Segurança em um Mundo Hostil

Há um sério medo de se criar filhos no mundo em que vivemos. Os pais estão receosos sobre que tipo de mundo seus filhos vão enfrentar amanhã. Há pessoas que estão se perguntando se deveriam ter filhos em meio a tantos perigos.

E alguns de nós, avós, que sabem o que pode dar errado ao longo de muitos anos de uma geração, talvez até tenham mais preocupação e ansiedade sobre o que o mundo futuro trará sobre nossos netos.

Nós ouvimos essas conversas o tempo todo: Muito medo e muita ansiedade. Conversei com um médico que disse que está prescrevendo cada vez mais tranquilizantes para pessoas aflitas sobre o que o futuro trará para seus filhos e suas famílias. Estamos em um mundo muito desafiador e ameaçador.

Esse mundo sempre foi altamente perigoso e está cada vez mais desafiador. Estamos enfrentando um mundo muito conturbado e muito hostil contra a família, ao casamento e às crianças.

O verdadeiro cristão se tornou o inimigo público número um. E o sistema está vindo até nós com ferocidade. Nunca na história do mundo estivemos expostos a tantos problemas como hoje.

Sempre houve problemas, mas agora, nesta era saturada de mídia, temos que enfrentar volumosos problemas de todos os lados, nos mínimos detalhes.

Antes os cristãos enfrentavam os problemas que experimentavam, viam, conheciam, leram etc. Agora temos que carregar todos os problemas do mundo inteiro em detalhes. É mais do que um coração pode suportar. Eles intimidam, amedrontam, criam ansiedade e medo.

Muitos vivem aterrorizados com previsões de catástrofes, guerras, novas doenças etc. E vemos ameaças vindo de todos os lados contra as coisas que consideramos preciosas e valiosas. O mal está crescendo, somos expostos à corrupção, perversão moral e a iniquidade o tempo todo.

Tudo isso não deve ser surpresa para os cristãos, porque é exatamente isso que a Bíblia diz que é a realidade deste mundo. Essa é a vida em um planeta perigoso.

Mas Deus está no controle deste planeta. Este mundo como o conhecemos não vai a lugar nenhum até que Deus venha para acabar com ele. Ele sozinho o criou. Ele sozinho o destruirá. Não há esperança alguma para este mundo condenado.

Deus não apenas está no controle do problema, ele está no problema, realizando seus propósitos e cumprindo sua vontade. Isaías 14:24 diz: “Jurou o Senhor dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará”.

Deus controla o problema e está efetuando Sua vontade, mas não necessariamente sabemos o que ele está fazendo. Isaías 45:15 diz: “Verdadeiramente, tu és Deus misterioso”. Os propósitos específicos de Deus não são conhecidos.

Jó não tinha ideia do motivo de seu sofrimento, mas Deus estava controlando o problema. Deus estava fazendo Sua vontade no problema, mas Deus nunca disse a Jó o porquê. A Bíblia nos diz apenas o que precisamos saber. E na maior parte dos problemas que experimentamos no mundo, Deus permanece oculto e silencioso.

Mas nós sabemos o que Ele quer do problema. Não sabemos exatamente os Seus propósitos no problema, mas sabemos o que Ele quer do problema que surge em nossas vidas. Tiago 1: 2-4 diz:

Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.

As aflições que enfrentamos tiram qualquer ilusão que possamos ter sobre este mundo. Essas aflições nos purificam, nos conduzem à oração e dependência de Deus, e nos tornam capazes de confortar os outros em seus problemas. Há muitas coisas que são benefícios espirituais das aflições e problemas.

Vamos nos concentrar agora em uma categoria específica de problema: a perseguição. E esse é um problema que os cristãos não conheciam aqui nos Estados Unidos, embora sempre foi comum em muitos lugares do mundo. Mas, agora, o verdadeiro cristianismo está no topo da lista de inimigos do país.

Como reagimos quando o problema se torna perseguição? Jesus disse no cenáculo:

Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros […] tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou. (João 15:18-21)

Para entender como lidar com esse tipo de problema de perseguição, vamos ver a primeira carta de Pedro. O apóstolo escreveu esta rica carta para crentes que estavam sofrendo. Ele diz:

Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. (1 Pedro 4:12,13).

Ele deu instruções a esses crentes sobre como sobreviver à perseguição. Ele diz:

Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; (1 Pedro 2:9)

Somos uma raça eleita, sacerdócio real, nação santa e povo de propriedade exclusiva de Deus. Isso nos diferencia e nos distingue. Somos uma nação dentro de uma nação.

Sabemos que no período da segunda guerra os judeus foram massacrados por Hitler e Stalin. E tudo começou porque os judeus mantinham sua identidade e costumes, formando uma nação dentro de outra. E por isso eram vistos como uma ameaça. O mundo se volta contra aqueles que não consegue absorver.

E os verdadeiros cristãos conservam sua identidade, não assimilam a cultura do mundo e anunciam ao mundo inteiro que somos a raça eleita, somos o sacerdócio real, somos a nação santa, o povo escolhido de Deus. E o verdadeiro cristão desfruta de intima comunhão com um Deus que o mundo odeia.

Isso é o que estabelece toda hostilidade, animosidade e perseguição. Os genuínos cristãos são um povo santo no meio de um mundo profano. Eles pertencem a Deus, mas estão cercados por pessoas que pertencem ao diabo. São sacerdotes de Deus, mas convivem com sacerdotes do reino das trevas.

Diante desse cenário, a sobrevivência seria uma espécie de triunfo. Apenas sobreviver ao ódio e rejeição já seria uma conquista em si. Mas, para tornar isso ainda mais difícil, os genuínos cristãos não vivem acuados, mas vivem pregando as grandezas daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. E isso agrava toda a oposição.

Os verdadeiros cristãos são alvos da fúria de Satanás, do reino das trevas e do mundo que jaz no maligno. Não buscam apenas sobreviver ao ódio e perseguição, mas para desafiar as trevas com o evangelho de amor, graça, misericórdia e perdão. Não lutam contra homens hostis, querem apenas ser instrumentos de Deus para resgatá-los das trevas.

De 1º Pedro 2:13 a 3:12 Pedro fala sobre como nos relacionar neste mundo. E em cada relacionamento ele nos ensina a viver anunciando a verdade do evangelho. O propósito de todo relacionamento é proclamar as grandezas de quem chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Ele diz:

Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós. (1 Pedro 3:14,15)

Sentimos muito incômodo ao conviver com um mundo apodrecendo que ataca a verdade, a honestidade, a dignidade, a moralidade e a família. É terrível vermos o crescimento da perversão moral e do mal. Nós nos ressentimos muito com tudo isso.

Mas não podemos deixar que isso se transforme em ressentimento contra as pessoas que são cativas do reino das trevas, porque nosso propósito de estarmos neste mundo é proclamar o evangelho a eles.

Temos que nos proteger da hostilidade do mundo e da maldade crescente vindo de todos os lados. Temos que proteger nossas famílias e nossos filhos. Os pastores devem proteger suas congregaçõe. Mas, ao mesmo tempo, temos que ser a luz do evangelho para aqueles que nos perseguem.

Como podemos nos proteger do mundo?

Vemos cristãos se tornando ansiosos, medrosos, apavorados, irritados, cheios de raiva e hostis. E se você está assim agora, você vai ter graves problemas à medida que o tempo passa, pois a perseguição vai aumentar.

Precisamos nos encher da Palavra de Deus para termos paz neste mundo hostil, resultado de um coração sereno, consolado, confiante, esperançoso e seguro. Tais atitudes nos fortalecem e nos capacitam a cumprir nossa missão neste mundo, que é de proclamar o evangelho.

Concordo que há muitas coisas para nos deixar alarmados. São coisas que nunca havíamos visto ou estão em um nível de intensidade que nunca havíamos imaginado. Precisamos ouvir o que a Palavra de Deus diz.

Pedro diz como nos proteger e manter nosso conforto, paz e  posição de luz neste mundo. Como fazemos isso?

Vamos olhar para 1º Pedro 3: 13-17. Você não vai ouvir nada de novo, mas espero colocá-lo em contato com algumas coisas que devem ser renovadas em seu pensamento.

1 Pedro 3
13 Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom?
14 Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados;
15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,
16 fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo,
17 porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal.

1) Quanto mais cresce a perseguição, mais intensos devemos ser na prática do bem

“Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom?” (1 Pedro 3:13)

Esta é a primeira linha de defesa contra a perseguição. É um ensino que traz uma verdade facilmente verificada na vida real, não se trata de uma doutrina celestial profunda.

As pessoas têm mais dificuldades em ferir aqueles que praticam o bem. É mais difícil. Não é comum ver pessoas hostis maltratarem pessoas prestativas, compassivas, gentis, atenciosas e misericordiosas.

Pedro diz que devemos começar aqui. Não viva amargurado porque as coisas estão afetando sua liberdade, posses e conforto. Apenas continue fazendo o que é bom. E isso em um sentido muito amplo. I Tess. 5:15 diz:

Evitais que alguém retribua a outrem mal por mal, pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos.

Se estão fazendo o mal contra você, não pague com o mal. Não deixe a perseguição, a hostilidade, a atitude anticristã, a terrível e avassaladora corrupção que está acontecendo em nosso mundo direcioná-lo para a vingança, animosidade e hostilidade. Não devolva o mal com o mal. Devote-se em fazer o que é bom.

Comprometa sua vida com o que é bom para todas as pessoas. Esse é um ótimo lugar para começar. Quando as pessoas te veem como um benfeitor, compassivo e generoso, você poderá estar em melhor posição.

O oposto disso seria alguém usando o nome de Cristo e possuindo um comportamento escandaloso, egocêntrico, manipulador e buscando se engrandecer. Certamente esta é uma posição pecaminosa e perigosa. Precisamos ser conhecidos como aqueles que fazem o bem.

2) Alegrar-se pelo sofrimento

“Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados” (1 Pedro 3:14)

Mesmo você vivendo na prática do bem, isso não lhe garante isenção de sofrimento e perseguição. Pode acontecer que você sofra por causa da justiça.

Pedro diz: “ainda que venhais a sofrer” ou “mesmo que você sofra”. No original o sentido é de que há chance de você ser perseguido de qualquer maneira. Muitas pessoas viveram na prática do bem e foram duramente perseguidas.

E Pedro estava escrevendo para pessoas nessa condição, que estavam sofrendo por causa da justiça, bondade, comportamento correto e piedoso. No capítulo 4 Pedro diz:

Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus. Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome […] Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem. (1 Pedro 4:12-16, 19)

Sim, você precisa ter disposição para sofrer mesmo praticando o bem. E Pedro repete isso no capítulo 2:

Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus. Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente (1 Pedro 2: 20-23)

Cristo não apenas morreu em nosso lugar, suportando o cálice da ira de Deus contra nossos pecados em nosso lugar, mas também nos mostrou como sofrer injustamente. Ele nos deu o exemplo. Diante de todas as injustiças entregue-se a Deus, não se encha de maus sentimentos e você será abençoado.

Por que seremos bem-aventurados se sofrermos por causa da justiça?

Porque é mais que uma alegria, é um privilégio. Você está sofrendo por Cristo. Como disse Paulo: “Trago em meu corpo as marcas de Cristo” (Gal. 6:17). Que honra! É a Cristo que o mundo odeia, e porque você está com ele, você levará em seu corpo as marcas de Cristo. Que honra! Que privilégio!

Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia […] tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou. (1 João 15: 19,21)

A bem-aventurança nos sofrimentos por causa da justiça é um privilégio, mas além disso é uma honra celestial. Haverá uma recompensa. Jesus disse:

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. (Mateus 5:10-12)

Devemos procurar sempre a prática do que é justo e bom. Mas, se mesmo assim, somos perseguidos, estejamos dispostos a sofrer porque o resultado eterno é maravilhoso.

E o apóstolo Pedro completa: “Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados” (1 Ped. 3:14). Ou seja: “Sejam corajosos e destemidos, prossigam firmes”.

John Bunyan estava na prisão de Bedford quando escreveu seu famoso livro “O Peregrino”. Ele ficou preso por muitos anos naquela prisão, simplesmente porque pregava o evangelho verdadeiro.

Foi-lhe oferecido a liberdade muitas vezes, com a condição de que negasse o evangelho. Ele recusou, mesmo tendo sua esposa e filhos lá fora. Lá na prisão ele escreveu: ‘Esta prisão tem sido muito doce para mim desde que cheguei aqui e também seria o enforcamento se Tu aparecesses então’.

Precisamos de cristãos que sejam corajosos, ousados, justos, santos e zelosos pelo bem. E se perseguidos, se regozijem na glória especial que Deus lhes concede, tanto agora em dar-lhes a honra de sofrer por Cristo, em aperfeiçoá-lo através do sofrimento, como um dia recompensando-os no céu.

3) É necessário ter foco em Cristo.

Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração…” estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós (I Pedro 3:15)

Santificar significa separar. Santifiquem a Cristo como Senhor em seus corações. Em vez de ter medo, em vez de temer os perseguidores ou a Satanás, simplesmente venere a Cristo, honre a Cristo e adore a Cristo.

Reconheça que Ele é santo, soberano, glorioso e majestoso, Ele deve ser o objeto de seu amor e lealdade. Dê a Cristo o temor e a reverência que Ele merece.

Devemos reconhecer Sua glória, grandeza, perfeição e nos submeter ao Seu propósito. No meio das provações e do sofrimento, não foque no perseguidor e na perseguição, mas em Cristo.

Submissão profunda, amorosa, leal e confiante à sua vontade, pois Ele nos dá grande coragem para amarmos e buscarmos Sua vontade, mesmo diante das hostilidades.

4) A esperança de glória

“… estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (I Pedro 3:15)

Quando as pessoas perguntam a você:

Por que você não se retrata da mensagem do evangelho que você pregou? Por que você insiste em pregar esta mensagem? Por que você não aceita o que a cultura aceita? Por que você não se adequa àquilo que o mundo aprova? O que você ganha com isso? Por que tudo isso é importante para você?

Pedro ensina como responder:

Sempre que você tem que defender o que você crê, demonstrar sua vida em obediência à Palavra de Deus, declarar sua submissão ao senhorio e soberania de Cristo e reafirmar sua rejeição a tudo aquilo que Deus não aprova, vá em frente e sempre defenda o que a Palavra de Deus diz.

Esteja sempre preparado para responder a todo aquele que lhe pedir razão da esperança que há em você. Tudo o que cremos e fazemos como cristãos conduz à realidade de nossa esperança.

E qual é a nossa esperança? É a vida eterna, é o céu. Quaisquer sacrifícios que fazemos agora são feitos à luz do que Deus preparou para aqueles que O amam. Quaisquer que sejam as privações que aceitamos agora, é à luz de todas as riquezas e bênçãos da glória por vir.

Se no meio das hostilidades do mundo você diz: “vivo assim por quero minha vida melhor agora”. Essa resposta não demonstra que você vive à luz da Palavra de Deus.

Se você vive à luz da Palavra de Deus, enfrentando o ódio do mundo, estará munido deste pensamento que Pedro deixou em sua 1ª carta:

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós, que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo, em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações (1 Pedro 1:3-6)

5) Ter uma consciência pura

Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. (1 Pedro 3:16)

Mesmo que o mundo tente fazer com que você se sinta mal, como se você fosse culpado de alguma coisa, se sua consciência estiver limpa, o mundo não terá sucesso.

Muitos críticos tentaram destruir a reputação de Paulo perante a igreja em Corinto. E Paulo escreveu uma carta dizendo basicamente: “Tenho a consciência limpa”

Viva com a consciência tranquila para que sua consciência não te condene. E quando ela não o condena, você pode aguentar o que vier e ficar calmo, tranquilo, em paz e até sentir alegria. E os inimigos serão envergonhados.

Se houver pecado em sua vida, você não terá uma consciência limpa e não ficará tranquilo diante de Deus quando surgirem perseguições. Você será como Davi, que no Salmo 32 declarou:

Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo. Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado. (Salmos 32:2-5)

Por reter seus pecados, Davi ficou esgotado fisicamente, ansioso e cheio de medos. Mas o ato de confessar e arrepender-se de seus pecados o fez revigorar. Ele termina o salmo dizendo: “Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração” (Salmos 32:11).

Se sua consciência é pura, examina sua vida e não encontra nada para condená-la, então, quando a perseguição vier, você responderá com confiança, fé, paz, alegria e esperança, seus inimigos ficarão envergonhados. E Pedro declara:

Porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal (1 Pedro 3:17)

Se for para vir a perseguição, que seja por fazer o que é certo. Estamos voltando de onde começamos.

Não posso dizer exatamente o que virá contra nós no futuro, mas a perseguição só aumentará. Por quanto tempo? Não sei. E em que formas? Eu não tenho certeza. A perseguição virá contra os cristãos sinceros.

O genuíno cristão é um peregrino, um estranho neste mundo. Sua tarefa não é apenas sobreviver às perseguições e hostilidades, sua tarefa não é derrotar seus oponentes cruéis, mas conquistá-los para o reino de Deus.

E para testemunhar o evangelho ele precisa ter um viver condizente com a mensagem que prega. E assim ele se torna uma luz brilhante no mundo para que os homens possam ver suas boas obras e glorificar a Deus.

Ele faz isso proclamando o evangelho, amando seus perseguidores, mostrando bondade para com eles, fazendo o bem, tendo paixão pelo bem e estando disposto a sofrer.

Se vivermos assim, estaremos tranquilos no conforto e na confiança em meio às hostilidades. E testemunharemos aos nossos inimigos o nome do Senhor, para que eles possam ver nossas vidas transformadas e se interessar pelo evangelho que faz essa transformação. Vamos orar.

Pai, estamos novamente hoje muito gratos por um tempo maravilhoso juntos. Apenas estar juntos em comunhão é em si uma bênção. Poder cantar, adorar e expressar nossos corações a Ti em oração e louvor é uma alegria profunda para nós.

E agora ter estudado Tua Palavra e ter ouvido do amado apóstolo Pedro, a mesma instrução que ele deu aos crentes perseguidos há muito tempo atrás, saber que tem havido muitos desde eles até nós que aplicaram esses princípios em triunfo através da perseguição, para a tua glória e para a propagação do evangelho. Capacita-nos a fazer isso, nós oramos, para permanecermos fiéis.

Pai, pedimos agora que Tu pegues a verdade e a tire de nossas cabeças, coloque-a em nossos corações e em nosso comportamento, para que possamos viver para a sua glória, pois Tu nos destes todas as coisas. Poderíamos retribuir com tudo o que somos e temos. Capacita-nos pelo Teu Espírito, nós oramos.


Leia também: Segurança Em Meio Ao Pânico


Este texto é uma síntese do sermão “Finding Security in This Troubled World”, de John MacArthur, em 12/05/2013.

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

https://www.gty.org/library/sermons-library/80-407

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno.


 

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