Divórcio e Novo Casamento – 6
Este é o sexto de 6 sermões sobre Mateus 19:1-12, quando Jesus foi questionado pelos fariseus sobre o divórcio e o novo casamento. Nesses sermões, John MacArthur faz um extenso estudo da Palavra de Deus, envolvendo vários textos bíblicos que tratam do princípio bíblico da indissolubilidade do casamento e a exceção mencionada por Jesus. O texto abaixo é continuação do quinto sermão. Para entendimento do assunto é imprescindível a leitura dos sermões anteriores conforme links no final deste texto.
Esta é nossa sexta semana olhando para o capítulo 19 de Mateus e examinando os ensinamentos do nosso Senhor sobre o assunto do divórcio. Eu só quero tocar muito brevemente em Mateus 19 e depois passar o nosso tempo esta manhã em 1 Coríntios, capítulo 7.
Existem algumas características da igreja primitiva, a igreja do Novo Testamento, que são diferentes da igreja hoje. Eles tinham apóstolos. Eles tinham profetas, únicos em seu tempo. Foi um momento em que a revelação de Deus estava se desenrolando. Havia uma proximidade com a vida de Cristo. Havia um zelo, havia um fogo, uma paixão, uma pureza dinâmica, havia uma simplicidade de vida, um tipo de testemunho profuso alcançando seu mundo que talvez seja diferente do que vemos hoje.
Mas, embora existam características diferentes e talvez algumas delas gostaríamos de recapturar, há algumas feições da igreja primitiva que são idênticas à igreja de hoje. Há algumas coisas que eles possuíram que também possuímos, ou seja, a mesma mensagem, o mesmo Cristo, o mesmo Espírito Santo e a mesma Palavra de Deus, com o mesmo ensinamento, os mesmos princípios e as mesmas exigências e bênçãos para a nossa vida. Isso não mudou.
E assim, quando vamos à Palavra de Deus, e observamos a vida no tempo de nosso Senhor e no tempo de Paulo, devemos ouvir o que eles dizem e entender que é uma verdade direta para nossa geração. Uma das coisas realmente trágicas que acontecem na igreja em nossos dias é que as pessoas pegam os padrões culturais e tentam apoiá-los na Bíblia e eliminam qualquer coisa na Escritura que não se encaixe na forma como pensamos que precisamos viver hoje. Não podemos fazer isso com a Palavra de Deus sem profanar sua pureza. Devemos ouvir o ela que diz. Devemos afirmar seus princípios, pois são atemporais, isto é, são para todas as gerações.
Agora, uma das áreas em que a Bíblia dá um ensino muito claro é a área do divórcio e do novo casamento. Não podemos alterar isso. Não podemos modificá-lo para acomodá-lo ao nosso ‘mundo sofisticado’. Não podemos olhar para a Bíblia com idéias contemporâneas e mudar a Escritura ou eliminar aquilo que sentimos que é uma intrusão em nossos padrões de vida. Devemos objetivamente, abertamente, ouvir o que a Bíblia diz.
E nosso Senhor nos dá uma declaração muito clara em relação ao divórcio. Os fariseus vieram a Jesus, em Mateus, capítulo 19, e eles disseram, no versículo 3: “É lícito ao homem se divorciar de sua mulher por qualquer motivo?”. Jesus, na verdade, disse, em outras palavras: ‘Não, você não pode se divorciar por qualquer motivo. Há apenas uma causa na lei de Deus que autoriza o divórcio e é o caso de ter havido adultério sem arrependimento e, em seguida, o cônjuge inocente é livre para casar novamente’ [Sobre isto, leia os sermões anteriores, conforme links no fim deste texto].
Agora, essa é uma afirmação simples. Eu realmente não acho que haja muita confusão sobre isso se você entender a Escritura. Você pode olhar para a Bíblia com suas pré-concepções e criar muitas coisas. E as pessoas fizeram isso e confundiram a igreja de várias maneiras. Mas, é muito claro se você simplesmente olha para o texto.
A questão é que esta declaração do Senhor, citada nos Evangelhos, não teve o objetivo de tratar de todas as questões que podem envolver esse assunto. Ele não tratou aí das exceções. Não respondeu a todas as nossas inúmeras perguntas. Apenas estabeleceu um princípio. Agora, para ampliar nosso entendimento, devemos ir para outro lugar no Novo Testamento, e eu quero levá-lo ao capítulo 7 de Coríntios [No quinto sermão, John MacArthur expôs até o versículo 8], porque acredito que este capítulo é o comentário de Paulo sobre o princípio divino, sobre a lei divina, o comentário de Paulo sobre o ensino de nosso Senhor.
Agora, tenha em mente que Paulo estava lidando com uma sociedade como a nossa, bem como a nossa. Eu disse a você na última vez que havia basicamente quatro tipos de casamento dentro do sistema romano. E as pessoas se casavam dentro desses padrões. Por exemplo, havia o que chamamos de contubernium, que era o companheirismo de tenda, ou seja, morar junto. Os escravos apenas viviam juntos. Na verdade, o proprietário do escravo combinava dois deles para que procriassem, gerando-lhe outros escravos. Não havia cerimônia, não havia troca de votos, nenhuma declaração solene de uma aliança, não havia nada oficial ou legal nesse tipo de união. Eles apenas viviam juntos.
Isso não é diferente do nosso tempo. Hoje não temos escravidão, mas com certeza temos muita gente morando junta num relacionamento sexual. Temos pessoas que vêm para Grace Church e algumas delas querem se tornar membros da igreja, sendo que às vezes notamos que há um casal cujos sobrenomes são completamente diferentes, mas vivendo no mesmo endereço. Nossa conclusão é óbvia, eles convivem juntos, não são casados.
Temos pessoas que vêm a Cristo nesse tipo de situação. Eles não são casados legalmente. Nunca foram legalmente casados. Eles estão vivendo juntos. Pode acontecer de eles só estarem juntos há pouco tempo. Eles vêm a Cristo, e de repente eles enfrentam o fato de que estão vivendo em um relacionamento fornicário ou adúltero. E aí? O que eles devem fazer? E isso nos leva à idéia do usus, que era o concubinato romano. E se eles já vivem juntos por anos? Tivemos que lidar com essa situação.
Lembro-me de uma situação em que um casal veio aqui, nunca foram legalmente casados, estiveram juntos o tempo suficiente para ter três ou quatro filhos e, então, eles vieram a Cristo. O que fazer agora? Qual é o status deles? E se eles tiveram ex-parceiros com quem eles estavam legalmente casados, pois agora não são casados legalmente? Isso é apenas um caso prolongado de fornicação e adultério? De quem é a esposa e de quem é o marido?
E então, havia no tempo de Paulo o coemptio in manum romano, que nada mais era do que a venda da filha pelo pai, que lucrava com isso. E nós até já vimos isso por aqui… Lembro-me de um homem que veio aqui de um país estrangeiro, que tinha uma esposa a qual havia comprado do pai dela. Ele realmente não gostava dela, na verdade, mas era uma relação familiar. A família tinha funcionado desse modo. Isso ocorre em outras culturas. Mas, o fato é que aquele homem tinha sido designado para se casar com ela. Ele foi embora. Vive na América há seis anos e ela está no Oriente, em algum lugar. Ele veio a Cristo. E, nesse caso, ela é sua esposa?
Então, finalmente havia a confarreatio, que era o tipo de casamento nobre com troca de votos e todas as formalidades legais. Mas aqui, no caso do apóstolo Paulo, essas pessoas chegaram a Cristo no meio de todo esse tipo de abordagens caóticas para o casamento. Alguns deles apenas viviam juntos. Alguns deles viviam em adultério, outros em relações de fornicação. Alguns haviam se casado e se divorciaram uma e outra vez. Agora eles vêm a Cristo, eles não sabem qual é seu status, eles não sabem a quem eles pertencem, ou se são livres para se casar com qualquer outra pessoa.
E, acrescente a isso toda a depravação dessa cultura. Corintianizar era uma palavra que significava ‘ter um caso com uma prostituta’. Havia em Corinto o Templo de Afrodite, o qual tinha pelo menos mil sacerdotisas. Todas as noites as sacerdotisas desciam do templo de Afrodite, saindo nas ruas de Corinto para fazer seu comércio sexual. Elas eram prostitutas à noite. E quando alguém pagava seu dinheiro a uma prostituta, não estava apenas se entregando a uma ‘experiência religiosa’, mas estava fornecendo o dinheiro que era usado para sustentar o templo. Eles realmente construíram o Templo de Afrodite a partir dos ganhos obtidos pelas sacerdotisas-prostitutas.
Então, o estilo de vida dos coríntios era de um nível muito baixo, para dizer o mínimo. Os romanos, francamente, tinham uma visão mais moralista do casamento. Mas, como um historiador nos observa, no aspecto militar e politicamente, Roma conquistou a Grécia. Moralmente e socialmente, a Grécia conquistou Roma. E no casamento das culturas grega e romana, prevaleceram o poder romano e a imoralidade grega.
As sementes da destruição foram incorporadas ao Império Romano por causa do estilo de vida corrupto da influência dos gregos. Chegou a ser uma brincadeira bastante comum entre os romanos de que o casamento tinha dois dias felizes: o dia em que você abraçou sua esposa e o dia em que você a colocou no túmulo. E assim, eles zombavam do casamento.
Agora, o apóstolo Paulo está enfrentando uma sociedade como essa. Ele não está falando com uma sociedade judaica, como o nosso Senhor fizera, que tinha sido criada sob a Lei Mosaica, uma sociedade onde as pessoas estavam tentando se adaptar ao padrão divino o tempo todo, embora não pudessem fazer isso completamente.
Ele está falando com uma sociedade completamente pagã, que não tinha qualquer relação com a lei de Deus, cujo passado era literalmente atolado, cheio de incongruências, em termos da lei de Deus, que estavam dentro e fora dos casamentos e relacionamentos o tempo todo. Acontece que eles estavam vindo a Cristo e estavam fazendo perguntas muito básicas. Qual é o meu status? Que padrão devo viver? E assim por diante.
Agora, eles escreveram a Paulo uma carta. O capítulo 7, versículo 1, fala sobre isso: “quanto às coisas que me escrevestes…”. Eles escreveram uma carta e queriam saber sobre essas questões. Eles fizeram a Paulo uma série de perguntas que ele responde no capítulo 7. A primeira pergunta que observamos no domingo passado, foi: “O sexo é algo que não deve ser praticado por quem tem vida espiritual?”.
Naturalmente, se você saísse desse tipo de estilo de vida, se você tivesse vivido em meio a esse tipo de sujeira, luxúria e assim por diante, esse tipo de abordagem pornográfica da vida, você poderia simplesmente dizer: ‘agora que sou cristão, vou esquecer tudo o que for relacionado a sexo’. E mesmo que você quisesse limpar sua vida e fazê-lo direito, sua mente ficaria tão inundada com o lixo do passado, que você realmente não poderia ter um relacionamento puro em sua mente. Levaria muito tempo para se divorciar de todo aquele lixo que desordenava seu pensamento.
E assim, algumas pessoas diziam: ‘devemos nos abster de qualquer tipo de vida sexual!’. E alguém deve ter ensinado aos coríntios que qualquer tipo de envolvimento com sexo não era algo que combinasse com pessoas espirituais, pois o sexo sempre era mau, tudo era pecado e um cristão deveria eliminar o sexo de sua vida completamente. Assim, Paulo responde a essa pergunta no versículo 1, dizendo: “bom seria que o homem não tocasse em mulher”. E esse é um eufemismo para se referir a ‘ter uma relação sexual’.
Paulo está dizendo: ‘Não há problema em não ter vida sexual. Se você quer ser celibatário, está tudo bem’. Mas, no versículo 2, ele diz: “Mas, por causa da fornicação, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.” Não há nada errado com o ser celibatário. Porém, para a maioria das pessoas é uma situação que as exporia demais à tentação, porque Deus nos fez para o casamento. Não há nada de errado com o sexo dentro do casamento, pois foi criado por Deus, concebido por Deus, criado por Deus e é uma bênção. É algo maravilhoso e glorioso.
Está certo ficar solteiro por opção, mas também é bom se casar. Se você tentar ser celibatário sem ter capacidade para isso, você vai se encontrar numa situação em que será tentado severamente. Então, está certo não ter vida sexual, mas não é bom lutar contra isso e ser tentado e fazer todo tipo de coisas pecaminosas em sua mente e, finalmente, com seu corpo, por você não poder controlar sua tentação.
E, em seguida, nos versículo 3 a 5, o apóstolo dá um passo adiante e estabelece que não há absolutamente nenhum lugar para o celibato no casamento. Há um lugar para o celibato entre pessoas solteiras, se essa for sua escolha e esse for o design de Deus. Porém, a maioria das pessoas precisa se casar. Mas, uma vez que você seja casado, não há lugar para o celibato e é por isso que o versículo 5 diz: “Não vos priveis um ao outro”.
E então, no versículo 7, ele diz: “Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra.” Todos são diferentes. Deus fez algumas pessoas para viverem solteiras e outras para se casar. E é um presente, um dom Dele. Então, o sexo é algo que não deve ser praticado por quem tem vida espiritual? A resposta é que deve sim. Está certo não se envolver nisso, se Deus o chamou para uma vida de solteiro e lhe deu o dom para lidar com isso. Também é bom se casar. E, se você é casado, não é bom ser celibatário.
Então, o sexo não é algo alheio a quem possui vida espiritual. O sexo é muito espiritual. Foi criado por Deus. É a ilustração mais óbvia da verdade de que os casados são uma só carne. E tenha em mente que se você é solteiro por opção, isso não deve ser por amor à sua liberdade ou por não querer se comprometer. Mas, deve ser por causa do serviço no Reino.
E então, a segunda pergunta é colocada para que Paulo a responda. Ouça esta questão: Aqueles que tinham sido casados no passado poderiam se casar novamente?
Esta é realmente uma questão-chave. Veja o que havia na igreja dos coríntios: as pessoas estavam sendo salvas, estavam vindo a Cristo como solteiros, mas no passado foram casadas. Agora que eles se tornaram cristãos, eles têm o direito de casar novamente? Ou, se eles cometeram um erro no passado, antes da salvação, estão presos a essa situação pelo resto da vida?
Essa é a questão, e eu acredito que o que o apóstolo Paulo diz no versículo 8 em diante refere-se às pessoas que agora são solteiras, mas antes da conversão foram casadas. É a única coisa que faz sentido nesta passagem, e eu vou lhe mostrar porque, à medida que a examinamos. É um problema real para todos nós entendermos. Muitas pessoas em nossa igreja vieram a Cristo. Elas são solteiras, mas antes eram casadas e queriam saber se têm o direito de se casar.
Eu acredito que essa é a questão tratada aqui no versículo 8: “Digo, porém, aos não casados e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu”. Agora, Paulo está novamente fazendo sua propaganda da vida solteira, e você vai ouvir isso por todo este capítulo. Ele realmente cria que é um ótimo caminho a percorrer, se você tiver talento para tanto. Ele está tentando que as pessoas capacitadas para viverem solteiras permaneçam solteiras, a fim de que elas possam ser maximamente usadas para os propósitos de Deus.
Mas, aí ele diz: “Digo aos não casados e viúvas…“. Agora, note as duas categorias: as pessoas não casadas e as viúvas. Há uma outra categoria importante neste capítulo, e está no versículo 25: “Agora, em relação às virgens”. Este capítulo trata de não casados, viúvos e virgens. São três classes de pessoas solteiras: as não casadas, as viúvas e as virgens. Precisamos entender o que essas classes são. Virgens são pessoas solteiras que nunca foram casadas. Viúvas são pessoas solteiras que anteriormente se casaram, mas foram liberadas desse casamento pela morte. Agora, isso nos deixa com os não casados, e esse é um termo-chave neste capítulo.
As virgens são identificadas pela palavra parthenos. Nós sabemos o que são. Nunca se casaram. As viúvas são identificadas pela palavra cheras, as que agora são solteiras em função da morte do cônjuge. Mas, quem são os solteiros (não casados) mencionados no verso 8? E acredito que essa é a palavra-chave interpretativa para entendermos este capítulo.
Agora, para entender o termo, quero que você venha comigo para o versículo 32, por um momento. A palavra traduzida como não casado é agamos. Ela é usada apenas neste capítulo em todo o Novo Testamento. Então, nós temos que estabelecer nosso entendimento a partir deste capítulo. A palavra agamos é usada quatro vezes em todo Novo Testamento e apenas aqui neste capítulo. É usada no versículo 32: “O não casado [agamos] cuida das coisas do Senhor”. Só que nesse versículo está sendo usada muito genericamente. Não podemos aprender nada sobre sua definição aí. É apenas uma declaração geral de que alguém não é casado em oposição ao versículo 33, que se refere a quem é casado.
A palavra que corresponde a casado é gamos. Assim, agamos é não casado. Então, nos versos 32 e 33 agamos é usada em um sentido muito geral e não podemos, de forma alguma, estabelecer sua definição apenas usando esses textos. Mas, à medida que avançamos para o versículo 34, vemos algo muito interessante. Aqui, Paulo a usa de forma mais técnica. Ele diz:
A mulher que não é casada [agamos] e a virgem [pathernos] se ocupam dos assuntos do Senhor para serem santas, tanto no corpo como no espírito.
Agora, aqui ele está usando agamos – a não casada – junto com a virgem, cuja palavra é parthenos. Assim, se ele está falando das virgens e das solteiras (ou não casadas) é porque devem ser duas categorias diferentes, caso contrário, ele não precisaria se referir a pessoas que nunca tinham sido casadas (as virgens) e às não casadas. Então, quem quer que sejam esses agamos, eles não são virgens (parthenos), porque ele se refere às duas categorias distintamente, certo?
Assim, agora temos esses dois grupos – não casados e virgens – e estamos começando a ver a categoria dos não casados mais de perto. Agora, vamos para o versículo 8 novamente, onde estávamos. E lemos lá:
Digo, no entanto, aos solteiros [não casados] e às viúvas.
Agora, escute atentamente: a partir do versículo 34, descobrimos que os solteiros ou não-casados (agamos) não estão na mesma categoria dos virgens (parthenos), certo? E, com base no versículo 8, descobrimos que os não casados (agamos) também se distinguem dos viúvos (cheras).
Se o termo para solteiros/não-casados (agamos) não se refere às virgens e não se refere aos viúvos, a quem se refere? Veja o verso 11, pois ele nos traz o quarto uso da palavra agamos nesse capítulo (e em todo o Novo Testamento). O verso 10 diz que uma esposa não deve se divorciar do marido.
Se, porém, se apartar, que fique sem casar [agamos] ou que se reconcilie com o marido.
Agora você tem o significado específico da palavra agamos: refere-se a pessoas que eram divorciadas. É o que o texto diz. Está usada no texto dessa forma.
Então, quando você volta para o versículo 8, você tem duas categorias de pessoas solteiras: as não casadas (agamos) e as viúvas (cheras). Ambas são pessoas que foram anteriormente casadas. As viúvas foram anteriormente casadas até a morte de seu cônjuge. Os não casados eram anteriormente casados até o divórcio. Quando você vai ao versículo 34, você tem a virgem (parthenos) e a solteira/não-casada (agamos), ou seja, fala de pessoas solteiras, algumas que nunca se casaram, outras que já foram casadas.
A única maneira de realmente entender a palavra agamos aqui é compreendê-la como se referindo a pessoas anteriormente casadas. Não se trata de alguém que nunca foi casado, virgem, porque a palavra usada nesse caso é parthenos. Não se trata de alguém viúvo, porque a palavra usada nesse caso é cheras. Porém, quando agamos é usada sozinha, no versículo 11, está se referindo a alguém que se divorciou. Então, vejo isso como um ponto muito importante na compreensão desta passagem.
Eu não estou interessado naquilo que alguém acredita ou não acredita, ou no que está dito no livro tal ou naquele outro. Eu só quero saber o que a Palavra de Deus diz. E você deve ter em mente essa palavra “agamos”, isto é, não-casado ou solteiro. E a melhor maneira de entender essa palavra neste contexto é que ela se refere a pessoas que anteriormente eram casadas, mas não são viúvas, pessoas que estão agora solteiras, mas não são virgens. Nesse caso, é necessário que tais pessoas tenham sido casadas anteriormente.
Então, sabemos que Paulo está falando com tais pessoas, os outrora casados. E creio que ele está se referindo a pessoas que foram casadas, e não estão mais, antes de conhecerem a Cristo, antes da vinda da salvação em suas vidas. Elas vieram a Cristo. E a pergunta que estão fazendo é: “Agora, eu tenho o direito de me casar?” Digamos que alguém houvesse se casado duas vezes antes de vir a Cristo e se divorciou em ambas as vezes. E até pudesse ser que esta pessoa tenha sido o adúltero culpado, ou então nem tenha havido adultério. Simplesmente, ele não queria saber da lei de Deus na época. Esse era o seu estilo de vida anterior à salvação.
Mas agora, esta pessoa que estava solteira (agamos), ou viúva (cheras), teria o direito de voltar a casar? Veja o que diz o versículo 8: “Digo, porém, aos solteiros [não-casados ou agamos] e às viúvas [cheras] que lhes é bom se ficarem como eu”. E Paulo repete: ‘fique solteiro, se puder!’. E continua, verso 9: “Mas se eles…”, isto é, ambos os grupos – agamos e cheras -, “…não podem conter-se, casem-se”. Esta é a provisão de Deus para aquelas pessoas agora solteiras que antes foram casadas, antes da conversão. Essa é a única interpretação que faz qualquer sentido da passagem, porque essa é a pergunta que eles fizeram.
Você vai até os versículos 17 a 24 e, durante toda essa passagem, Paulo está respondendo a mais uma pergunta, que é: ‘agora que eu me tornei cristão, devo mudar meu estado civil ?’ E a resposta de Paulo a isso é: ‘Fique no estado que está. Fique solteiro, se puder. Se você não pode, case-se, porque é melhor se casar do que arder em luxúria ou paixão’. Agora, a Bíblia diz isso. É melhor se casar do que passar toda a vida lutando contra a ameaça de fornicação ou adultério, porque você não pode controlar sua paixão.
Deus não criou você com esse desejo e esse impulso para viver uma vida inteira de frustração absoluta. Se você pode ficar solteiro, fique solteiro. É um dom de Deus. Se você não pode, mesmo que anteriormente à sua conversão você foi casado e agora não é mais [agamos], agora que você veio a Cristo, a você é dado – eu acredito com base nessa passagem – não só o direito, mas a instrução de se casar. Porque é melhor se casar do que viver em luta com a luxúria.
E então, quando uma pessoa se torna cristã, creio que há um novo dia, um amanhecer de um novo dia. Eu creio que há algo novo que acontece. E a graça de Jesus Cristo que salva a alma não seria o mesmo tipo de graça se salvasse a alma e condicionasse o corpo a uma vida de frustração e ansiedade. Não tem sentido nisso.
“Porque se alguém estiver em Cristo, ele é uma nova criação.” Tudo começa de novo. E Deus permite que as viúvas se casem novamente, obviamente. E aqui, creio, Ele permite que os antigos casados [agamos], que foram casados e descasados antes de se renderem a Cristo, se casem também.
Então, para os viúvos [cheras], solteiros [parthenos] e divorciados antes da conversão [agamos] existe esse direito e esse privilégio. É melhor se casar do que arder em pecado. É por isso que Paulo também diz em 1 Timóteo 5, falando a Timóteo sobre as jovens viúvas: “não as deixe se inscreverem para uma vida de serviço a Cristo, a não ser, é claro que elas tenham o dom para isso, mas não as deixem se apressar para fazer isso, porque o tempo está chegando quando elas podem se tornar levianas contra Cristo”.
Em outras palavras, elas vão se arrepender se fizeram esse voto. Elas fizeram essa promessa, mas vão acabar querendo ter um marido, e então, terão problemas com a luxúria. Assim, Paulo diz, é melhor para as viúvas jovens que se casem. É melhor casar do que abrasar.
Então, não podemos querer restringir alguém que vem a Jesus Cristo, dizendo: ‘Bem, você já era responsável de viver a lei de Deus durante toda a sua vida, mesmo antes de você ser salvo ou mesmo antes de sequer conhecer a lei de Deus, ou se importar com a lei de Deus. E, se você já quebrou essa lei em qualquer momento em toda a vida que você viveu antes de Cristo, você será punido’. Não vejo isso como a intenção desta passagem ou do coração de Deus.
Agora, isso deve ser libertador para algumas pessoas, e Deus é um Deus de graça e um Deus de libertação. Mas, deixe-me apenas dar um pouco de conselho: você, que está nessa situação, deve pensar com muito cuidado se, na verdade, deva permanecer solteiro, porque esse parece ser o conselho prioritário de Paulo. E então, se você decidir se casar, deve olhar o final do versículo 39. Assim, lembre-se de que quando você se casar novamente, você se casará com quem quiser, pode se casar com quem quiser, mas apenas no Senhor. Somente no Senhor. O que isso significa? Somente um cristão, e somente na vontade de Deus.
Você poderia casar com um cristão, mas o cristão errado. Então, você deve querer se casar com o cristão correto, na liderança do Senhor, na orientação do Senhor, na vontade do Senhor. Essa é a questão. Então, a pergunta foi se aqueles que se casaram e descasaram antes de sua conversão podem casar novamente. E a resposta é sim, se eles não têm o dom do celibato, eles devem se casar. Na verdade, eles devem se casar com certeza, ao invés de passar toda a vida queimando e tentando lutar contra essa necessidade insatisfeita.
Mas quando se casarem, deve ser de acordo com a vontade de Deus. Porém, é bom lembrar que as pessoas que se encontram nessa circunstância podem ter que permanecer no estado de descasados por não haver alguém segundo a vontade do Senhor para que se casem. Mas, se houver uma lacuna entre o seu direito e a sua realização, ou seja, se não houver a pessoa no Senhor para que você se case, a questão sempre surge: como você vai lidar com isso? Como você vai lidar com a ansiedade?
Como você deve lidar com a tensão sexual quando sabe que precisa se casar, quer se casar, ou mesmo quando você já está casado e não consegue se ver livre disso? Como você lida com o problema do abrasamento? Deixe-me dar algumas sugestões que creio serem muito práticas:
Em primeiro lugar: canalize sua energia através de trabalho físico e do ministério espiritual. A ociosidade não vai ajudar em nada. [Spurgeon certa vez disse: “um jovem desocupado tenta Satanás a tentá-lo.”]
Em segundo lugar, fique perto e debaixo da supervisão de um amigo cristão. Não viva sozinho, não viaje sozinho, ou saia sozinho, ou faça coisas sozinho, quando você se coloca em situações vulneráveis. Fique perto de alguém de quem você obtenha uma supervisão real, alguém amadurecido e que entenda suas necessidades.
Em terceiro lugar, ore pela pureza e permaneça na Palavra. Ore diariamente por pureza e permaneça na Palavra.
Em quarto lugar, não busque apenas se casar. O casamento não pode ser um fim em si mesmo. Você deve procurar honrar a Cristo em sua vida e honrar a Cristo em uma relação de amizade e permitir que Deus abra as portas para um casamento.
Em quinto lugar: evite as tentações mundanas. Tenha cuidado com o que você deixa em seus sentidos, com o que você vê e o que você ouve, e para onde você vai, porque o que quer que você coloque para dentro de você, isso terá um impacto sobre você.
Em sexto lugar, conte com a capacitação divina para conseguir viver por enquanto sem qualquer satisfação sexual. Conte com Deus para lhe dar a força.
Em sétimo lugar: evite todas as situações potencialmente perigosas. Mantenha-se afastado delas, porque, mesmo embora você possa sentir que tem condições de se controlar ou esteja totalmente sem intenção de pecar naquele momento, você pode não ser capaz de controlar a outra pessoa e, assim, pecar com ela.
E, finalmente, você deve louvar a Deus no meio dessa situação e se contentar. O louvor tem um efeito muito saudável. Bem, se você for esse tipo de pessoa, haverá pretendentes batendo em sua porta para se casar com você, porque você será o tipo de pessoa que outras pessoas estão procurando.
Deixem-me dar-lhes mais um pequeno conselho: quando a pessoa certa para casar surgir, tenha um relacionamento espiritual com ela e não demore para se casar.
Então, a pergunta respondida por Paulo nesses versículos que examinamos foi: as pessoas antes casadas [e converteram-se com o casamento já destruído definitivamente] deveriam se casar novamente? A resposta é: é opcional. Se você pode ficar solteiro, fique solteiro. Se você não pode, então se case, está tudo bem. É melhor se casar do que se abrasar.
Há uma terceira pergunta implícita nessas mesmas passagens: quais são as alternativas para aqueles que são casados?
E você sabe, isso é o que estava acontecendo em Corinto, certo? As pessoas se tornavam cristãs e diziam: ‘eu sou casado com uma pessoa incrédula Eu vou me livrar do meu cônjuge. Vou repudiar minha esposa não salva. Eu vou me livrar do meu marido não salvo. Vou me apartar deste cônjuge que não conhece o Senhor…’.
E tenho certeza que alguém se levantou ali na igreja em Corinto e estava ensinando: ‘você deve se livrar de seu parceiro não salvo, porque ele é o representante do diabo em sua casa. Isso irá corromper seus filhos. Afinal, a Bíblia diz que duas pessoas não podem caminhar juntas, a menos que estejam de acordo. Você não pode ter luz junto com a escuridão. Você deve se livrar desse parceiro não salvo!’.
E então, o tipo de tentação seria simplesmente livrar-se de seu parceiro não salvo. Ou, agora que você é cristão, você diz: ‘eu vou ser um cristão espiritual e não estou realmente feliz com essa união. Nós fizemos esse casamento antes de sermos salvos. Agora que somos cristãos, nós dois temos diferentes abordagens para a vida, e não estamos seguindo juntos, então vamos começar de novo e vamos nos apartar e começar outro casamento…’.
Então, a questão que Paulo tem que responder é: o que acontece agora que você se tornou cristão, você ainda é casado, você fica casado ou você dispensa seu parceiro? Quais são seus direitos e privilégios a esse respeito? Paulo responde no capítulo 7, versículo 10, então ele diz: “Para os casados…”. Agora ele deixou de tratar dos assuntos referentes aos viúvos, não casados, o ex-casados, divorciados, solteiros e fala com aqueles que são casados. Eles vieram a Cristo e eles vieram casados. E ele diz: “aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido.”
Ele volta para Mateus 5 e 19, ou seja, de volta ao padrão de Deus estabelecido desde o início em Gênesis 1:27 e 2:24, e todo o resto da Bíblia que fala sobre o assunto e que diz que, se você é casado, fique casado. E eu acredito que ele está se referindo aqui a casais de cristãos, porque no versículo 12 ele diz: “Mas aos outros digo eu, não o Senhor…”. E aqui ele fala de um cristão casado com um não-cristão.
Então, estes dois vêm ao Senhor e ele diz: ‘Fique casado! Não se afaste de seu marido!’. Isso é literalmente: não se divorcie do seu marido! Mas você sabe de uma coisa? Ele sabe que algumas pessoas vão desobedecer. Então, ele diz que se você vai desobedecer a Deus no primeiro ponto, pare por aí. Verso 11: “Se, porém, se apartar…”, veja, ele sabia que alguns haveriam de desobedecer. Você pode dizer às pessoas o que Deus quer e elas muitas vezes não obedecerão.
Então, ele cria outro obstáculo, ele diz: ‘se você infringir a lei, por favor, pare por aí. Não vá mais longe!’. Ele não está dizendo que você deveria se divorciar, mas ele está dizendo que se você vai desobedecer ao Senhor e se divorciar, não vá além disso, porque se você se divorcia, você tem duas opções: ou você vai passar o resto de sua vida sem estar casado com ninguém, ou você se reconcilia com seu marido.
Então, ele se dirige aos maridos, e diz: “… e que o marido não deixe a mulher.” Assim, não se divorcie. Se vocês dois estiverem casados e vocês dois são cristãos, nenhum divórcio. E se você violar essa lei de Deus, ordenada pelo Senhor, há um comando no versículo 10, por sinal, não uma sugestão. Não é apenas uma boa ideia do conselheiro, não é um bom conselho. É um comando: fique casado! É claro que ele não está considerando a exceção de adultério aqui que foi considerada em Mateus 5 e Mateus 19, e está lá, não mudamos isso, isso simplesmente não é abordado aqui.
Se houvesse uma adultério [não arrependido] acontecendo, então, haveria liberdade para se divorciar e se casar novamente. Mas, fora essa exceção, apenas reafirmando o ideal divino aqui como é feito em alguns dos outros Evangelhos, ele apenas diz que não se divorcie. E se você fizer isso, você deve permanecer só por toda a vida, ou então voltar para o seu marido. Então, é tudo o que você pode fazer.
Agora, se você se casar de novo, se você se divorcia de seu cônjuge e você não se reconciliar e você não permanecer só por toda a sua vida, mas se casar com outra pessoa, você acabou de se tornar, o quê? Um adúltero, e você acabou de transformar a pessoa que você se casou em uma adúltera. Isso era exatamente o que os judeus estavam fazendo. Não tinham motivos para o divórcio, dispensavam suas esposas, casando novamente e cometendo adultério por todo o lugar.
E assim, se você é casado com um cristão, fique casado. Fique casado. E se você violar isso, por amor de Deus, pare por aí, não vá mais longe e se reconcilie, ou fique solteiro pelo resto de sua vida. E, se duas pessoas têm apenas essas duas opções, parece-me que elas terão um incentivo para se reconciliar e não optarão por viver sozinhos para sempre.
Vamos ao versículo 12. Agora, aqui estão algumas pessoas que são casadas e têm um casamento misto. Um cristão casado com um não-cristão. E estavam, é claro, fazendo a pergunta: o cristão deve sair dessa união?
Imagine que uma mulher se converteu e estivesse casada com um pagão. Talvez esse sujeito adorasse alguns ídolos, certo? Boa chance. Essa cristã está casada com alguém que adora ídolos, ou quem sabe com um cara que engana em seu negócio, ou com um sujeito de boca suja, torpe. Esse sujeito é um homem pagão, mas sua esposa, de repente, tornou-se branca como a neve, tão pura como a lã, Cristo transformou e mudou sua vida.
E agora ela vê toda a feiúra do passado, ela vê seu pecado e quer estar com o povo de Deus. E, como disse Tertuliano, ela quer beijar um mártir, ela quer abraçar um irmão. Ou é um homem cristão que quer ter em seus braços uma irmã cristã. Essa irmã quer ir às ruas para as casas dos pobres, atender às suas necessidades, e seu cônjuge não sabe o que está acontecendo e toda essa religião está fazendo sua cabeça girar, ele não pode lidar com tudo isso, ou vice -versa, se aconteceu de o marido se converter e a esposa não.
O que essas pessoas deveriam fazer? Essa esposa cristã deveria se apartar do marido pagão e se casar com um bom cristão, obter êxito em criar filhos cristãos? Isso não parece razoável? ‘Deixem os pagãos se casarem com os pagãos e nos casaremos com cristãos, criaremos um monte de filhos! Além disso, o que vai acontecer com todos os nossos filhos? Eu sou cristão, ele não é, e todos os meus filhos vão ser criados e expostos ao paganismo. Meus filhos serão corrompidos por esse cara. Quero dizer, ele bebe, e ele faz isso, e ele faz aquilo… vai corromper a nossa família inteira. Temos que sair desse relacionamento!’. E, gente, isso até parece um bom conselho…
Mas, o que Paulo diz? Versículo 12: “Mas aos outros digo eu, não o Senhor…”, isto é, o Senhor não falou sobre isso. Paulo aqui não está citando Jesus. Mas a força do que ele está ensinando tem o mesmo peso que o ensino de Jesus, porque é inspirado pelo Espírito. Ele está dizendo, em outras palavras: Eu não estou citando o Senhor, mas eu estou lhe dizendo isso: “Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe.” Se ela quer viver com você, se ela quiser ficar com você, não se divorcie dela.
Verso 13: “E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe.” Não se atreva a se divorciar de um incrédulo, se ele não quer isso. Você não deve fazer isso. Você diz: ‘Bem, espere um minuto. Isso vai me corromper. Como a luz e as trevas podem caminhar juntas? Como Cristo e Belial podem se dar bem? Como alguém pode ter esse tipo de relacionamento? A intimidade de uma relação de uma só carne entre um crente e um incrédulo? Eu adoraria me casar com um cristão…”.
Mas, a direção é clara: você não pode fazer isso. Você diz: ‘bem, eu sou sujeito a ficar corrompido e todos os meus filhos ficarão corrompidos…’. Não. Exatamente o contrário é que é verdade. Verso 14, em vez de você ficar corrompido, o incrédulo vai ser santificado. “Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.”
Agora, que tipo de santificação é essa? Salvação? Você é salvo por uma esposa cristã? Você é salvo por ter mãe cristã ou pai cristão? Claro que não. Isso significa que eles são separados para a benção. Em outras palavras, em vez de um incrédulo estragar uma casa, um crente no meio do incrédulo traz bênção para aquela casa. Em outras palavras, você como um cristão casado com um não-cristão traz bênção para a casa, para essa pessoa. Por quê? Porque Deus está derramando Sua graça, Sua Bênção e Sua misericórdia, Sua bondade amorosa, Sua bênção sobre você como um crente e vai dar um respingo à pessoa que é uma carne com você. Em vez de essa pessoa corrompê-lo, você vai trazer uma influência positiva de Deus para essa pessoa e também sobre seus filhos.
Então, você não se divorcia. Mesmo se você é casado com um incrédulo, fique junto. Mas, versículo 15: “Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.” Um irmão ou uma irmã não estão presos em tais casos. Deus nos chamou para a paz. Ele não o chamou para uma vida de luta tentando manter alguém do seu lado que não quer ficar. Deus não está interessado em guerra; Ele está interessado em paz. Ele quer que seus filhos amados experimentem a paz, mesmo em suas relações domésticas. E se você tem um incrédulo que quer se apartar, deixe-o sair. Você não está preso.
É a mesma idéia que está em Romanos 7:2, onde diz que uma mulher está presa ao marido apenas enquanto este vive; quando ele morre, ela está livre. Trata-se de o mesmo tipo de escravidão. Quando o incrédulo se afasta, sai da união, você não precisa lutar para manter esse relacionamento, porque você não está mais sob aquele jugo. Deus não o convocou para viver uma vida de guerra contra uma pessoa incrédula que não suporta nada em você, ou o que você crê, e quer sair desse relacionamento.
Agora, a salvação faz com que esse tipo de problema ocorra em uma família. E o Senhor diz para ficarem juntos, a menos que o incrédulo venha a sair, e se essa pessoa quiser sair, deixe-o sair. Agora, esta é uma verdade muito libertadora. Deixe-me dizer-lhe algo prático sobre isso. Significa que você não precisa sacrificar seus princípios cristãos para manter um incrédulo no casamento. Você ouviu isso? Muitas vezes, você sabe, as pessoas dizem, ‘bem, eu tenho que manter esse casamento em união e, se eu continuar fazendo essas coisas espirituais, isso apenas o irrita cada vez mais. Então, se eu apenas concordar com seu tipo de vida, podemos ficar juntos’. Você não deve fazer isso. Você nunca deve comprometer os princípios divinos ordenados por Deus, você vive essas coisas até o máximo em sua vida.
E se essa pessoa tem que sair desse casamento por causa da pureza, da santidade, da piedade e da virtude da sua vida nesse casamento, a Bíblia diz que você é livre. Mas, assim que começar a comprometer sua espiritualidade, você está entrando em um terreno perigoso, porque você vai tentar manter um casamento unido a custa de violar os princípios de Deus? Uma casa cheia de luta e briga não é a vontade de Deus e muito menos um cristão que negocie sua fé.
Você deve viver sua vida para a glória de Deus e fazer tudo o que puder, com amor, generosamente, graciosamente, para fazer tudo para ganhar esse parceiro. Como 1 Pedro 3 diz, se você é esposa, você faz tudo o que pode para ganhar aquele que não obedece à Palavra, pela pureza de sua vida e sua conduta casta. Você é tão piedosa, sendo uma esposa o mais virtuosa que você puder ser, tão amorosa como puder ser, mas você nunca deve comprometer seus princípios espirituais.
E se você é um marido e você está na mesma situação, você deve ser tão amoroso, terno, bom e gracioso quanto você puder ser, mas você nunca abandona a verdade, o princípio e o lugar determinado por Deus da responsabilidade que você tem nesse relacionamento. E, se esse parceiro incrédulo não responder à bênção de Deus e não for levado à salvação, mas reage na violência para quebrar a união, então você é livre.
E então, alguém vai dizer: mas se eu fizer isso e meu cônjuge não for salvo, quem vai alcançá-lo? Aí ele diz no versículo 16: “Porque, de onde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? ou, de onde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?” Não tente manter um casamento para o evangelismo. Essa não é uma boa razão para se casar. Você não se casou por evangelismo. Você não pode olhar uma mulher e pensar: ‘oh, há uma garota linda, acho que gostaria de evangelizá-la. Ela não é cristã. Vou conquistá-la para o Senhor’. Você não faz isso. O casamento não é para o evangelismo.
E o propósito do evangelismo não é uma boa razão para manter um casamento assim, porque como você sabe se vai ocorrer a salvação? Como você sabe se vai ter esse resultado? E por que você passaria sua vida inteira lutando e lutando em uma situação em que alguém quer se separar de você, por causa de um evangelismo que nem sabe se você pode realizar? E no fundo de sua mente, lembre-se disso, que o Senhor sabe o que Ele está fazendo e se Ele vai ministrar no coração da pessoa e se Ele vai fazer o trabalho da graça em sua vida. Não é como se você fosse a única pessoa do mundo que Deus poderia usar.
Então, permaneça casado, se você e seu cônjuge são cristãos. Não se divorcie. Se você é um crente casado com um incrédulo, apegue-se a esse casamento e seja tudo o que deveria ser como cristão, vivendo sua vida cristã ao máximo. Mas, se esse incrédulo quiser se divorciar, você é livre. Você é livre e acredito que sua liberdade é uma liberdade para se casar novamente. Se não fosse, Paulo teria repetido o que ele disse no versículo 11, quando estabeleceu: “Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido”.
E, se você apenas pudesse ser livre desse casamento, mas nunca pudesse se casar novamente, por que ele não repetiu essa mesma frase? Se você é livre, você é livre. É apenas a mesma liberdade, estabelecida em Romanos 7, que a morte dá. Então, se um incrédulo deixou você, se ele quis sair dessa união, você é livre.
Agora, a soma de tudo o que Paulo tem dito está nos versos 17 a 24, e acho que poderíamos dizer que há uma outra pergunta por trás disso e é a seguinte: a salvação deve mudar o seu estado civil?
E qual é a resposta? Não. Não deveria. Versículo 17: “E assim cada um ande como Deus lhe repartiu, cada um como o Senhor o chamou. É o que ordeno em todas as igrejas.”
Qual é a sua mensagem para a igreja, Paulo? Quero dizer, qual é a sua mensagem prática? Olhe, a mensagem é essa: A maneira como Deus te criou, a maneira como Ele te dispôs, que te chamou, assim é como você deve andar. Em outras palavras, se Ele o criou para o casamento, você deveria se casar. Se Ele te projetou para a vida solteira, você deveria ficar solteiro. E, se você foi salvo casado, fique casado. E se você foi salvo sendo solteiro, fique solteiro, a menos que você sinta que precisa se casar.
Ele está apenas dizendo: ‘olha, o que eu digo em todas as igrejas é que o Senhor tem que trabalhar isso a partir de como Ele designa para cada indivíduo. E só você sabe, entre você e Deus, se você precisa ser solteiro ou casado. Mas, a salvação não deve mudar essas coisas’. Verso 18: “É alguém chamado, estando circuncidado? fique circuncidado. É alguém chamado estando incircuncidado? não se circuncide.” Não consigo imaginar como você poderia deixar de ser circuncidado, mas é o que ele diz.
Em outras palavras, ele está dizendo que se você foi chamado, foi salvo sendo circuncidado, você não faz algo para desfazer a circuncisão, não é? Então, por que você vai mudar seu estado civil? Se você foi chamado, no versículo 20, ele diz, em alguma situação, permaneça na mesma situação em que você foi chamado. Quando você foi chamado ao Salvador, quando você veio a Cristo em qualquer estado, fique assim.
Se você foi chamado sendo um servo, permaneça sendo um servo. Se você foi chamado sendo um homem livre, continue sendo um homem livre. E o versículo 24 resume tudo: “Irmãos, cada um fique diante de Deus no estado em que foi chamado.” Assim, a salvação não deve separar os casamentos, não deve interromper a vida nesse sentido.
Recapitulando o que vimos até aqui: a vida sexual é compatível com a vida espiritual? Sim. Os que foram salvos após estarem viúvos [cheras] ou divorciados [agamos] podem se casar? Sim, se eles não puderem permanecer solteiros para o serviço do Senhor. Quais são as alternativas para quem é casado? Se você é casado com um cristão, fique casado. Se você é casado com um não-cristão, fique casado, a menos que o não-cristão não queira, então você pode se casar de novo. A salvação deve mudar seu estado civil? Não.
Agora, a pergunta número cinco: aqueles que nunca se casaram, [parthenos] deveriam se casar?
Você sabe, a questão que estava sendo levantada pelos coríntios partia do pressuposto de que já que o sexo era algo tão ruim naquela sociedade e era tão depravado, agora que aqueles irmãos queriam viver puros para Deus, os virgens [parthenos] estavam entendendo que deveriam permanecer celibatários por toda a vida.
Bem, a Igreja Católica comprou essa ideia totalmente, não é? Claro, eles compraram. Eles acreditam que há mais virtude em ser solteiro e celibatário do que em se casar. E então, você sabe, quando você escolhe ser sacerdote, ou uma irmã, ou freira, ou qualquer outra coisa, você escolhe uma vida de celibato. E havia algumas pessoas em Corinto que diziam, você sabe, ‘somos virgens, nunca entramos em nenhum tipo de relacionamento. É melhor ficarmos assim? Devemos nos casar?’
Veja o verso 25: “Ora, quanto às virgens [parthenos], não tenho mandamento do Senhor…”, isto é, o Senhor nunca comentou sobre isso, então não posso citar qualquer ensino de Jesus a esse respeito. Ele continua: “… dou, porém, o meu parecer, como quem tem alcançado misericórdia do Senhor para ser fiel.” Então, este é o julgamento divino. Estou sendo fiel à fé. Estou sendo consistente com Deus. Estou lhe dando bons conselhos do Espírito Santo como um homem que recebeu misericórdia do Senhor para ser fiel.
Então, este é o conselho de Deus para você: “Considero, portanto, que é bom, devido aos problemas deste momento, que a pessoa permaneça em sua atual condição.” Isso ele diz no versículo 26. Veja, ele está advogando o celibato novamente e diz: “é bom”. Você vê, a sociedade quer pressionar todos a se casarem, mas há uma tendência inversa neste capítulo, onde Paulo está tentando pressionar as pessoas a ficarem solteiras, se puderem lidar com isso, por causa da tremenda liberdade em servir o Senhor. Então, ele diz, ‘eu acho que é bom. Continue solteiro’.
Por quê? Várias razões. Razão número um, ele é muito claro: a pressão do sistema. Verso 26: “devido aos problemas deste momento”. Do que ele está falando? Da violência em um mundo hostil. Sabe, os cristãos eram assassinados em todos os lugares e as pessoas perdiam seus parceiros. E há muita dor e ansiedade em uma situação de perseguição, não há? Pessoas que vieram do Holocausto na Alemanha, o povo judeu, cujas famílias foram mortas, assassinadas, enfrentaram uma tremenda quantidade de dor.Paulo diz que por causa da violência contra nós nestes tempos, seria melhor você ficar solteiro.
Em segundo lugar, por causa dos problemas da carne. Versículo 28: “Todavia, se te casares, com essa atitude não pecas; da mesma forma, se uma virgem vier a se casar, também por isso não comete pecado. Contudo, aqueles que se casam enfrentarão uma série de dificuldades nessa vida, e eu gostaria de poupá-los disso.” Por quê? Porque somos seres humanos e já é difícil o suficiente um pecador viver lidando consigo mesmo, mas um pecador viver com ele mesmo e outro pecador, aí é mais difícil. Quero dizer, a carne entra no caminho de nossos relacionamentos.
Então, o que Paulo estava dizendo era: se você casar, você sofrerá alguma pressão do sistema e também sofrerá alguns problemas da carne. A palavra para dificuldades é “thlipsis”. Isso significa “moer junto”. Quando duas vidas são esmagadas, moídas juntas, surgem algumas dificuldades.
E então, a terceira razão para ficar solteiro: “O tempo é curto”, versículo 29, e ele diz no final do versículo 31: “a aparência deste mundo passa.” Tudo no mundo vai passar, e o casamento é parte disso. Não há casamento no céu. Então, perceba que é uma experiência temporal. É algo passageiro. É só para aqui e agora.
Outra razão para ficar solteiro: a preocupação dos casados, versículos 32 a 34. As pessoas casadas cuidam das coisas de suas famílias, da esposa, filhos e tudo isso. As pessoas não casadas cuidam do Senhor, e assim por diante. Então, perceba isso: você vai ter preocupações, sendo casado, de maneira que você não as teria se estivesse solteiro. Além disso, o casamento é para toda a vida. Até os discípulos, quando entenderam isso, em Mateus 19, disseram que seria melhor não se casar. Em outras palavras, uma vez que você entra no casamento, você está nele para toda a vida, então é melhor pensar bem sobre isso.
Assim, o Apóstolo está nos dando uma boa palavra aqui. Ele está dizendo que é bom ser solteiro. É bom estar solteiro, por causa do mundo que passa, o tempo difícil que vem, a dificuldade dos pecadores que vivem essa intimidade e proximidade, por causa da dificuldade em ser livre para servir o Senhor completamente, e assim por diante.
Então, se você é virgem, é bom. Continue solteiro. Mas, versículo 28: “Mas, se te casares, não pecas; e, se a virgem se casar, não peca.” Não é pecado se casar. É bom casar também. Vamos ver um resumo no versículo 27. Veja isso: “Estás ligado à mulher [i.é., casado]? não busques separar-te. Estás livre de mulher [i.é., descasado, ‘agamos’]? não busques mulher.”. E aí vem o verso 28: “Mas, se te casares, não pecaste; e, se a virgem se casar, não pecou.”
Agora, note isso: duas pessoas aqui têm o direito de se casar: uma virgem [parthenos] e uma pessoa livre de uma esposa [agamos], ou seja, os divorciados, dentro do que Deus permite, é claro. Se você está livre de uma esposa [agamos], e você veio a Cristo nesse estado, se você se casar, não peca.
Ainda temos mais duas perguntas. Você sabe o que mais aconteceu na igreja de Corinto? Em todo este contexto, em que o sexo era considerado algo maligno e que os irmãos deveriam ser celibatários para a glória de Deus, alguns pais impuseram a virgindade perpétua aos filhos, às suas filhas.
E assim, Paulo tem que lidar com isso no versículo 36. Ele diz: “Mas, se alguém julgar que lhe é desairoso conservar solteira a sua filha donzela, se ela estiver passando da idade de se casar, e se for necessário, faça o que quiser; não peca; casem-se.”
Veja, aqui estava um pai dizendo: ‘tenho essa filha solteira… Paulo é sempre tão incisivo quando diz que é melhor ficar solteiro para servir a Deus e dedicar toda a vida no serviço a Deus…’. E esse pai está criando sua pequena garota transmitindo a ela esses pensamentos. Mas, aí ela atinge o florescimento de sua idade e diz: ‘Papai, é um pensamento maravilhoso, mas eu preciso me casar!’. E o pai responde: ‘Não, eu quero que você seja Espiritual!’ E ela está dizendo: ‘Mas, papai, não posso ser espiritual se eu tiver que ficar solteira o resto da minha vida!’.
Então, vem Paulo e diz: “Ei, papai, deixe a menina se casar, está tudo bem!’. Então, o versículo 38: “De modo que aquele que dá em casamento a sua filha donzela, faz bem; mas o que não a der, fará melhor.” Ou seja, algumas delas devem permanecer solteiras.
E então, a última pergunta: e as viúvas?
Versículo 39: “A mulher está ligada enquanto o marido vive; mas se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.” E qual é a última linha do texto? “Somente no Senhor.” Mas aí, Paulo repete de novo: “Será, porém, mais feliz se permanecer como está…”. Veja, ele sempre tem que frisar isso, você percebe? E ele finaliza: “…e eu penso que também tenho o Espírito de Deus.”
Boas palavras para nós. Bem claro. Deixe-me resumir rapidamente, ouça agora. Se você é solteiro, você se enquadra em quatro categorias:
A categoria número um é o que eu chamo de procrastinação. Você está solteiro, mas você não vai ficar assim. Este é apenas um lapso de tempo até que você possa se casar. O que a Palavra diz para você? Case-se. Melhor se casar do que abrasar.
Na categoria número dois, você pode ficar solteiro por designação divina, para o serviço de Cristo. O que você deveria fazer? Continue solteiro.
Na terceira categoria, você está solteiro por força de um divórcio. Bem, você deve considerar se você deve permanecer solteiro primeiro de tudo e, se você foi divorciado por causa de adultério do seu cônjuge, ou se seu divórcio foi antes de você ser salvo, ou ainda se o seu divórcio foi porque seu cônjuge incrédulo decidiu se apartar, você está livre para se casar. Na verdade, é melhor se casar do que se abrasar também nesses casos.
E a quarta categoria é se você ficou solteiro por causa da morte de seu cônjuge. Fique solteiro, se puder. Mas, se você se casar, você não peca.
Agora, e os casados? Se você é casado com um cristão, fique casado. Se você é casado com um não-cristão, fique casado. Se seu cônjuge incrédulo não consentir em viver com você por causa da sua fé, deixe-o ir, você é livre.
Vamos orar.
Pai, voltamos com corações agradecidos pela clareza com que o Espírito de Deus fala através da Palavra. Ajude-nos a sermos como Paulo disse a Timóteo: “Apresente-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Vida”.
Ajude-nos a estudar a Palavra. O Senhor conhece meu coração, Senhor. Sabe o quanto orei para que eu falasse Tua verdade e Tua verdade apenas nas páginas do Teu livro. Que possamos satisfazer ao Senhor, respondendo bem diante dessa Palavra. Que Tu faças cada vida para a Tua glória, toda a plenitude que o Senhor planejou na eternidade para essa vida.
E para aqueles que precisam se casar, que Tu tragas o parceiro. Que eles tenham uma vida controlada pelo Espírito, uma vida de obediência para que eles sejam levados à pessoa certa. Para aqueles que são casados, que Tu operes o máximo nesses casamentos. Para aqueles, ó Deus, que são casados com um parceiro não salvo, que o Senhor, segundo Tua vontade, possa trazer esse parceiro para Cristo.
E para aqueles que foram feitos solteiros pela morte ou divórcio e são livres para se casar, que o Senhor os conduza para quem eles possam se casar no Senhor, para que a igreja conheça a plenitude do poder que vem pela obediência à Tua Sagrada Palavra. Obrigado por nos instruir e nos ajudar a não sermos apenas obedientes, mas obedecermos com entusiasmo.
E que possamos nunca pisar em Tua graça. Se não temos o direito de casar, ou se não tivermos direito ao relacionamento em que estamos, que possamos sair desse relacionamento, se isso for possível. Caso contrário, possamos buscar o Teu perdão, arrependidos e sermos gratos pela graça. Amém.
Esta é uma série de 6 sermões sobre Mateus 19:1-12 e outros textos bíblicos sobre divórcio e novo casamento, conforme links abaixo.
01. Divórcio e Novo Casamento – Parte 1
02. Divórcio e Novo Casamento – Parte 2
03. Divórcio e Novo Casamento – Parte 3
04. Divórcio e Novo Casamento – Parte 4
05. Divórcio e Novo Casamento – Parte 5
06. Divórcio e Novo Casamento – Parte 6
Este texto é uma síntese do sermão “Jesus’ Teaching on Divorce, Part 6″, de John MacArthur em 15/05/1983.
Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:
https://www.gty.org/library/sermons-library/2341/jesus-teaching-on-divorce-part-6
Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno