Santidade conduz à humildade

Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome. (Fp. 2: 3-9)

A autopromoção é incoerente com a verdadeira santidade. Crescer em santidade significa crescer em sensibilidade para com o pecado, crescer em ternura de consciência, crescer em repúdio da autopromoção e auto-glorificação.

Quando um de nossos filhos era pequeno, às vezes ele saía para uma visita de dois ou três dias; enquanto estava fora. Segundo o padrão de algumas pessoas, crescia maravilhosamente em graça. Ele estava muito contente consigo mesmo, e se fosse convocado para dar testemunho, com toda a probabilidade diria que estava crescendo em graça. Ele voltava para casa nesse estado de felicidade, que não durava muito tempo.

Quando a disciplina do lar, ausente durante o período de visita, lhe era de novo imposta, imediatamente ele se desviava e às vezes havia um tempo quente! Ou será que ele se desviava? Acho que não. Devido à sua recusa em aceitar docilmente a disciplina ao voltar para casa, sua franca rebeldia contra a autoridade do lar provava que, absolutamente, ele não estivera crescendo em graça. Em realidade, ele estivera crescendo no ego. Ele fora mimado. E quando perguntávamos a nossos amigos: “Ele procedia assim com vocês?” respondiam: “Nã-ã-ã-o, ele foi simplesmente ótimo conosco.”

Penso que a maioria dos leitores pode captar a moral. Ele apenas aparentava estar crescendo em graça porque sua vontade não havia sido contrariada. Toda a sua cantoria e gritos e demonstração de profunda espiritualidade nada significava, exceto que ele estava fazendo as coisas como bem entendia. E repito: a pessoa não está crescendo em graça, não importa quanto aparente estar, nem é profundamente espiritual, não importa quanto alegue ser, a menos que esteja crescendo em mansidão, submissão, rendição e obediência à disciplina das circunstâncias e do meio ambiente em que Deus a colocou. A verdadeira santidade é um equilíbrio entre a teoria e a prática.

Não se engane a este respeito: Não pode haver verdadeira “descentralização do ego”, e portanto não pode haver verdadeira profundeza de santidade enquanto estivermos buscando criar nossas próprias circunstâncias em vez de aceitá-las como vindas de Deus. A recusa em aceitar as circunstâncias em que Deus nos colocou é uma evidência da atividade de nosso próprio ego. A verdadeira santidade põe fim a isto, pois ela coloca a Cristo no lugar de nosso “eu”.

Se nosso fervor religioso nos torna mais amáveis, mais bondosos, menos afirmativos de nós mesmos, mais mansos e submissos, menos centrados em nós mesmos e mais quebrantados, então ele é bom. Se ele não faz isso, provavelmente é, em grande parte, um escape, algo pelo qual evitamos enfrentar nosso verdadeiro “eu” e deixar que a cruz não o corrija.

Paul E. Billheimer

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