O Deus Provedor

Série Ev. Marcos (23)

Continuando nossa trilha no evangelho de Marcos, chegamos hoje ao milagre da primeira multiplicação de pães e peixes (Marcos 6:30-44), sendo que a segunda multiplicação está registrada no capítulo 8:1-9. Ambas na Galileia. Essa história é muito conhecida. Foi mais uma demonstração divindade de Jesus – algo que sempre marcou Seu ministério – seja sobre a natureza, sobre demônios, sobre a morte etc.

A Galileia viu muitos sinais operados por Jesus. A Galileia era uma região pequena, com cerca de 3.200 km², boa parte ocupada pelo Mar da Galileia. Era uma região agrícola, porém havia muitas cidades, tais como Nazaré, Cafarnaum, Tiberíades, Genesaré, Betsaida, Corazin, Magdala, Caná etc. Jesus já circulava pela Galileia há mais de um ano, faltando apenas alguns meses para terminar Seu ministério naquela região.

Após este milagre, Jesus foi em direção a Tiro e Sidon. Depois retornou a Galileia e rumou para a região de Decápolis, que ficava a leste da Galileia. Depois foi para a Judeia, e finalmente para Jerusalém, onde morreu, ressuscitou e ascendeu de volta à glória.

Então, estamos chegando ao fim de Seu ministério na Galileia. E durante Seu ministério lá, Jesus fez várias viagens pela região. Conforme vimos anteriormente, o capítulo 6 de Marcos registra Jesus delegando poder aos Seus discípulos, que saíram pregando o evangelho e operando sinais (Marcos 6:7-13). Não temos detalhes sobre o impacto dessa jornada dos discípulos.

Nesta primeira multiplicação milagrosa, Lucas (9:10-17), Marcos (6:30-44) e João (6:5-13) falam de cinco mil homens. Mateus (14:13-21) diz que além dos cinco mil homens, havia mulheres e crianças. Provavelmente a multidão foi superior a vinte mil pessoas.

Já estava próxima a Sua ida para a Judeia, e lá Jesus não focou em grandes multidões, mas se preocupou mais em treinar os apóstolos. Portanto, este é um momento muito significativo na vida de nosso Senhor Jesus Cristo. E foi tão expressivo esse milagre, que apenas a ressurreição e a primeira multiplicação de pães e peixes foram registradas nos quatro Evangelhos. João (6:4) identifica que esse milagre ocorreu perto da Páscoa (entre março e abril).

O Antigo Testamento aponta para Cristo. O Novo Testamento apresenta Cristo na plenitude de Sua revelação. Todo o resto do Novo Testamento, além dos Evangelhos, diz a você o que Sua vinda significou, o que ela alcançou e como ela finalmente trará a consumação de tudo no final. É importante que você passe esse tempo prolongado com nosso Senhor Jesus, pois você poderá ver cada história da perspectiva de diferentes escritores.

Mas o foco de tudo é o Senhor Jesus Cristo. Ele é o Autor da salvação. Quanto mais você for exposto à revelação que os quatro Evangelhos trazem sobre Jesus Cristo, mais você vai contemplar Sua glória e majestade. E Paulo diz:

E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. (2 Coríntios 3:18)

Ao contemplar a glória de nosso Senhor, somos transformados em Sua imagem, de um nível de glória a outro nível de glória, pelo Espírito Santo. Santificação é o processo de nos tornar mais semelhantes a Cristo. Tornar-se mais semelhante a Cristo é o resultado de estar mais exposto a Cristo, vendo a maravilha de Sua pessoa, sendo atraído pelo Espírito para se tornar mais semelhante a Ele.

O impacto da primeira multiplicação foi tão estrondoso, que João (6:14-15) diz que a multidão tentou fazer de Jesus rei. Mas esse desejo que dominava a maioria da multidão era apenas por bem-estar, que implicava fartura, cura de doenças e poder para derrotar a dominação romana.

Bem, tendo dito isso, eu quero que você veja nesta cena a imagem do Deus provedor, Jeová-Jireh, que é o nome do Antigo Testamento para “o Senhor que provê”. Você vê a divindade de Cristo neste desejo de fornecer o que os homens precisam, não apenas o desejo de fornecer, mas a capacidade de fornecer. Ele é, de fato, a encarnação de Jeová-Jireh, o Senhor que provê.

Marcos 6
30 Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado.
31 E ele lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham.
32 Então, foram sós no barco para um lugar solitário.

A primeira coisa que vemos Jesus fornecendo é descanso. Os apóstolos se reuniram com Jesus, relataram a Ele tudo o que haviam feito e ensinado. Lembre-se que Jesus os havia enviado de 2 em 2 a sair pregando e realizando sinais (Marcos 6:7). Agora, em Marcos 6:30, eles voltaram e se reuniram com Jesus para relatar tudo o que fizeram. E Jesus os chama para um lugar deserto, para que pudessem descansar.

A primeira provisão que Ele dá é uma provisão para descanso. Por Sua humanidade, Ele entende bem que precisamos descansar. Ele mesmo esteve cansado a ponto de adormecer em um barco no meio de uma tempestade (Marcos 4:38). Eles entraram no barco e se dirigiram sozinhos para um lugar isolado, para um momento de descanso. Lucas 9:10 diz que ao regressarem, os apóstolos relataram a Jesus tudo o que tinham feito, então Jesus os levou à parte para uma cidade chamada Betsaida, a cerca de 6 km de Cafarnaum, se através do Mar da Galileia, ou 13 km a pé.

Eles estavam ao redor da cidade de Betsaida, uma vila de pescadores na costa nordeste do Mar da Galileia. Betsaida era uma vila importante no Novo Testamento, porque foi onde Pedro, André, Filipe e Natanael, os primeiros quatro apóstolos chamados ao Senhor (João 1:43-44), cresceram.

É muito provável que quando os discípulos foram enviados, alguns deles voltaram para suas cidades natais e, à exceção de Judas Iscariotes, todos eram da Galileia. Certamente estiveram em Betsaida pregando e realizando sinais. Há poucas dúvidas de que o próprio Jesus esteve em Betsaida. Então, aquela cidade testemunhou muitos sinais e ouviu o evangelho. E jesus disse:

Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom, se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido, assentadas em pano de saco e cinza. Contudo, no Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras. (Lucas 10:13,14)

No Juízo, os habitantes de Betsaida enfrentarão uma condenação muito mais severa que os de Tiro e Sidom, duas cidades gentias na costa norte de Israel, cujo povo descendia dos fenícios e que tinham raízes com os filisteus. Ambas as cidades eram portos marítimos notoriamente perversos.

Tiro e Sidom eram conhecidas pela imoralidade, vícios, adoração a Baal, violência, crimes, profanidade, orgulho, ganância, injustiça etc. Eram lugares tão miseráveis, que Deus declarou, por meio do profeta Jeremias, que os destruiria (Jeremias 25 e 47). E Deus destruiu ambas.

Tiro e Sidon foram destruídas centenas de anos atrás sob severo julgamento de Deus. Mas, por mais merecedores que Tiro e Sidon fossem do julgamento de Deus, aquelas cidades teriam se arrependido em sacos e cinzas se tivessem experimentado os milagres que Betsaida experimentou. Jesus declarou:

A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido (Lucas 12:48)

O milagre da multiplicação de pães e peixes acrescentou ainda mais responsabilidades a Betsaida para o dia do Juízo.

Marcos 6
33 Muitos, porém, os viram partir e, reconhecendo-os, correram para lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram antes deles.
34 Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas.

Então, eles seguiram na direção de Betsaida para descanso e alimentação. O Senhor sabia que seria um descanso muito breve. Na verdade, quase inexistente. O único descanso que conseguiram foi no barco. As multidões eram enormes e agressivas. Era difícil fugir delas.

  • Mateus 14:13 diz que as pessoas vieram a pé.
  • João 6:2 diz que a multidão foi até lá “porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos”.

A multidão queria mais sinais e emoções, era muito superficial, estava em busca de seus próprios interesses. Talvez alguém poderia pensar que Jesus recebeu aquela multidão com alguma rejeição ou desdém, mas não foi isso que aconteceu. Marcos 6:34 disse que Jesus compadeceu-se dela e passou a lhe ensinar muitas coisa. E Lucas registra:

[Jesus] Acolhendo-as, falava-lhes a respeito do reino de Deus e socorria os que tinham necessidade de cura. (Lucas 9:11)

Essa é uma longa lição. Ele, literalmente, começou a instrução do Reino. Ele pode ter repetido as bem-aventuranças, chamou-os ao arrependimento, a crer Nele como o Filho de Deus, o Messias. Ele os chamou para entrar no Reino pela fé Nele, para receber o perdão dos pecados, a vida eterna.

Por que Ele fez isso? Marcos 6:34 diz que Jesus viu aquela multidão como ovelhas sem pastor. Essa é uma imagem muito dramática. A criação de ovelhas era muito comum em Israel. Todos sabiam que ovelhas sem pastor morrem. Sem o pastor, as ovelhas não podem se alimentar, beber e se proteger. Alguém tem que cuidar delas, conduzi-las para um lugar seguro.

No Antigo Testamento, muitas vezes Deus retratou Israel como ovelhas sem pastor (Números 27:17; 1 Reis 22:17; Ezequiel 34: 5). E muitas vezes, Deus, o verdadeiro Pastor, quis prover Israel. Ele queria proteger, abrigar, ensinar, limpar e nutrir espiritualmente, mas a nação dava ouvido aos falsos pastores.

Jesus havia provido descanso para os apóstolos, nutria espiritualmente a multidão sem pastor e curava suas enfermidades. Mateus 14:14 diz “Jesus viu uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos”. O texto original grego tem o sentido de que Jesus moveu-se de compaixão pela dor e pela alma daquelas pessoas. Ele se compadeceu dos sofrimentos e também pela tragédia espiritual daquela multidão.

Marcos 6
35 Em declinando a tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: É deserto este lugar, e já avançada a hora;
36 despede-os para que, passando pelos campos ao redor e pelas aldeias, comprem para si o que comer.

Agora chegamos à provisão de alimentos. Primeiro, Jesus havia provido descanso, depois alimentos espiritual, depois a cura e agora o alimento para o corpo.

Os discípulos alertaram Jesus de que aquela multidão de mais de 20 mil pessoas precisava se alimentar e que não havia alimentos naquele lugar isolado. Eles sugeriram que Jesus despedisse a multidão, para que todos fossem embora em busca de alimentação.

Mas o Senhor não procedeu assim. Ele alimentou a todos eles. Esse é o testemunho mais excepcional da graça comum no registro do Evangelho. Quando falamos sobre graça comum, estamos falando sobre a bondade de Deus que se manifesta a todos os homens, salvos e não salvos, sem discriminação.

O Senhor ama Seus inimigos e faz o sol brilhar sobre justos e injustos, e a chuva cair sobre justos e injustos. Tudo de que o homem usufrui na Terra é resultado da criação de Deus, mesmo que a maioria O rejeite.

A graça comum foi ali manifesta àquela multidão. Jesus alimentou a todos, ensinou a todos e curou a todos, sem discriminação. Mas Sua disposição de dar o alimento físico foi apenas uma demonstração de que Ele também pode conceder o alimento espiritual. No dia seguinte, Ele disse àquela mesma multidão: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (João 6:35).

E então, Jesus, surpreendentemente, responde aos discípulos:

Marcos 6
37 Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?
38 E ele lhes disse: Quantos pães tendes? Ide ver! E, sabendo-o eles, responderam: Cinco pães e dois peixes.

A resposta de Jesus é muito surpreendente: “Dê-lhes de comer”. Os discípulos não puderam entender isso.

  • Em Lucas 9:13, eles dizem: “Temos apenas cinco pães e dois peixes — a menos que compremos alimento para toda esta multidão”.
  • Em João 6:5-7, Felipe pergunta a Jesus: “Onde compraremos alimentos para essa multidão? E exclama: “Duzentos denários não comprariam pão suficiente para que cada um receba um pedaço!”
  • Em João 6:9, André questiona: “Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isto para tanta gente?”

Eles simplesmente não conseguiram encontrar qualquer solução para que aquela multidão fosse alimentada.

  • Em Marcos 6:38, Jesus pergunta: “Quantos pães tendes?”. Eles respondem: “cinco pães e dois peixes”.

Marcos 6
39 Então, Jesus lhes ordenou que todos se assentassem, em grupos, sobre a relva verde.
40 E o fizeram, repartindo-se em grupos de cem em cem e de cinquenta em cinquenta.

Jesus ordenou aos discípulos que aquela multidão caótica deveria ser organizada. Todos deveriam se assentar na grama, em grupos de cinquenta ou de cem pessoas, para que o alimento fosse distribuído a todos. A multidão e os discípulos certamente ficaram perplexos, não entenderam o motivo daquela ordem de Jesus. A incredulidade impedia a todos de anteverem o que o poder de Deus poderia fazer ali.

Marcos 6
41 Tomando ele os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e, partindo os pães, deu-os aos discípulos para que os distribuíssem; e por todos repartiu também os dois peixes.
42 Todos comeram e se fartaram;
43 e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe.
44 Os que comeram dos pães eram cinco mil homens.

Jesus pegou os cinco pães e dois peixes, ergueu Seus olhos ao céu e abençoou a provisão que Deus havia dado. E a distribuição foi feita. Todos comeram e se fartaram. Eles nunca haviam visto nada parecido. Foi algo além da compreensão humana! Se não bastasse, sobraram doze cestos cheios com os pedaços de pães e peixes.

Jesus ali mostrou ser Jeová-Jiré, o Deus provedor. Todos ali contemplaram o poder divino, o poder da criação, a compaixão divina demonstrada no mundo físico como um símbolo do que Ele queria fazer no mundo espiritual. Eles estavam vendo o controle divino, sem desperdício, atendendo a todas as necessidades. A multidão começou a dizer: “Sem dúvida este é o Profeta que devia vir ao mundo” (João 6:14). Uma referência à profecia messiânica de Deuteronômio 18:15.

Houve um despertar espiritual naquela multidão? Não. Depois de comerem e articularem para proclamar Jesus como rei para satisfazer seus próprios interesses, Jesus se afastou deles, e, então, todos se dispersaram. Jesus e os discípulos voltaram em seu barquinho para Cafarnaum (João 6:13-15). Mas a multidão não desistiu.

Quando, pois, viu a multidão que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, tomaram os barcos e partiram para Cafarnaum à sua procura. E, tendo-o encontrado no outro lado do mar, lhe perguntaram: Mestre, quando chegaste aqui? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo. (João 6:24-27)

A multidão estava lá novamente, ansiosa por mais dádivas. Mas, Jesus queria agora deixar de atender apenas às suas necessidades físicas e chegar à dimensão espiritual. Ele disse:

  • Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna (João 6:27)
  • O Pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo (João 6:33)
  • Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede (João 6:35)

A multidão ficou perplexa, e disse:

Não é este Jesus, o filho de José? Acaso, não lhe conhecemos o pai e a mãe? Como, pois, agora diz: Desci do céu? (João 6:41,42)

Jesus, ouvindo a murmuração, respondeu:

Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne. (João 6:48-51)

Porém, a multidão não estava interessada nisso.

Muitos dos Seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? Por causa disso, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido. À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele (João 6:56, 65-66)

A multidão ficou escandalizada com as palavras de Jesus e O abandonou. E junto com ela, muitos discípulos de Jesus também foram embora. Jesus, então, interpela os apóstolos: “Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?” (João 6:67). E Pedro responde:

Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus (João 6:68,69)

Jesus ainda os alertou que no meio deles havia um traidor, referindo-se a Judas (João 6:70-71). E Esse é o fim da história da primeira multiplicação de pães e peixes. Esse milagre não criou um despertar espiritual na Galileia. Jesus proferiu duro juízo contra Corazim, Betsaida e Cafarnaum (Mateus 11:21-23), que viram sinais, como esse, e O rejeitaram.

Eles eram o tipo de pessoas que fazem uma espécie de adesão ao evangelho em busca de seus interesses pessoais. O juízo será mais intenso sobre aqueles que ouviram o evangelho do que sobre aqueles que nunca ouviram. Quanto mais exposto à verdade, maior responsabilidade pesa sobre o homem. Vamos orar.

Pai, agradecemos novamente por Tua Palavra. Agradecemos por seu poder, sua clareza, sua precisão – consistentes com a Tua natureza. Agradecemos por Tu teres nos trazido, por assim dizer, para a mesa. Não para comer o peixe e os pães, mas para abraçar a Cristo, comer da Sua carne e do Seu sangue, recebê-Lo crucificado e ressuscitado. Obrigado por providenciar para nós descanso de salvação, cura espiritual, nutrição espiritual e vida espiritual eternamente.

Eu oro, Senhor, que não haja aqui hoje pessoas como aquelas que estiveram lá, viram a demonstração de poder, e então se afastaram e virariam as costas para Cristo. Que cada coração aqui abrace o Redentor, o Salvador, Jeová-Jiré, Aquele que provê tudo de que precisamos. Nós sabemos, Senhor, também que uma vez que abracemos Tua provisão espiritual, uma vez que tenhamos entrado no descanso espiritual e plenitude espiritual, e uma vez que tenhamos comido o alimento espiritual, o Pão que nunca nos deixa com fome novamente, então Tu prometes atender a todas as nossas necessidades físicas. Tu és o Deus que supre todas as nossas necessidades, de acordo com as Tuas riquezas em Cristo.

Agradecemos por Tu cuidares dos Teus. Nós te louvamos por isso, e oramos com a esperança em nossos corações que alguns que estiveram na multidão hoje, como aqueles ao redor da pequena vila de Betsaida, vejam a realidade deste evento, o Cristo deste evento, abracem-No como Senhor. Oramos em Teu nome. Amém.


Esta é uma série de  sermões de John MacArthur sobre o Evangelho de Marcos

Clique aqui e veja o índice com os links dos sermões traduzidos já publicados desta série


Este texto é uma síntese do sermão “The Creator Provides”, de John MacArthur em 21/3/2010

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

https://www.gty.org/library/sermons-library/41-30/the-creator-provides

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno


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