O Plano de Deus e Israel (3)


Este é o terceiro de uma série de 4 sermões sobre Romanos 9 (veja links abaixo). John MacArthur mostra como as Escrituras Sagradas deixa muito clara a total compatibilidade do Plano Eterno de Deus com a incredulidade de Israel.


Deus Chama e Endurece a Quem Ele Quer. Mas O Homem é Sempre Indesculpável   

Voltamos hoje a Romanos 9. Estamos no meio de um estudo muito especial e emocionante desta grande epístola. Temos nos movido frase por frase, verso por verso, parágrafo por parágrafo, capítulo por capítulo, através dessas grandes verdades contidas na carta aos Romanos. O capítulo 9 lida com o assunto da soberana justiça de Deus. Na primeira vez, vimos até o versículo 13. Na última vez, vimos dos versículos 14 ao 19. Hoje vamos avançar até o versículo 24.

Mas, antes de examinarmos especificamente o texto, deixe-me fazer uma breve introdução. A Bíblia ensina muito claramente que Deus é soberano e que a soberania de Deus, que é Sua absoluta liberdade para fazer o que Ele quer, é particularmente óbvia na questão da salvação. Deus é soberano na salvação. A Escritura é profundamente clara sobre esse assunto.

Em Jonas capítulo 2, versículo 9, é dito: “Ao Senhor pertence a salvação!”. Em I Coríntios 15:10, o apóstolo Paulo deu testemunho quando disse: “pela graça de Deus, sou o que sou”. A declaração de Filipenses 2:13 coloca de forma bastante simples: “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”. Veja mais esses textos:

Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna (Atos 13:48).

Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade (Tito 1:1)

Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós… (João 15:16)

Essas são apenas algumas amostras das tremendas afirmações da soberania de Deus na salvação. Efésios 1:3-6 diz:

3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;
4 Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;
5 E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,
6 Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.

II Tessalonicenses 2:13 declara que “devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade”. I Timóteo 1:9 diz que Deus “nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos”. 1 Pedro 1:2 diz que fomos “eleitos segundo a presciência de Deus Pai”. E Romanos 8:29-30 diz:

28 E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
29 Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
30 E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.

Declaração maravilhosa! Talvez Romanos 9 seja a mais ampla seção de ensino sobre esse tema. Realmente exige nossa atenção cuidadosa. Lembre que a Carta aos Romanos tem como objetivo principal ensinar a justificação pela graça através da fé, cobrindo todas as dimensões da salvação. Ela contém toda a riqueza do evangelho. Primeiro, Paulo descreveu o estado pecaminoso do homem. Então, começando no capítulo 3, versículo 21, começa a nos contar como o homem poderia ser liberto de seu pecado. Nos capítulos 3 e 4 temos a salvação em sua essência. E então, começando no capítulo 5 e percorrendo todo o capítulo 8, começa a falar sobre os resultados da salvação.

E aprendemos que a salvação tem uma série de resultados e bênçãos, tais como paz com Deus, esperança de glória, libertação da condenação, união com Cristo, libertação da lei, vitória sobre o pecado, o Espírito que habita em nós, a adoção como filhos de Deus etc. O capítulo 8 encerra toda a discussão sobre a salvação, afirmando que ela foi decidida na eternidade, é eterna e nada pode tirá-la daqueles que foram chamados, nada pode os separar dela. Que lista! Que relatório de tudo o que pertence aos remidos, os quais foram tirados do desamparo, do desespero do pecado, trazidos através da realidade da salvação para a casa do tesouro da bem-aventurança!

Agora, isso coloca uma questão. E a questão que Paulo encara é a seguinte: E os judeus? Eles também conheciam a bênção de Deus, a salvação de Deus, e conheciam a Deus como seu Deus. E agora? O que dizer sobre eles? Eles estão em incredulidade. E o próprio Jesus disse: “eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos” (Mateus 21:43). Então, vem a pergunta: Como podemos estar seguros, se os judeus já foram o povo de Deus e não são mais?

É uma pergunta justa. Se eles desfrutaram de todas as bênçãos que Deus pôde dar a Seu povo especial e agora foram postos de lado, quão seguras são essas bênçãos para nós? Ou seja, se Deus deixou de lado os judeus por causa de sua pecaminosidade, temos alguma garantia de que Ele também não nos deixará de lado?

E, se tudo isso é verdade, se toda essa Nova Aliança for verdadeira, se todo este evangelho do Novo Testamento for verdadeiro, se esta nova mensagem em Jesus Cristo for verdadeira, então por que Israel não creu? Israel não era o povo de Deus? Não foi Israel que nos deu e manteve as Escrituras? Não eram eles que conheciam a Deus melhor do que ninguém? Se é verdade, por que eles rejeitaram? E se Deus os rejeitou, quão seguros podemos estar?

Agora, estas são as questões formuladas na mente de um opositor. E nos capítulos 9, 10 e 11, Paulo responde a essas perguntas. Nos capítulos 9 e 10 ele responde à pergunta: como é que Israel não creu no evangelho, se ele é a verdade? E no capítulo 11, Paulo responde à seguinte pergunta: se Deus deixou de lado o judeu, como sabemos que Ele não nos deixará de lado também? Então, quando as pessoas olham para Romanos 9, 10 e 11, muitas vezes pensam que tais capítulos tratam de alguma verdade isolada que caiu no meio disso, mas não é. Está no próprio fluxo do argumento. Pois, se Paulo deve acreditar na realidade da Nova Aliança da justificação pela fé em Jesus Cristo, se ele deve ter acreditado nessa apresentação, então é essencial que ele responda: e os judeus? Por que eles não creem e como puderam ter sido postos de lado?

À luz de tais questões, ele escreve Romanos 9 a 11. Em primeiro lugar, no capítulo 9, como temos aprendido, Paulo demonstra que a incredulidade de Israel não viola a integridade de Deus e o caráter de Deus; não altera a Palavra de Deus; não nega as promessas de Deus.

A mente carnal, seguindo a razão e a lógica do homem, vai argumentar: bem, se Deus fez todas essas promessas para Israel e deu todas essas bênçãos para Israel, e o próprio Jesus disse que a salvação é dos judeus, e agora, se Israel é posto de lado, Deus não violou Sua própria natureza? Deus não é confiável? Deus não é mais parecido com homens que não podem manter sua palavra ou não?

E assim, a incredulidade de Israel deve ser analisada. E é no capítulo 9. Nos versículos 6 ao 33 de Romanos 9, Paulo está dizendo que, porque Israel não crê, não significa que Deus tenha violado Sua promessa (versículos 6 a 13), não significa que Deus tenha violado Sua integridade pessoal (versículos 14 a 24), não significa que Deus violou a palavra de Seus profetas (versículos 25 a 29), e certamente não significa que Deus violou Seu pré-requisito (versos 30 a 33).

Agora, em primeiro lugar, lembre-se de que analisamos os versículos 6 a 13. No verso 6, Paulo diz: “E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas”. Ou seja, a incredulidade de Israel não é inconsistente com a promessa de Deus. Pelo fato de Israel não crer, não significa que a Palavra de Deus não cumpra sua promessa e seja ineficaz. Deus nunca prometeu salvar toda a semente física de Abraão. Nem todos israelenses de nascimento são israelenses espirituais. Em todo o Antigo Testamento, é claro que apenas um remanescente crente que foi salvo. Isso é reiterado no capítulo 11, quando ele fala sobre o remanescente daqueles 7.000 homens que não dobraram o joelho a Baal.

Os versículos 6 a 13 mostram que de Abraão apenas Isaque foi chamado. E o primeiro filho de Abraão foi Ismael. Deus foi seletivo. E isso mostra que nem todos os nascidos de Abraão são filhos do pacto, pois somente Isaque foi escolhido. Isaque teve dois filhos. Quais foram seus nomes? Jacó e Esaú. E daqueles dois, Deus escolheu Jacó. Por quê? Eu não sei. Ninguém sabe. A única coisa que podemos responder é que Deus faz o que quer e teve prazer em escolher Isaque e se agradou de escolher Jacó. Então, o pensamento é muito claro. Em qualquer momento da história de Israel, apenas um remanescente, o verdadeiro Israel dentro do Israel natural, o Israel eleito é que é salvo.

Agora, o segundo ponto vem nos versos 14 a 24 e aqui Paulo mostra que a incredulidade de Israel não é inconsistente com a pessoa de Deus, com o caráter de Deus. Se Deus escolhe e elege, diz o versículo 14, há injustiça da parte de Deus? Se Deus escolhe apenas alguns e outros não, então Deus é injusto? E a resposta de Paulo é: “de modo nenhum!!”. No grego é o mais forte negativo possível, como se ele dissesse: “não, não, não, que pensamento absurdo, Deus é totalmente justo!!!”.

Você pode dizer: “Ok. Então, prove isto”E, diferente do que faz a igreja moderna, Paulo não usou a lógica e a razão humana para provar. Ele citou duas passagens do Antigo Testamento. E elas são a prova. A passagem número um é Êxodo 33:19 e é citada nos versículos 15-16 de Romanos 9:

Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.

Você pode ir todo o caminho de volta para a revelação inicial de Deus para Moisés. E quando Deus Se revelou, Ele Se revelou como um Deus eletivo. Portanto, isso não é uma mudança na natureza ou no caráter de Deus. Ele sempre foi o Deus que tem misericórdia e compaixão de quem Ele quer. E quem disse isso? Deus disse isso. Esse é o Seu próprio testemunho quanto à Sua própria natureza. Temos um Deus misericordioso (Salmo 145:8) que escolhe a quem conceder misericórdia. A Bíblia O apresenta como um Deus misericordioso e gracioso, mas Sua misericórdia e graça Ele dá a quem Ele quiser. Ele sempre foi assim. Então, o Senhor não violou Seu propósito. Ele não violou Sua própria pessoa. Não há perda de Sua integridade nisso.

Você poderia argumentar que Deus é injusto por Ele conceder imerecida misericórdia e compaixão a quem Ele quer? Lembre que a justiça de Deus exige a morte de todos os pecadores. Se você quer ver a absoluta justiça divina em curso, então você estaria numa posição terrível, pois a justiça divina não pouparia ninguém da condenação, inclusive você. Se Ele decidiu conceder compaixão e misericórdia imerecida a quem Ele escolheu, isto faz Deus injusto a seus olhos?

Paulo afirma categoricamente que a graça de Deus não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a Sua misericórdia (Romanos 9:15-16). Ele sempre Se revelou como alguém que escolhe quem Ele irá redimir. Se uma pessoa é redimida, não é porque essa pessoa escolheu Deus, pois não há ninguém que busque a Deus (Romanos 3:11). Não é a vontade do homem, não é o seu esforço, mas é o bom prazer de Deus. É Sua escolha soberana. Isto é muito claro. O salvo não buscou a Deus, foi Deus quem o buscou.

E então, Paulo, para reforçar seu argumento, adiciona outras citações de Êxodo 9:16. Nos versos 17 a 19 diz:

17 Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra.
18 Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz.
19 Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade?

Veja, Deus desde o princípio levantou Faraó no palco da História humana como um meio de demonstrar Seu poder redentor e salvador. E Ele não usou de misericórdia com Faraó, mas lhe endureceu o coração. Por quê? Ele tem misericórdia de quem Ele quer e endurece a quem Ele quer.

E assim, o apóstolo Paulo tem uma resposta incrível para a pergunta: Deus é injusto por ser seletivo no processo de salvação? Se Deus escolhe certas pessoas para serem salvas, isso é injusto? Paulo diz que não é uma violação do caráter justo de Deus. Isso não é uma violação da integridade de Deus, pois Deus Se revelou desde o início como um Deus que escolhe de quem Ele terá misericórdia e a quem Ele endurecerá. Deus é assim revelado por Si mesmo e Nele não há mudança. Ele escolhe ser misericordioso, Ele escolhe endurecer, porque Ele é Deus e Ele é livre para fazer o que Ele quiser. E tudo que Ele faz, o faz segundo seus atributos, muitas vezes incompreensível às nossas mentes.

Isto é reiterado em Romanos 11, versículo 7: “Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos”. Por que Israel não alcançou o que buscava? Romanos 9:16 responde: “não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia”. E assim o versículo 7, de Romanos 11 diz: “Deus lhes deu espírito de profundo sono, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje”. Veja, Deus endurece a quem quer e dá misericórdia a quem quer.

Agora, você pode dizer: “Rapaz, isso não é o que eu aprendi em minha igreja… isto não é o que ouvi…”. Bem, eu estou apenas dizendo a você o que a Bíblia diz, isso é tudo. Eu só quero que você veja o que as Escrituras dizem.

Agora, tudo isso produz uma pergunta em minha mente e tenho certeza que produz na sua. Você diz: “Se Deus salva quem Ele quer e endurece quem Ele quer, então ‘de que Ele se queixa ainda? Pois quem jamais resistiu à Sua vontade?’” (Romanos 9:19). É uma pergunta óbvia: “Se Deus escolhe a quem Ele salvará e escolhe a quem Ele endurecerá, como Ele pode encontrar defeitos em mim? Como sou responsável pelos meus erros?”. 

Este é o questionamento da mente carnal, através de raciocínio lógico. O homem diz:

Se não somos nada além de fantoches, se somos apenas vítimas de uma escolha divina, como Deus pode nos culpar por qualquer coisa? Se Deus me endurece, como Ele pode me mandar para o inferno eterno, já que Ele me endureceu? Como Ele pode me culpar? Como Ele pode me condenar? Eu sou do jeito que sou por causa do decreto divino, pois quem resistiu à Sua vontade? Quero dizer, se Deus quiser que eu seja endurecido, se Deus quiser que eu seja salvo, quem pode resistir a isso? Se somente a Sua vontade é determinada, e se a Sua vontade é irresistível, relativa a quem é salvo e a quem está perdido, então como posso ser responsável? Como Deus pode culpar a vítima da Sua soberania?

Agora ouça: essa é uma pergunta blasfema. Você diz: “Bem, qual é a resposta? Mesmo que seja uma pergunta blasfema, eu preciso da resposta”. A resposta é um apelo ao silêncio. Isso é muito importante, um apelo ao silêncio. Observe os versículos 20-21 de Romanos 9:

20 Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?
21 Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?

Deus escolhe quem será salvo e aqueles que serão endurecidos, se isso fosse uma suposição falsa, Paulo teria corrigido, mas não corrige. Em outras palavras, Paulo diz: “Cale a boca, não faça essa pergunta! Você não pode atacar o caráter de Deus!”.

É verdade que Deus escolhe. É inegável que essa é uma questão difícil. Eu já fiz essa pergunta. Como Deus pode enviar pessoas para um inferno eterno quando Ele é o único que escolheu os salvos? É uma pergunta difícil. E você sabe qual é a resposta? Cale-se! Não faça essa pergunta! Não podemos compreender tudo.

Mas o homem morto na rebeldia e no pecado, usando de sua justiça imunda, ergue seu dedo para Deus e diz: “Por que então me fizeste assim? Isso é justo? Tu és injusto?”. Paulo diz: “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?”.

Aquilo que não parece lógico ao homem caído o faz erguer seus olhos para os céus e blasfemar questionando a justiça divina. Feche sua boca. Você sabe muito pouco, muito pouco. E se você não entende como isso é resolvido na mente de nosso Deus compassivo, misericordioso, amoroso e gracioso, então não é que o caráter de Deus seja questionável, é que você não tem informações suficientes. E se você quiser saber a verdade, a informação está além da sua capacidade de compreender e é por isso que você não a entende, porque há coisas nas Escrituras que nunca poderiam ser resolvidas ou conciliadas na mente humana.

Deixe-me fazer uma pergunta: quem é você para perguntar uma coisa dessas a Deus? Oh, absurdo! Você tem baixa capacidade de saber e compreender, e uma grande capacidade de esquecer. E nem sabe o que lhe motiva a fazer certas perguntas. E você questiona Deus?

Gênesis 18:25 diz: “Não faria justiça o Juiz de toda a terra?”. Nós vivemos pela fé, não pela lógica ou pela razão. A razão nos levará a lugares sombrios. Deus não responde a criaturas finitas e pecadoras. Quando você faz uma pergunta como esta, você está dizendo: “Olhe, Deus, você não está vivendo de acordo com meu padrão. Você está fora do que eu penso que é justo e correto. Exijo uma explicação convincente para eu não O considerar injusto”. Esta é a arrogância do pior tipo, é presunção grosseira. Uma blasfêmia.

Paulo pega uma analogia do Antigo Testamento no verso 21 de Romanos 9: “não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?”. Isso basicamente vem de Isaías 64: 6 a 8, que diz:

6 Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.
7 E já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte, e te detenhas; porque escondes de nós o teu rosto, e nos fazes derreter, por causa das nossas iniquidades.
8 Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e todos nós a obra das tuas mãos.

É a imagem de um oleiro e o barro. “E o barro se levanta e diz: Por que me fizeste assim?”. É um absurdo. O homem está tão longe de compreender a mente infinita de Deus quanto o barro de compreender a mente do oleiro. Fique satisfeito em deixar Deus ser Deus. Se você não crê nos atributos de Deus, que Ele é santo, justo, amoroso, compassivo e misericordioso, restará a você levá-Lo ao tribunal de sua mente humana, questionar Sua Pessoa, Suas obras, Seu propósito e Sua vontade à luz de sua própria e falida justiça. Lutero disse a Erasmo:

A simples razão humana nunca pode compreender como Deus é bom e misericordioso e, entretanto, você criou para si mesmo um deus de sua própria fantasia que não endurece ninguém, não condena ninguém e tem compaixão de todos. Você não pode compreender como um Deus justo pode condenar aqueles que nasceram no pecado e que não podem se ajudar, mas devem, por necessidade de sua constituição natural, continuar no pecado e permanecer filhos da ira.

A resposta é que Deus é incompreensível e, portanto, Sua justiça e Seus outros atributos devem ser incompreensíveis. Paulo exclama: “Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!”. Seus julgamentos não ficariam sem ser revelados se pudéssemos sempre percebê-los como justos. Isso é profundo. Se pudéssemos sempre entender tudo, não ficaríamos sem compreender, não é mesmo? Veja o que o Senhor disse a Jeremias (Jer. 18:2-6):

2 Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
3 E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas,
4 Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.
5 Então veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
6 Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.

Agora, você pode voltar para os Romanos 9. Paulo não usou uma analogia desconhecida. É o que ele diz no versículo 21: “não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?”Deus tem o poder e o direito de fazer o que quiser. É como o oleiro e o barro. E Ele faz vasos como Ele escolhe. Um oleiro poderia fazer um belo prato ou um barril de lixo. Seria a escolha dele.

Deus não reivindica o direito de criar criaturas pecaminosas e condenáveis para puni-las. Eu não creio que a Bíblia ensina que Deus cria ocupantes para o inferno. Eu acredito que a Bíblia diz muito claramente, pelo próprio Senhor, que o inferno foi criado para o diabo e seus anjos. Deus não está reivindicando o direito de criar criaturas condenáveis a fim de condená-las, mas Ele está reivindicando Seu direito de lidar como quiser com criaturas que já são pecadoras.

Ele perdoa ou pune como achar melhor. Ele não faz dos homens pecadores, mas Ele escolhe dentre homens pecadores. Deus não é responsável por homens serem pecadores. Tiago 1:13 diz: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta”.

Deus não criou o mal. Habacuque 1:13 declara: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal”. No final da criação, Gênesis 1:31 declara: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom”. Mas, Deus Se reserva o direito de fazer com criaturas pecadoras aquilo que a Sua própria vontade deseja.

Agora Paulo, em Romanos 9:22-24, conclui com três versos para aplicar essa analogia. Siga com muito cuidado esta porção muito importante

22 Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição,
23 a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão,
24 os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?

Muitos entendem mal isso. E se Deus, exercendo Sua escolha divina, em autoridade soberana, fizer alguns vasos de misericórdia enquanto outros são feitos vasos de ira? E daí se Deus fez isso? Que direito você tem? A propósito, o que Paulo diz não é nem uma frase. É uma frase inacabada no grego. É uma questão aberta. Bem, e se Deus quisesse fazer alguns para a salvação, outros para a ira? E daí? Deus é Deus!

Você não tem nenhum direito de questionar a Deus. Deus tem o direito de exibir Sua ira? Deus tem o direito de exibir a Sua santa justiça? Isso lhe traz glória? A glória de Deus está em exibição quando Ele reage com ira? Sim. A glória de Deus é exibida quando Ele reage no santo julgamento? Sim. Porque esses são elementos do caráter de Deus. A glória de Deus é exibida quando Ele demonstra Sua misericórdia? Sim. Quando Ele demonstra Sua graça? Sim. Quando demonstra Sua compaixão? Sim. Ele é menos Deus quando exibe Sua ira e juízo no lugar da misericórdia e perdão? Não. E se Ele é totalmente Deus, então Ele será revelado como Deus na manifestação de qualquer de seus atributos.

O verso 22 diz: “querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder”. A palavra traduzida como “querendo” é uma palavra grega que fala de intenção e não de uma resignação passiva. Ele continua dizendo: “suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição”. Deus poderia, simplesmente, destruir os pecadores na primeira vez que pecaram. Os vasos da ira se referem àqueles que Deus não escolheu para a salvação. Mas eles são responsáveis por seus pecados. Deus não os tornou pecadores, mas os deixa no pecado que eles mesmos escolheram.

A entrada do pecado no mundo era necessária para que Deus pudesse manifestar Sua santa ira, Seu julgamento e Sua justiça, porque isso é tanto um elemento da natureza de Deus quanto qualquer outra coisa em Sua natureza. As pessoas dizem: “Por que Deus permitiu o pecado?”. Para que Ele pudesse mostrar a Sua santidade e revelar Seu poder. A resposta está no versículo 22.

Sei que isto não deixa nossas mentes humanas confortáveis, mas é o que a Escritura diz. Nossa atitude deve ser de crer plenamente nos atributos de Deus. O que não é conciliável para a limitada mente humana, é plenamente na de Deus. Se não houvesse pecado, Ele não poderia ter exibido Sua ira contra o pecado e não teríamos conhecido esse elemento de Seu atributo. Então, Deus permitiu e suportou o pecado com o propósito de revelar Sua ira sagrada em Seu julgamento e Sua punição. E tinha que ser para Deus ser Deus completamente revelado como Deus. E Ele não poderia ter atributos que não tivessem função.

Deus permitiu o pecado para que Ele pudesse mostrar Sua ira. Em segundo lugar, para que Ele pudesse mostrar o que? Seu poder. Como Deus mostra Seu poder no pecado? Primeiro de tudo, em julgar o pecado. Nós vemos a ira de Deus em Seu julgamento sobre o pecado. E se você tiver alguma dúvida sobre isso, tudo o que você precisa fazer é ler os capítulos finais do livro do Apocalipse e você verá o poder de Deus. Você verá o colapso do mundo. Você verá as devastadoras pragas que Ele envia na Terra. Você verá os grandes julgamentos de fogo que Ele traz sobre os homens. Deus mostra Seu poder no julgamento. E nós vemos todos reunidos no Grande Trono Branco e Deus tem o poder de trazê-los para fora das sepulturas e trazê-los diante de Seu tribunal e enviá-los para o Lago de Fogo para sempre. Isso é poder.

E assim, o pecado existe para que Deus possa demonstrar Sua santa natureza, sua ira contra o pecado e para demonstrar Seu tremendo poder. O pecado vem ao mundo tentando conquistar a Deus, mas Deus o conquista e nós vemos o Seu poder. Nós vemos o Seu poder tanto no juízo como na salvação.

Deus vence o pecado através da salvação? Sim. Na cruz, Jesus obteve uma vitória? Sim. Ele feriu a cabeça da serpente? Sim. Ele terminou o trabalho da redenção? Sim. O pecado forneceu a Deus uma maneira de exibir Sua capacidade de julgar o mal e Sua capacidade de redimir o homem do mal. Assim, o pecado fornece um meio para que Deus seja glorificado. E muitos pensam que a salvação tem a felicidade do homem como o centro da ação de Deus… Não é esse o motivo.

No final do verso 22, Paulo fala que os vasos de ira são preparados para a perdição. É dolorido para nossa mente entender isto: vasos da ira destinados à destruição. Vasos da ira assim chamados, porque eles receberão a ira do Deus santo. Vasos da ira, porque eles são objetos do julgamento de fogo de Deus, eles estão preparados – o verbo está no particípio passivo – para a destruição. Eles estão preparados.

Agora, o texto não traz o nome de quem os preparou para a ira. Está na voz passiva. Os vasos de ira preparados para a destruição. Pelo contexto, podemos deduzir que seja Deus o agente aí. Não é que Deus os tenha feito pecadores. É que eles são pecadores. Deus, para mostrar Sua ira sagrada, os preparou para a destruição. Deus não é visto claramente preordenando a destruição no texto, está na voz passiva, como eu disse, mas não pode ser outro senão Deus no contexto. E então, os versos 23-24 dizem:

23 A fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão,
24 os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?

É quase como se Deus dissesse no verso 23: “Sim, eu os preparei para a glória”. É voz ativa e não passiva. Ele se mostra o agente na preparação para a glória. Ele não os quer sendo preparados para a destruição. É Ele que leva os vasos da ira à destruição, mas Ele não os fez desse jeito.

Deus fez vasos de misericórdia preparados para a glória. Por que Deus te salvou? Porque você é especial? Não. Por que você O procurou primeiro? Não. Por que você queria estar com Ele? Não. Deus te salvou porque Ele queria mostrar Sua glória, e parte de Sua glória é Sua misericórdia e Sua graça. Quando Moisés pediu a Deus, em Êxodo 33:18, “Mostre-me a sua glória”, Deus respondeu:

Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o nome do Senhor diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer. (Êxodo 33:19)

A razão pela qual as pessoas são salvas é para que Deus possa exibir Sua glória vista em Sua graça, em Sua misericórdia, em Sua compaixão. E a razão pela qual as pessoas são condenadas é que Deus pode exibir Sua glória vista em Sua santidade, em Sua ira, Seu juízo, Sua justiça, Seu poder.

“Vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão” (v.23) diz respeito à eleição divina. No verso 24, versículo 24: “os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios“. Que glorioso pensamento!

Ouça, quando aprendemos sobre a soberania de Deus, simplesmente não podemos fazer perguntas. Deus não nos deve explicações. E nossas perguntas demonstram desconfiança sobre o caráter de Deus. Assim, O conduzimos a nosso tribunal pessoal e O julgamos conforme nossa justiça falida e nosso entendimento pífio. Isso é uma blasfêmia.

Esta doutrina não é dada para nos confundir, ou para nos fazer questionar a Deus, ou para nos perturbar. Você sabe para que esta doutrina é dada? Para produzir em nós profunda gratidão. Você se curva diante de Deus, reconhecendo sua miséria e indignidade, e O glorifica por Sua misericórdia, por ter sido alvo através da escolha soberana de Deus. O chamado de Deus é eficaz, é um chamado de salvação irresistível e é um ato da soberania de Deus.

Então, a incredulidade de Israel não viola a pessoa de Deus. Ele sempre manteve a Sua Palavra. Ele sempre escolheu alguns para a misericórdia e alguns para o julgamento. Ele deu misericórdia a alguns e endurecimento a outros. Nunca foi diferente.

Você diz: “John, isso é difícil”. Sim, é difícil. Talvez o Pedro estava falando sobre isso quando disse: “Paulo escreve coisas difíceis de serem entendidas” (II Pedro 3:16). É difícil.

Você diz: “E quanto a todas as passagens que dizem que quem quiser, pode vir? E quanto a todos os trechos dos Evangelhos onde Jesus diz: ‘Vocês não vêem a mim para ter vida?’ E quanto a todos esses convites? E quanto à parábola em que o rei enviou seus servos e disse: ‘Chame todos em toda a parte para a festa, para a celebração, coloque todos aqui’?”. A resposta? Esse será outro sermão. Não temos tempo para tratar disso hoje. [Nota do site: Sobre este assunto, Clique aqui e leia os dez sermões sobre as Doutrinas da Graça].

Qualquer um que queira, a qualquer momento, pode vir a Jesus Cristo e recebê-Lo como Salvador. Você diz: “Ei, espere um minuto, como isso se encaixa com o que acabamos de ver em Romanos?”. Eu não sei. Conciliar a soberania de Deus com a responsabilidade do homem é algo humanamente impossível, mas é algo simples na mente de Deus. Esta realidade está em toda a Escritura. Eu apenas permaneço na posição de glorificar a Deus por Ele ter me escolhido. Jesus disse: “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (João 6:37).

Assim, concluímos Apocalipse 15:3-4, que diz:

3 E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos.
4 Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos.

A descrença de Israel é um golpe contra as promessas de Deus? Não. Deus nunca prometeu redimir todos os judeus, mas sempre um remanescente. A descrença de Israel é um golpe contra o caráter e a pessoa de Deus? Não, Ele sempre foi revelado como um Deus que exibe Sua glória, por um lado, através da misericórdia, por outro, através da ira. Nada é alterado.

João 3:27 coloca desta forma: “O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu”. Nossa salvação vem de Deus. Deus escolheu nos dar. O mistério disso está além de minha compreensão. Mas, como eu disse a você antes, o que é mistério para o meu intelecto é a luz do sol no meu coração.

Agora, percebo que, quando ouvimos coisas assim, achamos que é difícil entendê-las. Nós crescemos com uma compreensão de Deus fortemente inclinada para o Seu amor e compaixão, porque é disso que precisamos desesperadamente. Mas, também devemos entender que Deus é um Deus de soberania, Deus é um Deus que é glorificado em Seu julgamento, tanto quanto em Sua graça. E quando olhamos para nós e dizemos que somos salvos, fomos preparados como vasos de misericórdia, antes de o mundo começar, diante da grandiosidade desse chamado, da grandiosidade dessa escolha, tudo isso deve nos encher de gratidão, admiração e nos levar a nos esvaziarmos de nosso orgulho, auto-justiça.

Mas, por outro lado, Deus não quer que ninguém pereça. Jesus, olhando a cidade de Jerusalém, começou a chorar e chorou. E chorou no túmulo de Lázaro, quando viu os resultados do pecado. Ele ficou tão perturbado em seu coração que chorou novamente. Ele soluçou. É um mistério que, de um lado, Ele não quer que pereçamos. Não é a escolha Dele. Mas, por outro lado, é a escolha Dele. Isso é paradoxal? Aparentemente é para nós, mas é perfeitamente resolvido na mente infinita de Deus, com absoluta justiça. E qualquer um que questione a Deus mostra a loucura de seu próprio orgulho.

Posso dizer-lhe também que você precisa fazer duas coisas esta noite. Uma é agradecer a Deus pela sua salvação. A outra, se você não conhece Jesus Cristo, se você não recebeu Sua misericórdia e graça, creu em Sua morte e ressurreição e O abraçou como Senhor e Salvador, você deve responder em seu coração porque a Escritura diz: “Aquele que vem a mim, de maneira alguma o lançarei fora”. E, se Deus está atraindo seu coração e atraindo sua alma, você deve responder. Um convite pode ser recusado. Nós vimos isso esta manhã. Não o recuse. Essas coisas profundas nos impressionam com nosso Deus. Humilham-nos, fazem-nos perceber que sabemos tão pouco. Mas o que sabemos da revelação de Deus deve ser nossa maior busca, nosso mais feliz privilégio.

Vamos orar.

Obrigado Pai, por este dia maravilhoso. Oramos para que, ao sairmos daqui e seguirmos nossos caminhos, possamos fazê-lo com o coração cheio, com novos compromissos por ação de graças pelo que o Senhor fez por nós. E nós te louvamos em nome de Cristo. Amém.


Esta é o terceiro de  uma série de 4 sermões de John MacArthur sobre Romanos 9, conforme links abaixo:


Este texto é uma síntese do sermão “Is Israel’s Unbelief Inconsistent with God’s Plan? Part 3”, de John MacArthur em 08/01/1984.

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

https://www.gty.org/library/sermons-library/45-73/is-israels-unbelief-inconsistent-with-gods-plan-part-3

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno


 

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