O Escárnio Sofrido por Jesus
No meio de todas as cenas de humilhações públicas que Jesus sofreu, Deus é quem estava no controle de absolutamente tudo. Tudo aconteceu conforme profetizado, bem como predito por Jesus. Havia um cronograma estabelecido na eternidade, e ele foi cabalmente cumprido. É assim que Deus ordena a história,
Estamos olhando para o evangelho de Marcos. No último sermão vimos o julgamento de Jesus perante Pilatos. A pergunta final de Pilatos à multidão foi: “Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus?” (Mc 15:12), a multidão bradou: “Crucifica-o!”.
Pilatos insistiu: “Que mal fez ele?” (Mc 15:14), mas a multidão bradou ainda mais alto: “Crucifica-o” (Mc 15:14). E então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado. Agora vamos prosseguir de onde paramos,
Marcos 15
16 Então, os soldados o levaram para dentro do palácio, que é o pretório, e reuniram todo o destacamento.
17 Vestiram-no de púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça.
18 E o saudavam, dizendo: Salve, rei dos judeus!
19 Davam-lhe na cabeça com um caniço, cuspiam nele e, pondo-se de joelhos, o adoravam.
20 Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe a púrpura e o vestiram com as suas próprias vestes. Então, conduziram Jesus para fora, com o fim de o crucificarem.
21 E obrigaram a Simão Cireneu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar-lhe a cruz.
Quando se pensa sobre a crucificação do Senhor Jesus Cristo, normalmente é ressaltado o sofrimento físico que ele enfrentou. Ao longo dos séculos, as imagens que retratam a crucificação sempre focaram aspectos dos sofrimentos físicos.
Embora ele tenha enfrentado impensáveis sofrimentos, não foi o sofrimento físico que traumatizou Jesus no Jardim do Getsêmani, em que Lucas registra:
Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra. (Lc 22:41-44)
O que fez Jesus suar gotas de sangue foi a antecipação do cálice da ira Deus contra pecadores, que ele tomaria para si. Os evangelhos são muito contidos na descrição do sofrimento físico, usaram palavras simples sem adjetivos. Não há descrições longas e detalhadas, apenas declarações simples. A morte por crucificação era algo muito comum naquela época.
A Bíblia não foca no sofrimento físico de Jesus, mas no escárnio, desdém e zombarias que ele sofreu. Os crucificadores viam Jesus como uma piada, um louco, um idiota ou um lunático que pensava ser um rei sem reino.
Desde o momento em que Pilatos entregou Jesus para ser açoitado e crucificado, ele sofreu todo tipo de escárnio, fato que pode ser sintetizado com o brado dos soldados romanos: “Salve, rei dos judeus”, enquanto cuspiam nele, zombavam ajoelhados diante dele e lhe davam bofetadas (Mc 15:18-19; Jo 19:3).
Os romanos odiavam os judeus e zombavam deles rotulando como rei deles um homem que eles consideravam ser um lunático idiota. Por isso Pilatos mandou colocar uma inscrição na cruz de Jesus: “o rei dos judeus” (Mc 15:26). Era apenas uma zombaria. Roma sabia que Jesus nunca foi uma ameaça.
Os romanos odiavam os judeus porque os judeus odiavam os romanos. Havia entre os judeus os zelotes, que andavam esfaqueando soldados romanos. Houve inúmeras insurreições contra os romanos, e Barrabás, aquele por quem os judeus trocaram por Jesus, era um dos que participaram delas.
Jesus sabia, desde a eternidade, que passaria pela humilhação pública. A caminho de Jerusalém, os discípulos foram avisados por Jesus de que tudo aquilo aconteceria. Ele disse:
Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à morte e o entregarão aos gentios; hão de escarnecê-lo, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo; mas, depois de três dias, ressuscitará (Mc 10:33-34).
Pilatos entrega Jesus aos soldados após o pedido insistente da multidão
Marcos 15
16 Então, os soldados o levaram para dentro do palácio, que é o pretório, e reuniram todo o destacamento.
Após Jesus ter sido entregue por Pilatos para ser crucificado (Mc 15:15), os soldados o levaram para o pretório (palácio onde residia o oficial do governador em Jerusalém). Marcos faz referência à flagelação mas não a descreve. Os evangelhos tratam o sofrimento físico de Jesus de forma muito contida.
Antes de Jesus ter sido levado ao pretório, ele foi açoitado a mando de Pilatos (Mt 27:26). O covarde Pilatos sabia que Jesus era inocente e que, por inveja, os líderes religiosos o entregaram para ser julgado (Mt 27:18). Mas isso não o constrangeu a mandar açoitar Jesus (Jo 19:1) ou propor açoites com um castigo no lugar da morte (Lc 23:16.22).
Ele esperava que açoitando Jesus, o povo ficaria satisfeito e não pedisse sua crucificação. Mas, a multidão bradou: “Fora com este! Solta-nos Barrabás! … Crucifica-o! Crucifica-o!” (Lc 23:18) … “não temos rei, senão César!” (Jo 19:15). E quando Pilatos disse: “Estou inocente do sangue deste justo; fique o caso convosco!” (Mt 27:24), a multidão bradou: “Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!” (Mt 27:25).
O flagelo era por meio de chicotes de couro com três ou até mais extremidades também de couro, com bolinhas de metal, ossos de carneiro e outros objetos pendurados ao final de cada uma. Eles continuavam até que a carne fosse destruída, principalmente nas costas. Eles faziam de tudo para agravar o sofrimento.
Veias e artérias profundas, e, às vezes, entranhas e órgãos eram expostos, além de músculos retalhados. Muitas vezes o condenado morria na flagelação. Marcos 15:16 ocorre depois da flagelação e antes de começar a crucificação. Jesus foi levado ao pretório depois de ser duramente flagelado.
Então, Pilatos entregou Jesus para ser crucificado e ele foi levado para o Pretório (Mc 15:16). Jesus ficou custodiado por soldados romanos zombadores e cruéis.
E para guardarem Jesus, eles reuniram todo o destacamento, ou seja toda a coorte romana, que era formada por 600 soldados, no caso, lotados em Jerusalém. Todos os soldados que não estavam em serviço naquele momento foram lá para zombar de Jesus.
Jesus foi humilhado pelos soldados romanos no pretório
Marcos 15
17 Vestiram-no de púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, lhe puseram na cabeça.
18 E o saudavam, dizendo: Salve, rei dos judeus!
19 Davam-lhe na cabeça com um caniço, cuspiam nele e, pondo-se de joelhos, o adoravam.
Púrpura era a cor tradicionalmente usada pela realeza, a coroa de espinhos foi uma paródia de uma coroa real. Os soldados zombadores decidiram realizar uma falsa coroação de Jesus como rei. Foi um ato de extrema humilhação. Mateus 27:28-30 relata:
Despojando-o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate; tecendo uma coroa de espinhos, colocaram em sua cabeça e, na mão direita, um caniço; e, ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus! E, cuspindo nele, tomaram o caniço e davam-lhe com ele na cabeça.
Você diz: Por que Marcos diz que vestiram Jesus de púrpura e Mateus fala de manto escarlate?
Não é uma contradição. Os soldados romanos usavam um manto coberto de escarlate. Aqueles soldados, sem dúvida, vestiram Jesus com um manto velho e desbotado pelo sol, e que ficou manchado com sangue. Embora o manto já tivesse sido escarlate (Mt 27:28), sua cor se desvaneceu com o tempo e ficou com uma tonalidade de cor púrpura ou arroxeada (Jo19:2).
Depois ele puseram uma coroa de espinhos afiados em sua cabeça. O objetivo dos soldados era imitar a coroa usada por César. Eles a colocaram com força, para que os espinhos penetrassem em sua crânio, causando dores e sangramento.
Mateus 27:28-30 acrescenta que eles colocaram um caniço na sua mão para imitar um cetro real. Em seguida, “eles se ajoelharam diante dele e escarneciam”. Para completar a brincadeira sádica, os soldados passaram a blasfemar dizendo: “Salve, Rei dos Judeus”.
No Sinédrio, algumas horas antes, ele havia sido desprezado como um profeta, conforme vemos no relato de Mateus:
Então, uns cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu! (Mt 26:57-58).
Agora foi a vez dos soldados romanos escarnecerem dele como um rei fraco, louco e desprezível. Eles continuaram a bater na sua cabeça com uma caniço (refere-se a um pedaço de pau), cuspiam nele e se ajoelhavam perante ele em deboche.
Jesus havia predito que seria tratado desta forma (Mc 10:34). Falando do Servo Sofredor, Isaías escreveu: “Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam” (Is 50:6).
Os detalhes fornecidos pelo Apóstolo João
Outra vez saiu Pilatos e lhes disse: Eis que eu vo-lo apresento, para que saibais que eu não acho nele crime algum. Saiu, pois, Jesus trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Disse-lhes Pilatos: Eis o homem! (João 19:4-5).
Ainda querendo soltar a Jesus, Pilatos esperava que a visão de Jesus terrivelmente espancado suscitaria piedade dos principais sacerdotes e escribas (Lc 23:16). Ele quis dizer: “Não basta? Vejam como ele está dilacerado com os flagelos! Não é suficiente? Ele não representa qualquer ameaça a Roma! Ele não cometeu qualquer crime!”.
Pilatos sabia que, por inveja, eles o queriam morto (Mt 27:18). Jesus era uma ameaça à posição deles. Ele sabia que era caluniosa as acusações de que Jesus pervertia a nação, vedava pagar tributos a César e que desejava fazer uma revolução para derrubar o imperador romano (Lc 23:2).
No entanto, os principais sacerdotes não estavam satisfeitos, eles clamavam veementemente pela sua morte. Pilatos, indignado e desgostoso com eles, lhes disse: “Tomai-o vós outros e crucificai-o; porque eu não acho nele crime algum” (Jo 19:6).
Pilatos já havia autorizado que eles o apedrejassem até a morte (Jo 18:31), agora ele autorizou que eles o crucifiquem, uma morte executada apenas pelos romanos. Desesperadamente Pilatos quis se livrar de Jesus.
A verdadeira causa do ódio dos principais sacerdotes contra Jesus
Os principais sacerdotes queriam que Roma o crucificasse, a pena de morte era um poder exclusivo de Roma. Então insistiram dizendo: “Temos uma lei, e, de conformidade com a lei, ele deve morrer, porque a si mesmo se fez Filho de Deus” (Jo 19:7).
De fato, Jesus disse ser o Filho de Deus, ou seja, ele é da mesma essência do Pai. Por muitas vezes ele proclamou sua divindade. Mas tal fato não era um crime perante os romanos, por isso eles haviam levantado calúnias contra Jesus, dizendo que ele incitava rebeliões contra Roma.
Eles agora dizem o verdadeiro motivo de toda aquela farsa, ou seja, que Jesus merecia a morte por ter se proclamado Filho de Deus. Provavelmente é uma referência a Levítico 24:16, que diz: “Aquele que blasfemar o nome do Senhor será morto”. Eles acusaram Jesus de blasfêmia várias vezes (Jo 5.18; 8.58-59; 10.33,36), foi a acusação central contra Jesus no julgamento diante de Caifás (Mt 26.57-68).
Ao saber que Jesus afirmou ser o Filho de Deus, Pilatos ficou atemorizado. Ele se voltou para Jesus e perguntou: “Donde és tu?” (Jo 19:9). Diante do silencio de Jesus, ele lhe perguntou: “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?” (Jo 19:10).
Por que o silêncio de Jesus?
• Cumprimento profético: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca” (Isaías 53:7).
• Jesus conhecia o coração de Pilatos. E Jesus sabia que tudo estava acabado para Pilatos. Nada do que Jesus dissesse importaria a Pilatos. Então, Ele não responde nada.
• Deus deixou de falar com o covarde Pilatos. Uma triste experiência para qualquer homem.
Quando Pilatos disse que tinha autoridade sobre o destino do Filho de Deus, Jesus lhe respondeu prontamente: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada” (Jo 19:11). Ele quis dizer: “Pilatos, você não está no controle de nada aqui. Mesmo sendo você moralmente responsável por suas ações, nada escapa da soberania de Deus”.
Pilatos temeu que Jesus fosse um dos deuses ou um dos semideuses que apareciam aos homens, segundo o paganismo. Houve muitas dessas ocasiões em que as pessoas acreditavam que os deuses desciam e apareciam aos homens. Em Atos 14:11-14 as multidões em Listra pensavam que Paulo e Barnabé eram deuses.
A resposta de Jesus foi surpreendente para Pilatos: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem” (Jo 19:11). Pilatos estava certo da inocência de Jesus e procurava soltá-lo (Jo 19:12).
Mas os judeus o pressionaram dizendo: “Se soltas a este, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César!” (Jo 19:12).
Pilatos tinha um péssimo desempenho como governador, provocou muitos problemas com os judeus e não estava confortável perante Roma. Ele sabia que um escândalo poderia lhe custar a perda do cargo e encerrar sua carreira política.
Embora Pilatos soubesse que um inocente estava sendo condenado à morte, por amor à sua posição, ele sucumbiu. Ele se sentou na cadeira de juiz e disse: “Eis aqui o vosso rei […] Hei de crucificar o vosso rei?” (Jo 19:14-15). Os principais sacerdotes bradaram: “Fora! Fora! Crucifica-o! … Não temos rei, senão César!” (Jo 19:15).
Os líderes espirituais de Israel e pretensos representantes de Deus, declararam lealdade a um imperador pagão e filho do diabo, e, ao mesmo tempo, clamaram pela crucificação do Messias e Filho de Deus. E então Pilatos o entregou para ser crucificado (Jo 19:16).
Então foi isso que aconteceu entre os versículos em Marcos. Vamos voltar para Marcos 15:20, que diz que depois de Jesus ter sido escarnecido, ele foi conduzido para fora para ser crucificado.
O propósito soberano de Deus com Simão Cireneu carregando a cruz
Marcos 15
20 Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe a púrpura e o vestiram com as suas próprias vestes. Então, conduziram Jesus para fora, com o fim de o crucificarem.
21 E obrigaram a Simão Cireneu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar-lhe a cruz.
Jesus começou a caminhada para o Gólgota, fora de Jerusalém, onde seria crucificado. A lei mosaica exigia execuções fora da cidade (Nm 15:35), razão pela qual Jesus foi levado para além das portas de Jerusalém.
Era exigido que os prisioneiros condenados carregassem a pesada cruz até o local da execução. Exaurido depois de uma noite sem dormir e por ter sido severamente ferido e enfraquecido pelos flagelamentos, Jesus estava fisicamente fragilizado para carregar a cruz.
Os guardas romanos recrutaram Simão Cireneu, aparentemente ao acaso, para carregar a cruz de Jesus pelo restante do caminho. Simão Cirineu, da cidade de Grane, no norte da África, estava a caminho de Jerusalém.
Marcos o identifica como “pai de Alexandre e de Rufo” (Rm 16:13). Tal referência prova a ligação de Marcos com a igreja em Roma. É uma distinção importante que Marcos faz.
Eu penso que havia algo mais em jogo aqui. No cronograma de Deus, Jesus tinha que estar na logo cruz, porque ele teria que morrer às 3:00 da tarde, no mesmo horário que os cordeiros da Páscoa eram sacrificados. Nenhum tempo poderia ser desperdiçado no plano de Deus.
Os soldados estavam impacientes, não estavam dispostos a esperar por uma caminhada lenta de Jesus. Eles usaram a autoridade que tinham e ordenaram a Simão Cireneu que carregasse a cruz.
O historiador Flávio Josefo (37 d.C. – 100 d.C.) escreveu que havia uma grande comunidade judaica em Cirene. Havia, durante o tempo do Novo Testamento, uma sinagoga para judeus cireneus em Jerusalém (At 6:9).
No dia de Pentecostes havia judeus cireneus em Jerusalém (At 2:10). Havia pregadores cireneus em Antioquia (At 11:20). Na igreja em Antioquia havia um profeta e mestre chamado Lúcio de Cirene (At 13:1).
Então Simão era um dos judeus de Cirene que tinha vindo com judeus de todo o mundo para celebrar a Páscoa. Ele havia acabado de chegar do campo e é recrutado imediatamente pelos soldados romanos.
Nessa experiência, Simão foi levado face a face com Jesus, e mais tarde foi salvo. Ele voltou para Cirene e fez parte da igreja em Cirene. Depois foi para Roma com sua família. Em Romanos 16:13 Paulo diz: “Saudai Rufo, eleito no Senhor, e igualmente a sua mãe, que também tem sido mãe para mim”. Essa mãe, citada por Paulo, seria a esposa de Simão Cireneu.
As pessoas em Roma diriam: “Uau, Rufo, que conhecemos, Alexandre, que conhecemos, e a mãe deles. Essa é a família do homem que carregou a cruz de Cristo e a quem Deus usou para ajudar a começar a igreja em Cirene. E agora seus filhos são parte da igreja aqui em Roma”.
Aqueles soldados romanos agiram de forma cruel para obrigar alguém da multidão a carregar uma cruz, mas não sabiam que estavam sendo usados por Deus, que, através de sua providência, colocou Simão face a face com Jesus e o salvou, não somente ele, mas toda sua família.
No meio de toda aquela cena de humilhação pública de Jesus, Deus estava no controle de absolutamente tudo. E a própria igreja em Roma, onde Marcos estava e para quem ele escreveu, teve uma conexão com Simão Cireneu. É assim que Deus ordena a história. Vamos orar.
Senhor, somos profundamente enriquecidos em desfrutar da Tua Palavra. Agradecemos-Te pelo registro da Escritura Sagrada. A beleza desses textos, a veracidade deles, a integridade deles é uma maravilha para nós.
Mas além disso está a maravilha da pessoa de Jesus Cristo. Sua majestade brilha mesmo em meio a esses horrores. E tudo isso, ele estava fazendo por nós, carregando em seu próprio corpo nossos pecados, para que aquilo que o Senhor planejou desde a eternidade passada, a redenção dos pecadores, pudesse ser realizada.
Agradecemos-Te pela disposição de Jesus em dar Sua vida por nós. Que possamos estar dispostos a dar nossas vidas por ele também. Em nome de Cristo. Amém.
Esta é uma série de sermões de John MacArthur sobre o Evangelho de Marcos.
Clique aqui e veja o índice com os links dos sermões traduzidos já publicados desta série.
Este texto é uma síntese do sermão “The Shameful Scorn of Jesus Christ”, de John MacArthur, em 15/5/2011.
Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:
https://www.gty.org/library/sermons-library/41-80/the-shameful-scorn-of-jesus-christ
Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno.