou seu próprio modo particular de linguagem de sinais para dizer-lhe que estava prestes a curá-lo da surdez.
  • E depois Jesus lhe tocou a língua com saliva, também um modo de linguagem de sinais por meio do qual Jesus ofereceu ao homem a esperança de recuperar a fala.
  • Então Jesus olhou para o céu, e após um suspiro profundo, disse: “Efatá!”. Palavra aramaica que quer dizer “abre-te”. Jesus queria que ele soubesse que seu poder vinha do alto.
  • Por que Jesus fez um suspiro profundo? Foi uma expressão de simpatia, de dor pelo sofrimento do homem, de compaixão e ternura, mostrando que Deus é poderoso e compassivo. Jesus via as multidões e se movia de profunda compaixão (Mateus 9:36; 14;14; 15:32; 20:29-34; Lucas 7: 11-22 etc.). E o resultado:

Marcos 7
35 Abriram-se-lhe os ouvidos, e logo se lhe soltou o empecilho da língua, e falava desembaraçadamente.

Em um instante, aquele homem podia ouvir perfeitamente e falar claramente. Não foi uma cura parcial, que dependia de terapias complementares. Ele recuperou plenamente sua capacidade de ouvir e falar imediatamente, de forma que já saiu dali totalmente curado.

Jesus pediu para não divulgassem a cura

Mas jesus dá uma ordem a todos ali, para que não divulgassem aquela cura. Foi uma ordem que parece estranha, não?

Marcos 7
36 Mas Jesus lhes ordenou que a ninguém o dissessem…

Jesus fez esse pedido algumas vezes, tais como:

  • Ele ordenou ao leproso curado que não contasse a ninguém (Marcos 1:44)
  • Ele ordenou que não divulgassem que Ele havia ressuscitado a filha de Jairo (Marcos 5:43)
  • Ele mandou que o cego curado fosse para casa e não entrasse na aldeia para divulgar a cura (Marcos 8:26).

Mas quando Jesus libertou o endemoninhado de Gadara, Ele deu uma ordem diferente, mandando que o homem liberto dos demônios fosse para sua terra anunciar tudo o que Deus havia feito por Ele.

Ao entrar Jesus no barco, suplicava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti. Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam. (Marcos 5:18-20)

Por que Jesus agiu diferente nesses casos, ora mandando que as pessoas se calassem e, como no caso do endemoninhado de Gadara, mandou que divulgasse seus feitos? Qual é a diferença? Como podemos explicar isso?

O endemoninhado de Gadara, após ser liberto, foi o primeiro missionário em Decápolis. Até ali, ninguém havia falado sobre Jesus em Decápolis. E aquele homem anunciou quem era Jesus, seu poder e misericórdia. Como vemos no capítulo 8 de Marcos, havia em Decápolis multidões enormes seguindo Jesus, talvez fruto da pregação daquele homem.

Mas a mensagem ainda não estava completa. Jesus não queria que se espalhasse a mensagem de que Ele era um fazedor de milagres. Essa não era toda a história. Seria como se você tivesse uma parte da história do evangelho de que Jesus nasceu de uma virgem, veio ao mundo, fez milagres, curou pessoas e pregou o reino de Deus. Essa não é a história, pois não inclui a morte, a ressurreição e a exaltação de Cristo.

Mais a frente, Jesus disse algo intrigante aos discípulos:

Quem dizem as multidões que sou eu? Responderam eles: João Batista, mas outros, Elias; e ainda outros dizem que ressurgiu um dos antigos profetas. Mas vós, perguntou ele, quem dizeis que eu sou? Então, falou Pedro e disse: És o Cristo de Deus. Ele, porém, advertindo-os, mandou que a ninguém declarassem tal coisa (Lucas 9:18-21)

A mesma situação ocorre aqui. A história ainda não estava completa até a crucificação e a ressurreição. Os próprios discípulos ainda não entendiam a cruz. Mas depois que Jesus morreu, ressuscitou e foi exaltado, ele voltou aos discípulos e disse:

Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. (Mateus 28:18-20)

Agora a história estava completa. E os discípulos saíram para levar a mensagem completa ao mundo. E Pedro proclamava: “Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo”. (Atos 2:36)

Marcos 7
36 Mas lhes ordenou que a ninguém o dissessem; contudo, quanto mais recomendava, tanto mais eles o divulgavam.
37 Maravilhavam-se sobremaneira, dizendo: Tudo ele tem feito esplendidamente bem; não somente faz ouvir os surdos, como falar os mudos.

Jesus ainda não havia cumprido sua obra, Ele queria uma mensagem completa. Isso não impediu que as pessoas divulgassem, em um claro exemplo de desobediência.

E por que eles foram tão desobedientes? Porque o versículo 37 diz que eles ficaram, no sentido do original grego, “extremamente espantados e atônitos”. Eles estavam completamente maravilhados, e não conseguiram se conter. Então, eles espalharam uma mensagem incompleta por toda parte.

A reação da multidão em Decápolis (Marcos 7:37)

1) “Tudo ele tem feito esplendidamente bem”, ou seja, Ele fez perfeitamente, sem necessidade de complementos. O surdo não saiu dali para fazer um treinamento para voltar a falar corretamente, ele foi totalmente recuperado instantaneamente. As pessoas que estavam doentes, ficaram perfeitamente saudáveis, os aleijados saiam andando perfeitamente.

Assim como Jesus fez na criação, Ele deu novos ouvidos, olhos, pernas, braços etc. por meio de sua palavra. E tudo foi muito bom, perfeito. Foi assim como Deus fez na criação: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31). E sabemos que tudo foi criado por meio de Jesus (João 1:3). E foi perfeito. Tudo o que Ele fez foi perfeito, absolutamente perfeito.

2) “não somente faz ouvir os surdos, como falar os mudos. A palavra grega “mogilalon” traduzida como “mudo” ou “gag é encontrada apenas neste versículo em todo o Novo Testamento. No Velho Testamento ela aparece uma única vez (na tradução Septuaginta)

Nota do site: A tradução Septuaginta é versão da Bíblia hebraica traduzida por 70 judeus para o grego koiné, entre o século III a.C. e o século I a.C., em Alexandria (Egito).

Por que Marcos utilizou uma palavra rara para expressar “mudos”?

A palavra “mogilalon” para expressar “mudos” aparece apenas uma vez no Antigo Testamento, em Isaías 35. O livro de profeta Isaías se divide em duas partes: profecias de julgamento e profecia de salvação. E a transição estre as duas partes acontece no capítulo 35.

Até o capítulo 35 há profecias de julgamento contra Edom, Egito, Tiro, Israel e Jerusalém. Neste capítulo acontece uma transição de julgamento para salvação, de condenação para esperança, de tristeza para alegria. Trata-se da salvação de Israel e dos gentios por meio da vinda do Messias.

O texto refere-se ao grande reino milenar de Cristo, quando Ele virá para reinar na terra. O verso 1 diz: “O deserto e a terra se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como o narciso”. E o texto prossegue dizendo

Dizei aos desalentados de coração: Sede fortes, não temais. Eis o vosso Deus. A vingança vem, a retribuição de Deus; ele vem e vos salvará. Então, se abrirão os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos; Os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; pois águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo (Isaías 35: 4-6)

Observe o verso 6: “a língua dos mudos (mogilalon) cantará”. A palavra cantará expressa profunda alegria. É realmente uma imagem magnífica da obra do Senhor, do seu reino e de sua salvação. Marcos faz uma referência escatológica sobre o reino milenar, dando uma prévia da glória do reino, quando homens de todas as línguas, tribos e nações se reunirão em Seu reino.

Pai, agradecemos pela maneira que a Escritura se desdobra para nós, com belezas sutis. Agradecemos pelas pequenas coisas que às vezes podem ser negligenciadas, mas que abrem grandes perspectivas. Vemos nesta história que Tu és o Criador, que Tu criaste tudo pela tua palavra, e fez tudo perfeito. E podemos contemplar teu reino futuro neste mundo, quando governarás com justiça e juízo.

Agradecemos pela obra da salvação, pela expiação para todos os que creem em Cristo, pela cura espiritual e um dia a cura física quando todos entrarmos em Sua presença e receberemos corpos glorificados, como o próprio corpo de Cristo após Sua ressurreição.

Oh Senhor, novamente Tu colocas a Sua glória em exibição de maneira inconfundível, como nosso Criador, como nosso compassivo Curador, e como nosso Redentor e Salvador. Nós Te confessamos como Senhor com corações agradecidos em nome de Seu Filho. Amém.


Esta é uma série de  sermões de John MacArthur sobre o Evangelho de Marcos

Clique aqui e veja o índice com os links dos sermões traduzidos já publicados desta série


Este texto é uma síntese do sermão “To Speak or Not to Speak”, de John MacArthur em 9/5/2010

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

https://www.gty.org/library/sermons-library/41-35/to-speak-or-not-to-speak

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno


 

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