Cinco Atitudes Diante do Senhor

João 12
1 Foi, pois, Jesus seis dias antes da páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera, e a quem ressuscitara dentre os mortos.
2 Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.
3 Então Maria, tomando um arrátel de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento.
4 Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:
5 Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?
6 Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.
7 Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto;
8 Porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
9 E muita gente dos judeus soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro, a quem ressuscitara dentre os mortos.
10 E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro;
11 Porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em Jesus.

Os primeiros onze capítulos do Evangelho de João descrevem o ministério de nosso Senhor Jesus Cristo ao longo de 3 anos, a partir da perspectiva de João. Mas a segunda metade do livro, a partir do capítulo 12 abrange apenas uma semana, sua última semana, então tudo fica muito intenso a partir deste capítulo.

Encontramos, a partir deste capítulo, personagens muito importantes que foram parte do drama que se desenrola até o final. Mas particularmente, neste momento, eu quero enfatizar que nós vamos começar a ver a polarização de amor e ódio. De fato Cristo divide tudo. Ele divide o calendário da história. Todas as pessoas são ou por Ele ou contra Ele. Ele divide o destino. Ele divide famílias. Ele divide casamentos. Ele divide amizades. Na verdade, é uma divisão entre luz e trevas.

Ele não veio para trazer paz, mas a espada (Mat. 10:34-37). Não há ninguém como Ele, que evoca os extremos do amor e ódio, devoção e rejeição, pelo culto e blasfêmia, a fé e a incredulidade. Ele divide os crentes dos incrédulos, as ovelhas dos cabritos, o trigo do joio, filhos de Deus dos filhos do diabo. Ou você é por Ele ou contra ele (Mat. 12:30).

João escreveu seu evangelho para apresentar Cristo como a segunda pessoa da Trindade, em forma humana; totalmente Deus e totalmente homem, como o Rei messiânico prometido, que Deus declarou que viria para estabelecer o Seu governo e trazer justiça eterna.

João apresenta-o como o único Salvador do mundo, o único meio de perdão, a única esperança de vida eterna.
João está dizendo tudo isto a nós através dos primeiros 11 capítulos de seu evangelho. Mas também nesses 11 capítulos, há a constante relação entre fé e incredulidade. Cada capítulo, desde o início, enfrenta a questão de crer ou não crer.

Descrença e crença são reações extremas para com Cristo. Crer no Senhor Jesus Cristo é tão extremo que conduz à vida eterna. Não crer em Jesus Cristo é tão extremo que leva à morte eterna. Há extremos neste evangelho. Quando chegamos ao capítulo 12, esses extremos se tornam cristalinos, em particular, através de Maria e de Judas.

No capítulo 11 temos a ressurreição de Lázaro dentre os mortos. Lázaro tornou-se o morador mais conhecido da pequena aldeia de Betânia, bem próxima a Jerusalém. Foi um milagre estupendo com vastas implicações. O conhecimento deste milagre poderia transcender a aldeia e se transformar em assunto das conversas em Jerusalém. Foi algo perturbador para os líderes religiosos de Israel. Eles não podiam negar. Era um fato. Com o impacto da ressurreição de Lázaro, os líderes religiosos passaram a planejar como matar Jesus (João 11:53).

Jesus, então, já não podia continuar a caminhar publicamente entre os judeus. Ele não podia ficar na proximidade de Betânia e Jerusalém porque os líderes estão prontos para executá-lo. Então Ele foi embora de lá. Em João 11:54 diz que Ele foi para um pequeno lugar chamado Efraim e ficou lá com seus discípulos. Provavelmente Ele passou algumas semanas, entre a ressurreição de Lázaro e sua chegada para a Páscoa, na Samaria e na Galileia, registrados em Lucas 17, 18 e 19.

As pessoas, de acordo com o versículo 56 do capítulo 11, estavam procurando Jesus. Ele era a pessoa mais popular no país. Nunca houve ninguém como ele. Elas sabiam que os líderes religiosos estavam querendo matá-lo (João 11:53). Isto já tinha sido declarado. Os principais sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem que, se alguém soubesse onde ele estava, era para denunciá-lo para que eles pudessem prendê-lo, com vista a executá-lo (João 11:57).

Jesus volta. Até aquele ponto, quando eles queriam matá-lo, não era tempo de Deus. Não era a sua hora. Mas agora é, e Ele vai morrer nesta Páscoa, na sexta-feira , no exato momento em que os judeus estão massacrando os cordeiros pascais. Ele vai morrer como cordeiro pascal escolhido de Deus para satisfazer a Deus e oferecer o sacrifício pelos pecados de seu povo escolhido.

Então no capítulo 12 de João, Jesus volta, como se diz lá, seis dias antes da Páscoa. Era um sábado. Foi o sábado final da Antiga Aliança, porque na próxima sexta-feira, Jesus vai morrer e estabelecer a Nova Aliança. A Antiga Aliança irá desaparecer. Na Nova Aliança não há mais sábados oficiais. O símbolo da Nova Aliança não é a Páscoa no Egito. O símbolo da Nova Aliança é a ressurreição de Jesus Cristo no primeiro dia da semana.

A hostilidade dos líderes religiosos de Israel, a curiosa indiferença da multidão e Finalmente, aqueles que creem. Estes são todos os personagens que estão nestes poucos versos. Eles nos ajudam a olhar para o mundo agora da mesma forma que as pessoas daquela época são descritas.

Há Marias, Martas, Judas, líderes religiosos hostis e há multidões indiferentes e incrédulas. Você pode questionar: Como pode a vida, ensinamentos e testemunho deste homem produzirem uma Maria e um Judas colocados lado a lado? Profundo mistério, mas o cristianismo ainda faz isso até hoje. Todos os personagens aqui se repetem até hoje.

Jesus sabia que os corvos estavam procurando por ele porque queriam mais milagres. Eles estavam curiosos para ver o que mais ele estaria fazendo.
Os líderes religiosos estavam procurando por Ele para matá-lo. Portanto, tudo isso o estava esperando em Jerusalém. O tempo de Deus estava chegando, seis dias antes da Páscoa, Ele veio para Betânia. Este incidente está registado nos quatros evangelhos. Ler em todos te dará uma melhor visão de tudo. Betânia é conhecida como o lugar onde estava Lázaro a quem Jesus ressuscitou dentre os mortos.

A festa da páscoa celebrava o sacrifício representado no cordeiro pascal, na saída dos hebreus do Egito, cujo sangue foi aspergido nas ombreiras e nas vergas das portas, evitando-se que e o anjo da morte passasse em uma casa e assim essa família seria poupada. Cristo é o verdadeiro cordeiro pascal que satisfaz a justiça de Deus pelos pecados do seu povo. Ele veio para morrer na Páscoa como a verdadeira Páscoa.

Neste último sábado que antecede sua crucificação, Ele escolhe para compartilhar com os Seus amados amigos em Betânia. Momentos de ternura para nosso Senhor Jesus. Ele amava essas pessoas. Ele havia passado tempo com Maria, Marta e Lázaro. Seis dias de distância do momento em que seria moído e a solidão de ser abandonado por Deus, Ele procura o calor, o amor e o carinho de queridos amigos. Mas, em meio a essas poucas horas que ele tinha que estar com aqueles que amava, o apóstata Judas se faz presente .

Vamos começar com o serviço sincero de Marta. Em outra ocasião, quando nosso Senhor estava viajando, Ele veio para Betânia e chegou à aldeia e Marta o recebeu em sua casa (Lucas 10:38-42). Ela tinha uma irmã chamada Maria, que estava sentada aos pés do Senhor, ouvindo a Palavra.

Marta estava ocupada com todos os seus preparativos. Ela veio até Jesus e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado servir sozinha? Então diga a ela para me ajudar” (Lucas 10:40).
Ela era um pouco obcecada em servir. O Senhor respondeu, e disse-lhe: “Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada” (Lucas 10:41-42). A verdade que Maria está ouvindo é para sempre. As outras coisas são passageiras. A instrução, a verdade divina e a adoração são prioridades.

Com base nessa experiência podemos voltar a João 12. Muitos reduzem Marta àquela ocasião. É um erro. Ela serviu. E serviço é considerado algo nobre na escritura, muito nobre. A palavra “servir” é a palavra “diakoneo” partir do qual obtemos a palavra ‘diácono’, servidores muito importante na vida da igreja do primeiro século. Por isso, não podemos menosprezar este serviço que Marta havia prestado. Fizeram-no ali uma ceia, e Marta servia. Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.

Agora, sabemos que isso não é na casa de Maria, Marta e Lázaro, porque nos outros evangelhos (Mateus 26 e Marcos 14) nos dizem que aconteceu na casa de um homem leproso chamado Simão, que também vivia em Betânia. Só para que você saiba, ele não poderia estar leproso no momento ou não haveria uma festa em sua casa, porque os leprosos eram excomungados e colocados para fora das ocasiões sociais permanentemente.

Então, se posso ser tão ousado, deveríamos estar chamando-o de Simão, o ex-leproso. Agora, como você se tornaria um ex-leproso no mundo antigo? Não há nenhuma maneira a não ser que você fosse curado pelo próprio Criador. Portanto, há duas pessoas muito especiais que se sentaram à mesa. Um deles é um ex-leproso e outro é um ex-morto. Isso deve resultar numa conversa fascinante.

Uma refeição incrível e bonita, uma verdadeira festa, mas não foi em homenagem a Lázaro e nem a Simon. Foi em honra ao Senhor Jesus Cristo. Isto está justaposta contra o final do capítulo 11, onde os líderes religiosos querem prendê-lo e matá-lo.

O SERVIÇO DE MARTA

Agora há uma festa para honrá-lo e Marta está servindo. Este é um nobre serviço. Alguém tem que fazer isso. É um serviço que honra a Deus.
“Mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal” (Mateus 20:26). Maria era mais contemplativa e reflexiva ou talvez mais espiritual. Marta era uma servidora.

Agradeço ao Senhor por aqueles que servem. De fato, o Senhor Jesus diz em Lucas 22:27: “Eu estou entre vós como aquele que serve”.
Estamos todos chamados a sermos servos, todos chamados a sermos servos de Deus e servos uns dos outros. É muito importante ver a nobreza do serviço em Marta. Ela faz isso porque ela ama o seu Senhor e ama as pessoas que ela serve. O Senhor a repreendeu em outra ocasião porque ela precisava reconhecer que ouvir ao Senhor é um chamado superior ao nobre serviço.

O SACRIFÍCIO HUMILDE DE MARIA

Então nós vemos o sacrifício humilde de Maria. Ela tomou uma libra de perfume de nardo puro, muito caro, e ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos, e a casa se encheu com a fragrância do perfume. Uma expressão de adoração descrita na Bíblia sob um selo de aprovação do Espírito Santo.

Nardo era uma erva muito rara cultivada em terras altas da China, Tibet e Índia. Porque vinha tão longe e porque era tão puro, ele era muito valioso.
Em Mateus 26: 7 lemos que ele estava em um frasco de alabastro, uma pedra branca translúcida que seria esculpida para conter este nardo. Na verdade, o seu valor era conhecido pelo homem que pensava somente sobre o preço das coisas: Judas. Ele nomeou o preço no versículo 5 como 300 denários. Um denário era o salário de um dia. Então aquele perfume custava 300 dias de trabalho. Muito caro.

O coração de Maria está transbordando de amor e gratidão. Ela não consegue se conter. De acordo com Marcos 14: 3, ela quebra o vaso de alabastro e abre. Então ela soltou seu cabelo, que era uma coisa radical para uma mulher fazer na presença de homens, e usou seu cabelo para limpar os pés de Jesus.

O lava-pés em uma refeição era parte da refeição porque as pessoas usavam sandálias, não havia nenhuma calçada, apenas ruas e estradas empoeiradas. Esta é uma expressão incrível e pródiga. Não foi a primeira vez que isto aconteceu a Jesus. Isto já tinha acontecido na Galileia, na casa de um fariseu, e foi realizado por uma prostituta.

Lucas 7
37 E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento;
38 e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o unguento.
39 Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora.

Isso seria uma das coisas mais assustadoras que se possa imaginar para um fariseu hipócrita, imaginar-se ser tocado por uma prostituta. Mas o toque de uma mulher pecaminosa não poderia diminuir a pureza da santidade de Cristo. Ao invés de torná-Lo profano, Ele poderia fazê-la santa.

Aparentemente, esta era uma maneira pródiga para as pessoas expressarem imenso amor e carinho. O fariseu endurecido pela religião não se inclinou perante Jesus, mas uma prostituta arrependida curvou-se perante ele em profunda adoração. Qual foi o resultado das duas atitudes? Leia o texto abaixo.

Lucas 7
44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos.
45 Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés.
46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés.
47 Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama.
48 Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados.
49 Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados?
50 Mas Jesus disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.

Voltando para João 12. Isto é chocante. Realmente, em completo desrespeito às regras religiosas para as mulheres não soltar os cabelos na presença de homens, seu coração está falando mais alto. Este é o amor que não conhece limites. Um amor sem restrição, humilde e generoso. Ela deu tudo de valor que ela poderia colocar as mãos. Toda esta cena foi feita diante de um ambiente que deve ter sido tomado pelo silêncio de perplexidade.

A HIPOCRISIA DE JUDAS ISCARIOTES

Mas O silêncio não durou muito. Quando eles estavam contemplando o sacrifício humilde de Maria, eles foram interrompidos pelos interesses hipócritas de Judas, aquele a quem Jesus chamou de o “filho da perdição” (João 17:12). Ele é o filho da perdição e seu próprio lugar é a perdição ou o inferno eterno, um filho do inferno. Ele é identificado pela ganância, ambição, mundanismo e auto interesse,

Ele lançou sua sorte em pensar que ele seria rico em um pretenso reino humano de Jesus. Ele lançou sua sorte em pensar que ele seria elevado a uma posição de poder e autoridade, e começou a se tornar claro para ele que as coisas não estavam indo na direção que ele queria que estivesse. Enquanto os demais discípulos estavam crescendo em amar a Cristo, ele estava crescendo em odiá-lo mais.

A ideia de um reino na terra estava se tornando ridículo para ele. Tudo estava acontecendo de forma errada para ele, mas ele estava mantendo sua hipocrisia.
Em João 12:5 ele diz: “Por que este perfume não foi vendido por 300 denários e dado aos pobres?” Soa tão nobre, mas João nos diz no versículo 6, “Ele disse isso não porque ele estava preocupado com os pobres, mas porque era ladrão e, como ele tinha a bolsa, ele costumava furtar o que nela se lançava.”

Quando a coisa começou a ir em direção que ele não achava que deveria ir, ele começou a desviar o dinheiro. Ele queria o dinheiro e todo o dinheiro que pudesse conseguir. Ele estava pronto para sair agora. Ele sabia dos perigos que rondava Jesus. Jesus já havia dito que ia morrer. Os religiosos o estavam procurando para tirar-lhes a vida. Ele podia ver a hostilidade e toda a animosidade contra Jesus. Ele sabia que o fim estava próximo.

Em Mateus 26: 8 diz que os outros discípulos entraram na conversa sobre isso. Sim, por que não foi vendido e que o dinheiro dado aos pobres? Agitados por Judas, ele se juntarem ao protesto. Ele tinha muita influência. É por isso que ele tinha a bolsa, porque todo mundo confiava nele.

A verdadeira honra a Jesus Cristo provoca a hostilidade daqueles que pertencem a Satanás.
Se você honrar Jesus Cristo, aqueles que pertencem a Satanás serão hostis a você. Na quinta-feira da próxima semana, o próprio diabo entrou nele. Ele não era apenas um diabo, mas o próprio diabo entrou em Judas. Por 300 denários, ele roubaria de Jesus o dom do amor de Maria. Mais tarde, ele iria vender Jesus por 30 moedas de prata. Trezentos denários valiam um ano de salário; 30 moedas de prata (Mateus 27:3), 4 meses. O perfume valia 3 vezes mais o preço pelo qual ele traiu e vendeu Jesus .

Assim como perfume de Maria encheu a casa com a sua fragrância, o veneno das palavras de Judas transformou o evento em um ambiente de ar contaminado e tóxico. Sua vida sem dúvida é a maior tragédia na história da humanidade e da eternidade por causa de sua proximidade com a verdade. Quanto mais próximo estiver da verdade e rejeitá-la, quanto mais grave o castigo eterno.

O lugar mais seguro para se estar é na igreja, para aqueles que verdadeiramente são discípulos do Senhor.
Também o lugar mais perigoso para se estar é na igreja, se você não é um verdadeiro discípulo do Senhor. Você será responsabilizado pelo conhecimento que você teve em vão. Quanto maior punição possa provocar, o lugar torna-se mais perigoso. Muito perigoso. “E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá” (Lucas 12:48).

Judas, o apóstata de todos os apóstatas, não é uma figura solitária. Existem muitos apóstatas como ele. Apostasia é o centro da nossa música. Está na água que bebemos. Está em toda parte. Nós vivemos em um mundo apóstata, um mundo cheio de apóstatas. O que é um apóstata? Alguém que altera e abandona a verdade tendo o conhecimento da verdade.

Você ficaria surpreso quantos dos apóstatas através dos séculos, a maioria dos filósofos que viraram o mundo de cabeça para baixo e o transformaram em um mundo ateu e evolucionista estudaram em escolas cristãs, foram criados em igrejas, tiveram pais e avós cristãos, mas apostataram terrivelmente.

O Senhor responde no versículo 7: “Por isso, Jesus disse: “Deixai-a”, para que ela possa usá-la realmente para o dia da minha sepultura. Ele havia dito que ele ia morrer. Ela estava ungindo-o de antemão enquanto ele estava vivo para expressar a natureza pródiga de seu amor, porque ela tinha medo que ela não poderia fazê-lo no final, ou seja, no seu sepultamento?

Nós não sabemos isso, mas sabemos que Jesus interpretou o que ela fez como unção para o Seu dia do enterro. Ao dizer isso, Jesus declara que Ele vai morrer e será enterrado. O que ela fez é um símbolo de Seu sepultamento próximo.

Mateus 26
12 Jesus diz: Ora, derramando ela este unguento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento.
13 Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado em todo o mundo, também será referido o que ela fez, para memória sua.

Então Judas Iscariotes foi ao encontro dos chefes dos sacerdotes a fim de trair e entregar Jesus a eles (Mateus 26: 14-16). Quando Jesus disse: “Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto”, Judas sabia que tudo estava acabado. Ele ia morrer. Não haveria qualquer futuro. Não haveria mais dinheiro. Suas ambições estavam frustradas. Então ele tentou ganhar mais algum dinheiro.

A SUPERFICIALIDADE VAZIA DA MULTIDÃO

João 12
9 e muita gente dos judeus soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro, a quem ressuscitara dentre os mortos.

As multidões vieram por curiosidade sobre Jesus e Lázaro. No dia seguinte, versículo 12, quando Ele entra em Jerusalém, a multidão está gritando: “Hosana ao Filho de Davi”. Na sexta-feira, o que eles estão dizendo? “Crucifica-o! Crucifica-o! Nosso rei é César!”. Esta é a superficialidade oca do povo.

A CONSPIRAÇÃO DOS LÍDERES RELIGIOSOS

De outro lado, nos versículos 10 e 11, as conspirações hostis dos líderes religiosos: “E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro, porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em Jesus”.

Os líderes religiosos queriam destruir provas, matando o homem que Jesus ressuscitou dentre os mortos. Uma amostra do extremo ódio que tinham por Jesus.
A ressurreição de Lázaro fez surgir uma hostil e definitiva conspiração dos líderes religiosos para matar Jesus. Eles também queriam matar a Lázaro, pois muitos criam em Jesus por causa dele.

  • Temos o serviço e o amor de Maria e Marta.
  • Temos o pecado egoísta e a apostasia de Judas.
  • Temos a indiferença da multidão que acaba gritando: “Crucifica-o!”
  • Temos o ódio dos líderes religiosos ameaçados pela verdade, que acabam por executar Jesus.

Mas isso não é o fim. O fim é que houve pessoas que creram em Jesus. Contra tudo, temos pessoas crendo n’Ele. Há sempre uma minoria que crê. É por isso que nós pregamos, e é por isso que ainda estamos neste planeta para cumprir a Grande Comissão que Ele nos deu.


Leia Também:


Esta é uma série de sermões traduzidos de John MacArthur sobre todo o Evangelho de João.
Clique aqui e acesse o índice ordenado por capítulo, com links para leitura.


Este texto é um resumo do sermão “One Savior, Five Reactions”, de John MacArthur, em 09/11/2014

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

http://www.gty.org/resources/sermons/43-61/one-savior-five-reactions

Tradução e síntese realizadas pelo Site Rei Eterno


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