Refletindo a glória do Senhor
E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus. Mas eles gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele. E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejaram a Estevão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu. (Atos 7: 54-60)
Estevão viu o céu aberto e a glória do Filho de Deus glorificado foi refletida nele diante de todos os que estavam por perto.
Estevão representa o que um verdadeiro cristão deve ser: cheio do Espírito Santo, com os olhos fixos em um Cristo glorificado. Um olhar firme e fixo em Cristo, sempre olhando para Ele, totalmente ocupado com um Salvador glorificado.
Olhe para o estado desesperador que Estevão se encontrava: cercado pela loucura dos religiosos, superstição, preconceito e inveja. A multidão enfurecida pressionando-o, de olhos arregalados e sanguinários. A morte apareceu na frente dele. Que circunstâncias impossíveis. Mas olhando para o céu ele viu o seu Senhor na glória, e de repente sua rejeição aqui na terra não significava nada para ele. Agora, ele estava acima de tudo, como quem vê aquele que era invisível.
Um vislumbre da glória do Senhor, uma visão de sua preciosa santidade. Estevão não podia mais ser ferido. As pedras e a fúria religiosa eram inofensivas para ele por causa da alegria que estava em seu interior. Um vislumbre da glória de Cristo que o colocou acima de todas as suas circunstâncias.
Estevão pegou os raios de luz do Homem glorificado no céu e refletiu para uma sociedade que rejeita a Cristo. Ele “com rosto descoberto, viu como um espelho a glória do Senhor, e foi mudado na mesma imagem de glória em glória, como pelo Senhor” (2 Coríntios. 3:18).
Como é verdade que nos tornamos aquilo que contemplamos. A tradução correta deve ser: “Todos nós, com rosto descoberto, refletindo a glória, somos transformados! A idéia é que o cristão reflete, como um espelho, a glória em que ele olha continuamente. Nós é que estamos “no vidro” – um espelho – olhando para Cristo, o objeto de nossa afeição e nos tornar semelhante a Ele neste processo de contemplação.
É possível ter uma visão do Homem glorificado no céu que vai nos colocar acima de todas as nossas circunstâncias e dificuldades? Estevão provou que isto é possível – tanto assim que, enquanto estava acima de tudo isso, ele orou por aqueles que o matavam. Seus assassinos tinham de olhar para um rosto que realmente reflete o que Estevão tinha visto de Cristo.
Todos nós temos o privilégio de reivindicar a plenitude do Espírito Santo e nos tornar tão fixos em Cristo que podemos viver acima de tudo que é jogado no nosso caminho pelo inimigo. A conseqüência direta de estar totalmente ocupado com Cristo é um resultado prático de Sua natureza em nós. Nós não somos chamados apenas para falar sobre a sua glória, mas devemos refleti-la.
Não há nada na nossa vida digna da atenção e respeito dos outros. Apenas em refletir a vida de Cristo é que podemos influenciar o mundo para ele. A carne, quando refletida para o mundo, ministra a morte, mas Cristo refletido através de nós ministra a vida.
Darby escreveu: “Um cristão é uma pessoa em cujo coração o Espírito de Deus tem gravado Cristo, assim como verdadeiramente Deus escreveu e gravou a Lei sobre as tábuas de pedra, de modo que o mundo possa ler Cristo no homem, como uma israelita podia ler a Lei sobre as pedras.
Ter prazer em Cristo, banquetear-se com Cristo e amar a Cristo. É esta a vida de um cristão. É a formação da nossa alma, segundo Cristo, pelo Espírito Santo. Com esta revelação de Cristo, não começamos a amar a glória, mas é ao próprio Cristo que amamos e admiramos. Com Cristo é que nos importamos; cuja carne comemos, e cujo sangue bebemos (João 6: 48, 53-56). Falar de Cristo, confessar Cristo e o agir por Cristo. Cheios Dele não desejaremos ser ricos segundo o mundo, pois temos as riquezas em Cristo – insondáveis riquezas. Não desejaremos os prazeres deste mundo, temos o prazer eterno em Deus.
“Não é meu olhar para mim mesmo, mas é o meu olhar para Cristo, o único meio designado por Deus para o meu crescimento à semelhança de Cristo”
Estevão tornou-se um espelho vivo no qual os homens pudessem ver a glória de Cristo refletida. Assim, também nós. Quando o inimigo vem com ataques e circunstâncias preocupantes para nos enfraquecer, precisamos surpreender pelo nosso doce repouso e descanso em Cristo. Desde que vemos por nossa mente espiritual, mantemos nossa mente firme em Cristo.
Você não vai ver Jesus até que você comece a olhar para ele, e você não vai encontrá-lo até que você vá ao lugar onde Ele é revelado. Ele é totalmente revelado em Sua glória nas Sagradas Escrituras . É o trabalho feliz do Espírito Santo dentro de nós para nos mostrar a partir da Palavra quem Ele é. “Ele [o Espírito] tomará o que é meu e mostrá-lo a vós” (João 16:14). Você é chamado diariamente para receber o espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Nunca negligencie a meditação nas Escrituras e a oração.
É uma coisa impressionante refletir a santidade e perfeição de Cristo a um mundo perdido nas trevas. Nenhum de nós já deu à luz uma verdadeira e perfeita reflexão. É um grande alívio saber que não podemos mudar Aquele cuja imagem é refletida. Ele é imutavelmente perfeito e santo. Nós não mudamos a imagem – a imagem nos muda. Cada vez que olhamos para a Palavra e vemos um novo raio de verdade sobre a sua vida, morte, ressurreição e ascensão – somos transformados por ele. Tornamo-nos mais e mais como Aquele que é o centro da nossa atração. Nós não mudamos a nós mesmos – a revelação de Cristo é que nos transforma.
Traduzido e sintetizado pelo site Rei Eterno a partir de uma ministração de David Wilkerson