Tesouro em Vaso de Barro (3)

 


Este é o terceiro sermão na série “Tesouro em Vaso de Barro”, de John MacArthur. Veja os links no fim desta página.


Voltamos agora para II Coríntios 4:7-15. Essa porção da Escritura começa com essas palavras: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (v.7). Temos falado sobre o “tesouro inestimável em vasos de barro“.

Em Jeremias 18:3-6, o profeta descreveu os vasos de barro. Ele disse que eram comuns, baratos, quebráveis e assim por diante, mas podiam ser usados para propósitos honrosos. Isaías 45:9 diz:

Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes?

Ambos os profetas estavam nos lembrando de que somos apenas vasos de barro. Nada muito glorioso, nada muito magnífico. Nosso único valor está no que podemos ser usados por Deus, não no que somos.

Somos apenas vasos de barro, comuns, quebráveis e substituíveis. Não há nada de digno no homem decaído. Em vez disso, ele se torna valioso pelo  que Deus pode realizar por meio dele, quando tem o privilégio de ser usado por Deus para propósitos honrosos.

Se temos o Evangelho e a Palavra de Deus em nós, temos o tesouro inestimável em vasos de barro. Quanto mais sem valor o vaso, mais provável é que Deus receba a glória por sua utilidade. Paulo declarou:

Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior. Mas, por isso mesmo alcancei misericórdia, para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza da sua paciência, usando-me como um exemplo para aqueles que nele haveriam de crer para a vida eterna. (1 Timóteo 1:15,16)

Vimos nos sermões anteriores que quando Paulo escreveu esta carta aos coríntios, ele estava sendo duramente atacado por alguns falsos apóstolos que vieram a Corinto, na sua ausência, para enganar e atrair a igreja para falsas doutrinas, querendo dominar as pessoas com mentiras.

E para serem acreditados e se tornarem gurus, eles precisavam desqualificar Paulo. Eles começaram um assassinato de reputação, agredindo Paulo de todas as formas, acusando-o de ser um enganador que possuía uma vida oculta cheia de pecados, inclusive sexuais. Diziam que Paulo era alguém desprezível e despreparado, citando até deformidades físicas. Eles o atacaram de todas as maneiras mais baixas possíveis.

Paulo escreve esta carta, principalmente, para se defender contra esses vários ataques. E temos visto ao longo dessa carta algumas respostas específicas para esses ataques.

Mas agora Paulo concorda com a acusação de ser desprezível e sem qualificações humanas aceitáveis. Ele aceita o desprezo proferido por esses falsos mestres, ele concordou que era apenas um vaso imprestável de barro, reconhecendo que todo o segredo de seu ministério era o poder de Deus e não suas habilidades. Foi exatamente essa fraqueza que se tornou a força no ministério de Paulo. Ele declara:

O Senhor me disse: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte. (2 Coríntios 12:9,10)

Suas deformidades, limitações e deficiências eram, de fato, verdadeiras, mas eram as credenciais de sua autenticidade e eram as próprias chaves de seu notável poder. Eles o acusavam de péssima oratória, mas ele era um homem movido pelo poder de Deus, e esse era o segredo de seu ministério.

Nos sermões anteriores vimos, em II Coríntios 4: 7 a 15, três credenciais do ministério de Paulo, que eram a chave de seu poder, vamos apenas citar rapidamente para continuarmos o assunto:

Primeira credencial do ministério de Paulo: A humildade. Ele declara: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”. (2 Coríntios 4:7).

Falamos muitos sobre o que era uma vaso de barro. Eram usados para armazenar lixo, eram usados para propósitos muito desonrosos. Ele quis dizer: “Isso é tudo que sou, um balde de lixo. Mas está tudo bem, eu quero que o poder seja evidentemente de Deus, para que Ele possa receber a glória”.

A chave para sua grandeza era sua humildade. É sempre assim. Deus sempre derrama graça sobre os humildes e resiste aos soberbos (Tiago 4:6). Sua força sempre se manifesta quando o homem corre até o limite de sua capacidade e fica exausto.

Segunda credencial do ministério de Paulo: além de humilde, ele era invencível. Você diz: “Bem, como você pode ser humilde e invencível ao mesmo tempo?”

Quando você chega ao fundo de Paulo, você atinge Deus. Quando você passou por Paulo e atingiu o fundo do poço, acabou de atingir a rocha eterna. Quando você chega ao fim de Paulo, você chega a Deus. Ele diz:

Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. (2 Coríntios 4:8-10)

Ele era martelado, mas seus inimigos estavam acertando uma rocha. Não havia força humana para destruir sua coragem, ousadia e quebrar seu espírito. Não havia como esmagá-lo. O pior que nossos críticos podem dizer contra nós não se aproxima da verdade de nossas fraquezas. Mas nossa força não está no que somos, mas no que Deus é e em sua presença gloriosa em nós.

Paulo havia aprendido a não se apoiar em seu próprio entendimento e sabedoria. Ele havia aprendido a reconhecer a Deus em tudo. E o fardo agora estava sobre seus críticos. Isso explica sua invencibilidade, de como ele prosseguiu firme até o fim de seu ministério, sem recuar.

Terceira credencial do ministério de Paulo: ele era sacrificial. Ele declara:

Levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. (2 Coríntios 4:10,11)

Ele entendeu bem o que Jesus disse:

Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. (Mateus 16:24-25)

Em outras palavras, você vai enfrentar a realidade da morte. E para Paulo, isso era uma ocorrência diária, como vimos no sermão anterior. Ele enfrentava a realidade de cada dia como se fosse seu último dia, como vemos em II Coríntios 11: 23-27, uma das listas do que ele sofria diariamente.

Ele estava disposto a sofrer qualquer coisa para que o poder de Cristo fosse evidenciado através de sua vida. Paulo sabia que o ódio contra ele era, na verdade, ódio contra Cristo. Jesus disse: “Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós” (João 15:20). Então três marcas que explica o ministério de Paulo era sua humildade, ser invencível e sacrificial.

Ele era humilde porque buscava ser frutífero. Ele era nobre como um servo de Cristo. Ele era poderoso. Ele se auto sacrificou porque viveu para o fruto do ministério que o Senhor lhe deu. E isso realmente resume Paulo, versículo 12: “De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida”. (2 Coríntios 4:12).

Avançamos agora para a quarta credencial do ministério de Paulo: Ele não se preocupava consigo mesmo, ele queria ter uma vida fecunda.

Ele sabia que era dispensável. Ele viu que seu dever e alegria era levar vida aos outros por meio do evangelho. “Então a morte trabalha em nós, mas a vida trabalha em vocês.” Ou seja: “Posso estar morrendo fisicamente, mas você está vindo à vida espiritualmente”. Ele colocava sua vida em risco para levar a mensagem do Evangelho. Ele falou a mesma coisa em outras vezes:

Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja; (Colossenses 1:24)

Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória. (2 Timóteo 2:10)

Entretanto, mesmo que eu seja oferecido como libação sobre o sacrifício e serviço da fé que vocês têm, fico contente e me alegro com todos vocês. (Filipenses 2:17)

Em outras palavras, ele dizia:

Eu tenho sofrimentos, mas me alegro que a igreja tenha os benefícios da obra que Deus faz através de mim. Eu mesmo sou descartável, sou apenas um vaso de barro. Realmente não importa, pois para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho” (Filipenses 1:21).

A igreja em Corinto havia se esquecido disso? Paulo colocava sua vida em risco todos os dias para pregar o evangelho a eles, e agora eles estão se afastando dele. É uma memória muito curta. Você pensa nele quando chega ao fim da vida e diz: “Todos os que estão na Ásia me abandonaram” (II Tim. 1:15). É impensável. Ele diz mais:

Na minha primeira defesa, ninguém se fez presente para me ajudar; pelo contrário, todos me desampararam. Contudo, que isto não lhes seja imputado em juízo. Todavia, o Senhor permaneceu ao meu lado e me abençoou com forças para que por meu intermédio a Mensagem fosse plenamente proclamada, e todos os que não são judeus a ouvissem. E eu fui livrado da boca do leão! (II Tim. 4:16).

Ele pede a Timóteo:

Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor nem de mim, prisioneiro dele; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos pela causa do Evangelho conforme o poder de Deus […] Estás bem ciente de que todos os que estão na província da Ásia me abandonaram, até mesmo Fígelo e Hermógenes. O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porquanto, muitas vezes, ele me abençoou com ânimo e não se envergonhou por eu estar preso. (II Tim. 1:8,15- 16)

Aqui estava o homem que deu sua vida para levar o evangelho àquela igreja. Eles aceitaram o evangelho, creram e foram salvos, e então abandonaram o respeito e amor adequados por quem foi usado por Deus para pregar-lhes o Evangelho. Eles são a prova da validade de todo seu sacrifício. Eles não deveriam estar se perguntando sobre seu sofrimento. Este é o preço para dar-lhes vida. Eles estavam vivos por causa de sua morte.

Philip Edgcumbe Hughes escreveu:

É a vida invencível de Jesus ressuscitado interior que permite que seus servos sejam entregues voluntária e perpetuamente à morte por Sua causa, a fim de que a mesma vida de Cristo possa ser acesa no coração dos outros, permitindo-lhes, por sua vez, ganhar outros.

Deus age assim ao longo dos tempos: Ele leva os fracos, os desprezados, os perseguidos, os “nadas”, os “ninguéns” e as pessoas comuns a perderem suas vidas, para que se tornem agentes da vida, usados poderosamente por Deus para que outros vivam, enquanto eles mesmos estão morrendo para este mundo.

Paulo era um instrumento poderoso porque olhava para o fruto de sua vida, não importando o que acontecesse com a si mesmo. Ele declarou:

Se vivemos, para o Senhor vivemos; e, se morremos, é para o Senhor que morremos. Sendo assim, quer vivamos ou morramos, pertencemos ao Senhor. (Romanos 14:8).

Muitos receiam grandes perigos no ministério. Eu entendo um senso normal de autopreservação, mas o que não temos em um Deus soberano? E o que importa se eu morrer na batalha? Isso não será o fim dos propósitos do reino. Alguém pode abater um vaso de barro, mas Deus trará outro. Ele enterra Seus obreiros, mas Sua obra continua. A vida do vaso não é nada, é dispensável, ele apenas obedece a Deus.

A quinta credencial do ministério de Paulo: A fidelidade.

Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos. (2 Coríntios 4:13)

O que Paulo está dizendo?

Olha, se ninguém me ouvir, se ninguém acreditar em mim, se ninguém for transformado, se me perseguirem, me apedrejarem, me baterem com varas e ameaçarem minha vida, mesmo assim continuarei a pregar porque é isso que eu creio.

Ele não ajustava a mensagem para agradar aos homens. Ele pregava aquilo que cria. Ele foi fiel às suas convicções. Isso é integridade. Mesmo que não houvesse frutos, ainda que todos o rejeitassem e o perseguissem, ele estava firme em continuar fiel ao que cria. E esse é o ponto principal para o pregador.

Ele começa dizendo: “Mas tendo o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei”. O que ele quer dizer? “Eu creio na mesma coisa, de acordo com o que está escrito”. É um citação do Salmo 116:10, que diz: “Cri, por isso falei. Estive muito aflito”.

O salmista no Salmo 116 estava em apuros. Ele estava falando sobre a abertura do túmulo, a morte pairando sobre ele. Ele temia por sua vida. E ele estava muito preocupado quando esse salmo começa. E então ele começou a se lembrar que, no passado, Deus o libertou. Então, ele fez duas coisas: ele começou a orar e pedir ao Senhor, com confiança, que Deus que o livrasse.

E então, no versículo 12 ele diz: “Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito?”. Ele então simplesmente passa o resto do salmo louvando a Deus. Ele cria totalmente em Deus. E diz: “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos… Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor, e invocarei o nome do Senhor” (Salmos 116:15,17).

E essa foi a resposta de Paulo: “Eu creio, portanto, falo”. Este é o ponto principal para o pregador. Você não pode se preocupar com o público, você só pode se preocupar com a integridade da verdade. Um homem com profunda convicção não precisa de ninguém para lhe dizer o que falar, ele só precisa de alguém para transmitir a verdade. Isso é tudo.

Não podemos realmente crer na verdade de todo o nosso coração e não ter muito tempo para proclamá-la. Temos que pregar o que cremos, não apenas porque temos um temor saudável de Deus, mas porque esta verdade tremenda está dentro de nós. Se cremos e proclamamos a verdade com uma confiança inabalável em Deus, Ele derramará seu poder.

Paulo mostrou o mesmo tipo de fé que o salmista exibiu no Salmo 116. Ele disse, em outras palavras:

Eu creio e não posso ficar em silêncio. O sofrimento e a minha reputação não são meus problemas, eu vou proclamar a verdade porque creio nela. Não importa o que pode vir contra mim, eu seguirei firme nessa proclamação.

Você diz: “Mas proclamar a verdade pode ofender as pessoas”. Exato, especialmente nesta cultura atual. Mas é o que você crê. E se você crê na verdade, você deve falar. Estamos aqui para pregar a Palavra de Deus. Somos chamados a crer na verdade e então ela se torna nossa mensagem. Não pode existir qualquer outra mensagem além da pregação da Palavra de Deus. Peço a Deus nos dê mais pessoas que creiam e preguem a Palavra de Deus com convicção.

A sexta credencial do ministério de Paulo: esperança.

Todas essas boas atitudes vão apenas até certo ponto. E se a esperança não estiver presente, você terá dificuldades em prosseguir.

Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos, sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco. (2 Coríntios 4:13,14)

Ele está falando sobre a Ressurreição. Em outras palavras, ele disse:

Posso colocar minha vida em risco e pregar minhas convicções. Realmente não importa para mim o que os homens que rejeitam a verdade pensam. Para o bem dos eleitos e santificação da igreja, pregarei a verdade. Se for necessário, sofrerei tudo pela verdade. Porque no final, tudo o que eles podem fazer é me matar, e quando eles me matarem, o Senhor me ressuscitará para a glória eterna.

Essa esperança está em nós, não é? Vivemos com esperança. E isso era tão intenso em Paulo, que ele declarou:

Por seu poder, Deus ressuscitou o Senhor e, igualmente, nos ressuscitará (I Cor. 6:14)

Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, segundo o seu eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas. (Filipenses 3:20-21)

Porquanto, para mim o viver é cristo, e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com cristo, o que é incomparavelmente melhor. (filipenses 1:21-23)

Ele viveu na esperança de vida eterna e recompensa eterna. E diante de tão profunda esperança, os sofrimentos deste mundo se tornavam insignificantes para ele. Perto do fim de seu ministério, ele declarou:

Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda. (2 Timóteo 4:6-8)

Na despedida dos anciãos de Éfeso, ele disse:

E, agora, constrangido em meu espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que ali me acontecerá, senão que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações. Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus. (Atos 20:22-24)

Ele estava disposto a dar sua vida pela esperança do céu, cumprindo, com alegria, tudo aquilo que o Senhor quis de seu ministério.

Concluindo, a sétima credencial do ministério de Paulo: O que tornou o ministério de Paulo poderoso? Ele era humilde, invencível, sacrificial, fecundo, fiel e esperançoso. E por fim, ele era um adorador.

Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus. (2 Coríntios 4:15)

Tudo o que movia Paulo era o desejo de que tudo resultasse em glória a Deus. O objetivo final era adorar o Deus vivo e verdadeiro com todo o seu ser. A glória de Deus era a coisa mais importante na sua vida. Ele disse: “quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1 Coríntios 10:31).

O objetivo principal nunca foi seu conforto, reputação, popularidade, prosperidade e nem as pessoas. Era a glória de Deus. Ele só queria glorificar a Deus em tudo que fazia.

Assim, o servo do Senhor enche seu coração e sua alma na luz do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo. E ele reflete abnegadamente essa visão, aquela majestosa glória do evangelho para os outros, para que possam ser salvos e adicionados àquela grande multidão de pecadores salvos que terão um propósito eterno, cumprido no céu, para glorificar a Deus.

Por isso ele declarou: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós”. Ele se considerava um mero e desprezível vaso de barro que carregava o tesouro da nova aliança. E tudo era consequência do poder de Deus. Se você quer uma vida cheia de frutos e poder, siga o exemplo de Paulo. Ele disse: “sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo” (I cor. 11:1). Vamos orar.

Pai, que alegria  olhar para a vida deste nobre servo. Como nos sentimos fracos. Nós até fazemos a pergunta: “Se ele foi um vaso de barro, deveríamos ser algo menos, não é?” E ainda, Senhor, sabemos que em nossa fraqueza, Sua força é aperfeiçoada. Eu apenas confio que podemos ser usados ​​para propósitos honrosos e não desonrosos.

Pai, ajude-nos a colocar nossas vidas de lado e encontrar aquela humildade que leva à invencibilidade, aquele sacrifício que conduz à fecundidade, aquela fidelidade que conduz à esperança. E nos ajude a viver uma vida de adoração. Que sejamos consumidos em glorificá-Lo e possamos saber que Tu és mais glorificado quando outra pessoa é redimida, porque então há uma vida inteira para sempre para Seu louvor.

Torne-nos fiéis para proclamar a Sua verdade, a qualquer custo, com a confiança de que o Senhor trabalhará através da verdade, e que se, de fato, as pessoas rejeitam e recusam e nos mostram animosidade e oposição e amargura, não é porque há algo errado com a mensagem ou o mensageiro, mas como Paulo disse: “O deus deste mundo cegou suas mentes.”

E imploramos a Ti, ó Deus, que disse: “Deixe a luz brilhar das trevas”, para brilhar em seus corações, para dar a Luz do conhecimento de Si mesmo na face de Jesus Cristo. Que possamos ser o que o Senhor quer que sejamos. Que possamos estar preparados para o uso do Mestre, em nome de Cristo, amém.


Esta série contém 3 sermões:


Leia também: 


Este texto é uma síntese do sermão “Priceless Treasure in Clay Pots, Part 3”, de John MacArthur, em 13/11/1994. 

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

https://www.gty.org/library/sermons-library/47-29/priceless-treasure-in-clay-pots-part-3

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno


 

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1 Response

  1. Leila Rodrigues milhomes disse:

    Estou feliz por receber essa palavra

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