Pilatos Diante de Jesus

Pilatos tentou várias vezes se livrar de Jesus, mas não conseguiu. Ninguém conseguirá. Ele preferiu salvar sua posição e seu pescoço, e pereceu no inferno eterno ao lado de Judas, Anás e Caifás. Ele lavou suas mãos diante de Jesus, e essa foi sua decisão final. Todos os homens estão diante de uma decisão eterna.

Os versículos iniciais de Marcos 15 registram o julgamento de Jesus perante Pilatos, o governador romano que pertence à galeria dos personagens infames e malignos, ao lado de figuras sinistras como Anás, Caifás e Judas.

Todos esses fizeram parte do cenário sinistro na prisão, condenação e crucificação de Jesus. Eles usaram posição, poder e influência para levar Jesus à morte.

Mas Deus foi o verdadeiro poder que levou seu próprio Filho à cruz. Foi Ele quem teve o prazer de matar Seu Filho como sacrifício substitutivo pelos nossos pecados (Is 53:10). Pedro disse que Jesus foi “entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus” (At. 2:23).

Todos aqueles homens nefastos pensaram que estavam decidindo a sorte de Jesus Cristo, mas nada estava no controle deles. Deus apenas os usou para cumprir seus propósitos. Diante de Deus eles foram responsáveis por seus atos malignos, mas tudo aconteceu para que se cumprisse o desígnio soberano de Deus.

Anás, Caifás e Pilatos pensaram ter ocupado a posição de juízes sobre Jesus, eles não sabiam que estavam diante daquele a quem o Pai deu toda autoridade para julgar (Jo 5:26-27), a quem o Pai confiou todo julgamento (Jo 5:22). Jesus era o único e verdadeiro juiz naquela cena.

Marcos 15
1 Logo pela manhã, entraram em conselho os principais sacerdotes com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio; e, amarrando a Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos.
2 Pilatos o interrogou: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Tu o dizes.
3 Então, os principais sacerdotes o acusavam de muitas coisas.
4 Tornou Pilatos a interrogá-lo: Nada respondes? Vê quantas acusações te fazem!
5 Jesus, porém, não respondeu palavra, a ponto de Pilatos muito se admirar.
6 Ora, por ocasião da festa, era costume soltar ao povo um dos presos, qualquer que eles pedissem.
7 Havia um, chamado Barrabás, preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio.
8 Vindo a multidão, começou a pedir que lhes fizesse como de costume.
9 E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que eu vos solte o rei dos judeus?
10 Pois ele bem percebia que por inveja os principais sacerdotes lho haviam entregado.
11 Mas estes incitaram a multidão no sentido de que lhes soltasse, de preferência, Barrabás.
12 Mas Pilatos lhes perguntou: Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus?
13 Eles, porém, clamavam: Crucifica-o!
14 Mas Pilatos lhes disse: Que mal fez ele? E eles gritavam cada vez mais: Crucifica-o!
15 Então, Pilatos, querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás; e, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Em Marcos 15:12 está a pergunta final que todo ser humano deve responder: “Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus”? Todos têm seu destino eterno baseado em como respondem a essa pergunta.

Vimos nos sermões anteriores que Jesus foi preso, levado à presença de Anás e depois esteve perante Caifás e o Sinédrio para o julgamento religioso, onde todas as ilegalidades foram cometidas para que ele saísse dali condenado à morte. Após o julgamento religioso ilegal no Sinédrio, João diz:

Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para o pretório. Era cedo de manhã. Eles não entraram no pretório para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa. Então, Pilatos saiu para lhes falar e lhes disse: Que acusação trazeis contra este homem? Responderam-lhe: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos. Replicou-lhes, pois, Pilatos: Tomai-o vós outros e julgai-o segundo a vossa lei. Responderam-lhe os judeus: A nós não nos é lícito matar ninguém (Jo 18:28-31)

Roma havia retirado de Israel o poder de execução da pena de morte, esse poder pertencia apenas às autoridades romanas. Quando os judeus, por exemplo, mataram Estevão apedrejado (At 7), foi um ato de turba, não do resultado de um processo legal. O Talmud registra: “O julgamento em questões de vida ou morte foi tirado de Israel quarenta anos antes da destruição do templo de Jerusalém”.

A crucificação foi inventada e usada por outros povos, mas foi “aperfeiçoada” pelos romanos para maximização da tortura e humilhação. As crucificações eram realizadas publicamente para que todos vissem o horror e ficassem desencorajados de ir contra o governo romano. A crucificação era algo tão horrível que era reservada apenas aos piores criminosos.

A morte de blasfemadores era por apedrejamento (Lv 24:15-16). Mas, para cumprir o propósito de Deus, Jesus, que foi condenado pelo Sinédrio como um blasfemador (Mc 14:61-65), deveria ser morto na cruz (Dt 21:22-24 – v. Gl 3:13-14).

Por isso João 18:21-22 diz: “Responderam-lhe os judeus: A nós não nos é lícito matar ninguém; para que se cumprisse a palavra de Jesus, significando o modo por que havia de morrer”.

Quando os judeus executaram Estevão por afirmar que Jesus era o Messias, eles “clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele. E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. o jogaram da beira de algum precipício e depois o apedrejaram até a morte” (At 7:55-60).

Foi isso que tentaram fazer com Jesus na sinagoga em Nazaré no início do Seu ministério na Galileia, quando ele declarou ser o Messias (Lc 4:21). E então os líderes religiosos “expulsaram-no da cidade e o levaram até ao cimo do monte sobre o qual estava edificada, para, de lá, o precipitarem abaixo” (Lc 4:29).

O método de violência popular era o apedrejamento. Mas Jesus deveria ser levantado no madeiro. Ele havia dito durante seu ministério:

E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. (Jo 3:14-15 – v. Nm 21:5-9)

“E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo. Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer” (Jo 12:32-33)

1) A PRIMEIRA FASE DO JULGAMENTO ROMANO: JESUS DIANTE DE PILATOS

Marcos 15:1 diz: “Logo pela manhã, entraram em conselho os principais sacerdotes com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio; e, amarrando a Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos”.

Para que Jesus fosse morto, o caso deveria chegar a Pilatos. Os principais sacerdotes com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio estavam comprometidos em matar Jesus. Foi uma decisão unânime. Então eles avançaram para o próximo passo: Entregá-lo aos romanos para crucificá-lo.

Como vimos em sermão anterior, a lei judaica exigia, quando fosse aplicada a pena de morte, um período de 24 horas para que a execução ocorresse. Era um tempo esperado para possibilitar o surgimento de mais evidências. Mas eles não estavam interessados em provas, mas em matar Jesus o mais rápido possível.

Antes que Pilatos julgasse Jesus, Judas foi tocado de remorso. Mateus 27:3-6 diz que ele “devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se”.

Pilatos tinha um pensamento muito equivocado sobre si mesmo. Ele disse a Jesus: “Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?” (Jo 19:10). Mas Jesus imediatamente respondeu: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada” (Jo 19:11),

Assim como Judas, Anás, Caifás e outros líderes religiosos, Pilatos pensou que estava no comando do destino de Jesus. Na verdade, Jesus é que tem o destino de todos os homens em suas mãos. Quem estava no comando de tudo ali era o Senhor, nada ali escapava do que foi planejado nos tempos eternos pela suprema autoridade de Deus.

Jesus, então, foi levado para ser julgado por Pilatos entre 5h e 6h da manhã. Tudo aconteceu muito rapidamente. João 18:28 diz que “levaram Jesus da casa de Caifás para o pretório. Era cedo de manhã. Eles não entraram no pretório para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa”.

Veja como o engano e a hipocrisia dominava a mente dos líderes religiosos de Israel. Eles não entraram no pretório para não terem contato com gentios e se contaminassem para a Páscoa, mas foram até lá para difamar e caluniar o Filho de Deus, para que ele fosse morto.

Joao 18:29 diz que Pilatos teve que sair do Pretório para conversar com eles, perguntando: “Que acusação trazeis contra este homem?”. Mas eles não queriam Pilatos como juiz, mas apenas como carrasco. Eles não queriam outro julgamento. Eles responderam: “Se este não fosse malfeitor, não te entregaríamos” (Jo 18:30). Ou seja, “confie em nós e crucifique esse homem”.

Mas Pilatos sabia sobre Jesus. O alvoroço que Jesus causou em Jerusalém naquela semana despertou muito a atenção dos romanos, que estavam sempre atentos a movimentos de massa, ainda mais com alguém que o povo clamou: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino de Davi, nosso pai! Hosana, nas maiores alturas!” (Mc 11:9-10).

Pilatos estava ciente das questões relativas a Jesus, e lhe disse: “Tomai-o vós outros e julgai-o segundo a vossa lei” (Jo 18:31). Mas eles não queriam a responsabilidade de matar Jesus. Eles responderam: “A nós não nos é lícito matar ninguém” (Jo 18:31).

Mas eles precisavam dar alguma razão para Pilatos matar Jesus, a acusação de blasfêmia não era crime perante os romanos. Ele então fazem três acusações caluniosas: “Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, o Rei” (Lc 23:2).

Jesus não perverteu a nação, na verdade foram eles que fizeram isso. Ele jamais ensinou a não pagar impostos e jamais proclamou ser um rei humano ameaçando tomar o poder de César. Ele afirmou que seu reino nunca foi deste mundo.

O interrogatório de Pilatos

Marcos 15
2 Pilatos o interrogou: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Tu o dizes.
3 Então, os principais sacerdotes o acusavam de muitas coisas.
4 Tornou Pilatos a interrogá-lo: Nada respondes? Vê quantas acusações te fazem.

Jesus ignorou as calúnias de perverter a nação e proibir de dar tributos a César. Sobre ser “Rei dos Judeus”, ele respondeu a Pilatos: “Tu o dizes”. Pilatos fez a pergunta com escárnio, não havia nada em Jesus que o fizesse parecer real ou majestoso. João faz o seguinte registro:

João 18
34 Respondeu Jesus: Vem de ti mesmo esta pergunta ou te disseram outros a meu respeito?
35 Replicou Pilatos: Porventura, sou judeu? A tua própria gente e os principais sacerdotes é que te entregaram a mim. Que fizeste?
36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
37 Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
38 Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade?

Jesus fala que seu reino não é deste mundo, caso fosse ele não estaria ali. Pilatos, continuando seu escárnio, diz: “Então és rei?”, Jesus respondeu: “Tu dizes que sou”, e completa: “Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”.

Pilatos questionou o que seria a verdade. Não há registro na Escritura de alguma resposta de Jesus. Ele mesmo é a verdade (Jo 14:6). Pilatos então se voltou aos líderes religiosos e disse: “Eu não acho nele crime algum” (Jo 8:38).

Marcos 15
3 Então, os principais sacerdotes o acusavam de muitas coisas.
4 Tornou Pilatos a interrogá-lo: Nada respondes? Vê quantas acusações te fazem!
5 Jesus, porém, não respondeu palavra, a ponto de Pilatos muito se admirar.

Lucas 23
5 Insistiam, porém, cada vez mais, dizendo: Ele alvoroça o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui.

Mateus 27
12 E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.
13 Então, lhe perguntou Pilatos: Não ouves quantas acusações te fazem?
14 Jesus não respondeu nem uma palavra, vindo com isto a admirar-se grandemente o governador.

Diante de uma enxurrada de calúnias e difamações vindas dos líderes de Israel, Pilatos ficou admirado com o silêncio de Jesus. Ele estava sendo alvo de mentiras, mas não se defendeu.

2) A SEGUNDA FASE DO JULGAMENTO ROMANO: JESUS DIANTE DE HERODES ANTIPAS

Lucas 23
5 Insistiam, porém, cada vez mais, dizendo: Ele alvoroça o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui.
6 Tendo Pilatos ouvido isto, perguntou se aquele homem era galileu.
7 Ao saber que era da jurisdição de Herodes, estando este, naqueles dias, em Jerusalém, lhe remeteu.

Pilatos estava em uma situação difícil. Ele sabia da inocência de Jesus (Jo 18:38). Ao saber que Jesus era galileu, Pilatos decidiu enviá-lo para Herodes, que governava a Galileia e estava naqueles dias em Jerusalém.

Quem era Herodes Antipas?

Ele é chamado, em Lucas 3:1, de tetrarca, isso significa que ele era um governante de um quarto de uma região. Roma estabelecia governantes regionais, que obedeciam às ordens de César. Se qualquer coisa desagradasse a César, eles eram substituídos, e muitas vezes exilados ou executados. Eles governavam com mão pesada, eram governantes de segundo escalão que adotavam o título de “reis”.

Esse Herodes que mandou matar João Batista (Mt 14:1-12) e que interrogou Jesus à véspera da crucificação (Lucas 23:7-12), era conhecido como Herodes Antipas. O pai dele era conhecido como Herodes, o Grande, que, segundo sua vontade, após a sua morte, seu reino seria dividido entre três dos quatro filhos que ainda estavam vivos. O outro filho sobrevivente, Herodes Filipe, que vivia em Roma, foi ignorado na partilha.

Herodes, o Grande, não era judeu, mas era descendente de Esaú. Então, ele estava fora da aliança que Deus fez com Jacó, mas ele se apegou ao povo judeu, e na superfície era um prosélito do Judaísmo. Ele recebeu o governo de toda a terra de Israel. Ele reconstruiu o segundo Templo de Jerusalém, por vezes chamado de Templo de Herodes.

Herodes, o Grande, era um homem mau, luxurioso, cruel e assassino. Ele tentou matar Jesus após seu nascimento, ordenando o assassinato de todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo (Mt 2: 16).
Mateus 2:19-20 relata a morte de Herodes, o Grande, quando o anjo avisou a José para retornar com Maria e Jesus do Egito para a terra de Israel.
E Mateus 2:22 diz que José foi avisado por Deus para ir para as regiões da Galileia, pois Arquelau (filho de Herodes, o Grande) reinava na Judeia.

Pouco antes de sua morte, Herodes, o Grande, havia assassinado todas as pessoas que ele pensava ser uma ameaça ao seu trono. Cinco dias antes de morrer, ele assassinou seu próprio filho, Antípatro. Ele matou todo o Sinédrio (os setenta anciãos governantes de Israel). Após sua morte, o reino foi dividido entre seus filhos:

 Arquelau, que governou a Judeia, Samaria e Idumeia. Este era tão violento e ineficiente, que foi deposto. Pôncio Pilatos foi o quinto governador da Judeia.
 Herodes Felipe II, governou as regiões ao norte das Galileia (Lc 3:1). Ele não durou muito e foi sucedido por Herodes Agripa, que também não durou muito. Atos 12 relata que ele foi comido por vermes.
 Herodes Antipas é o principal Herodes dos relatos dos Evangelhos. Ele governou a Galileia e a Pereia (Lc 3:1), foi quem mandou matar João Batista e interrogou Jesus à véspera da crucificação (Lucas 23:7-12)
 Lisânias, que não era filho de Herodes, governou uma outra área, a noroeste da Galileia, chamada de Abilene (Lc 3:1).

Herodes Antipas sabia sobre Jesus

Ele tinha conhecimento sobre Jesus. Quando ouviu falar de um pregador milagroso, ele temeu as conversas de que Jesus fosse João Batista ressuscitado dos mortos. Ele tentou ver Jesus.

Ora, o tetrarca Herodes soube de tudo o que se passava e ficou perplexo, porque alguns diziam: João ressuscitou dentre os mortos; outros: Elias apareceu; e outros: Ressurgiu um dos antigos profetas. Herodes, porém, disse: Eu mandei decapitar a João; quem é, pois, este a respeito do qual tenho ouvido tais coisas? E se esforçava por vê-lo (Lc 7:7-9).

Em Lucas 13:31-32 os fariseus relataram a Jesus que Herodes Antipas estava querendo matá-lo. Mas agora Pilatos deu a ele a oportunidade de estar frente a frente com Jesus.

Lucas 23
8 Herodes, vendo a Jesus, sobremaneira se alegrou, pois havia muito queria vê-lo, por ter ouvido falar a seu respeito; esperava também vê-lo fazer algum sinal.
9 E de muitos modos o interrogava; Jesus, porém, nada lhe respondia.
10 Os principais sacerdotes e os escribas ali presentes o acusavam com grande veemência.
11 Mas Herodes, juntamente com os da sua guarda, tratou-o com desprezo, e, escarnecendo dele, fê-lo vestir-se de um manto aparatoso, e o devolveu a Pilatos.
12 Naquele mesmo dia, Herodes e Pilatos se reconciliaram, pois, antes, viviam inimizados um com o outro.

Herodes ficou ansioso para ver Jesus operar algum sinal. Os principais sacerdotes e os escribas estavam também presentes, caluniando e difamando Jesus. Mas Jesus permaneceu silente, algo que irritou muito a Herodes, que escarneceu e desprezou Jesus.

Ele vestiu Jesus com uma espécie de túnica deslumbrante branca, que foram muito usadas por monarcas judeus. Foi uma forma de escarnecer de Jesus, ou seja, mostrá-lo como um homem desfigurado, preso e humilhado, mas portando uma túnica real, como uma verdadeira piada.

Herodes então o mandou de volta para Pilatos. Lucas 23:12 diz que naquele dia a inimizade entre Herodes e Pilatos foi encerrada.

Por que Pilatos enviou Jesus a Herodes Antipas?

Penso, do ponto de vista de Pilatos, para confirmar a inocência de Jesus. Isso é o que eu acho. Acho que ele queria que Herodes dissesse: “Concordo com você, este homem não fez nada”. E de fato, foi essencialmente isso que Herodes fez quando o enviou de volta sem julgamento ou acusação.

3) A TERCEIRA FASE DO JULGAMENTO ROMANO: JESUS NOVAMENTE DIANTE DE PILATOS

Pilatos: um governante cruel, covarde e que vivia apavorado

Diversas fontes históricas, tais como Filo e Flávio Josefo, bem como achados arqueológicos, mostram que Pilatos foi governador em Israel entre os anos 26 d.C. a 36 d.C. Ele comandou o exército romano, depois coletava impostos e depois julgou assuntos relacionados a Roma. Ele foi uma combinação de líder militar, líder administrativo e juiz. Ele era odiado pelos judeus. Um dos motivos era por ter colocado ídolos em seus edifícios.

Mas o que é interessante sobre Pilatos é que ele declarou repetidamente que Jesus não era culpado de crime algum. Ele era um juiz com certa experiência, ele sabia o que estava dizendo. Ele sabia que Jesus nunca havia sido uma ameaça para ele e nem para Roma. Ele sabia que as acusações eram falsas.

Em sua primeira visita a Jerusalém, Pilatos chegou à cidade com uma enorme comitiva de soldados carregando bandeiras e estandartes com os bustos de César com uma águia. César era considerado uma divindade e os judeus viam isso como um ídolo.

Todos os governadores anteriores a Pilatos evitaram tais ofensas aos judeus, mas Pilatos se recusava a evitar essas ofensas. Ele voltou de Jerusalém com suas bandeiras para Cesareia e o povo o seguiu. Quando chegaram a Cesareia, o registro diz que os judeus o perseguiram durante cinco dias para ele remover os ídolos.

Finalmente, frustrado, ele disse ao povo que se reunisse no anfiteatro de Cesareia. Ele cercou as pessoas que o seguiam com os seus soldados, e informou-lhes que se não parassem com o assédio no local, seriam todos massacrados. Os judeus lhe fizeram um desafio: “Vá em frente e massacra-nos”. Eles perceberam que Pilatos estava blefando. E então, derrotado, ele foi obrigado a remover todas as imagens consideradas ídolos.

Uma segunda coisa o colocou em apuros com os judeus foi o abastecimento de água em Jerusalém. O sistema era inadequado, então Pilatos decidiu construir um aqueduto retirando o recurso do tesouro do templo, cujas ofertas eram dedicado a Deus. Então o povo se rebelou, e Pilatos enviou soldados contra a multidão judaica revoltada, massacrando-a.

E quando ele estava em Jerusalém, ele ficava no palácio herodiano dos Hasmoneus. Ali ele colocou peças que idolatravam Tibério César e outras pessoas. Os judeus foram para Roma protestar e César o forçou a remover as peças. Pilatos odiava os judeus.

Lucas 13:1-5 diz que alguns falavam com Jesus sobre o massacre que Pilatos ordenou contra judeus que estavam sacrificando no templo.

Este é Pilatos. Ele foi chamado de volta a Roma em 36 d.C., foi exilado na Gália e se matou, segundo o historiador Flávio Josefo.

Pilatos estava em uma posição muito precária, ele havia falhado muitas vezes. E agora estava diante da pressão dos líderes religiosos para que ele condenasse e crucificasse Jesus. Ele temia outro problema com César. Por isso os judeus o pressionaram dizendo: “Se soltas a este, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César!” (Jo 19:12).

Um juiz covarde julgando o Filho de Deus

Sabendo da inocência de Jesus, Pilatos chamou os principais sacerdotes, as autoridades e o povo e lhes disse:

“Haveis-me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem. Nem mesmo Herodes, porque a ele vos remeti, e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte. Castigá-lo-ei, pois, e soltá-lo-ei”. (Lc 23:14-16).

Castigá-lo? por quê? Ele havia acabado de dizer que Jesus era inocente. Na verdade, ele quis dizer: “Espancarei Jesus injustamente, ilegalmente, covardemente e depois o libertarei. Você não ficariam satisfeito assim?”. Grande e perverso covarde!

Pilatos desistiu do Sinédrio e passou a buscar um clamor do povo por Jesus

E nesse ponto retornamos a Marcos 15. Havia uma anistia que era uma espécie de tentativa de conciliação com uma nação ocupada, tentando demonstrar algum senso de misericórdia. Certamente Pilatos tinha certeza que as pessoas iriam escolher Jesus para ser anistiado. Ele percebeu que os principais sacerdotes estavam movidos por inveja contra Jesus (Mc 15:10).

Marcos 15
6
Ora, por ocasião da festa, era costume soltar ao povo um dos presos, qualquer que eles pedissem.
7 Havia um, chamado Barrabás, preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio.
8 Vindo a multidão, começou a pedir que lhes fizesse como de costume.
9 E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que eu vos solte o rei dos judeus?
10 Pois ele bem percebia que por inveja os principais sacerdotes lhe haviam entregado.

Os romanos não esperavam muito para crucificar um condenado. Provavelmente Barrabás havia participado de alguma insurreição poucos dias antes e matou alguém, além disso ele era um ladrão (Jo 18:40). Quando a multidão o viu, passou a pedir a Pilatos que cumprisse o costume da anistia naquela ocasião de festa.

Então Pilatos lhes pergunta: “Quereis que eu vos solte o rei dos judeus?”. É uma pergunta típica de um covarde. Ele sabia que Jesus era inocente e que por inveja os principais sacerdotes queriam matá-lo. Mas entregou ao povo a decisão de conter os esforços corruptos do Sinédrio e libertar Jesus.

Ele esperava que o povo fizesse o que ele não teve coragem. Afinal de contas, na segunda-feira aquele mesmo povo tinha ido para as ruas de Jerusalém aclamar Jesus dizendo: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino de Davi, nosso pai! Hosana, nas maiores alturas!” (Mc 11:9-10).

Há um pequeno incidente que ocorre neste momento, registrado por Mateus: “E, estando ele no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito” (Mt 27:19).

As pessoas no mundo pagão acreditavam em sonhos e na seriedade dos sonhos. Não foi uma revelação divina, era apenas um medo absoluto por parte de sua esposa, transferido para um sonho.

Marcos 15
11 Mas estes incitaram a multidão no sentido de que lhes soltasse, de preferência, Barrabás.
12 Mas Pilatos lhes perguntou: Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus?
13 Eles, porém, clamavam: Crucifica-o!

O Sinédrio estava se movendo no meio da multidão, agitando e persuadindo o povo a pedir a libertação de Barrabás e a morte de Jesus. Então, quando o governador lhes disse: “Qual dos dois vocês querem que eu solte?” Eles disseram: “Barrabás”. E quando Pilatos perguntou sobre Jesus, a multidão bradou: “Crucifica-o”.

Pilatos ficou surpreso com a decisão do povo e insiste

Marcos 15
14 Mas Pilatos lhes disse: Que mal fez ele? E eles gritavam cada vez mais: Crucifica-o!

Pilatos insistiu perguntando: “Que mal fez ele?”. Ele sabia que um inocente estava sendo condenado injustamente. Mas a multidão, inflamada pelo Sinédrio, pedia que Jesus fosse crucificado e Barrabás solto. Lucas 23:23 registra: “Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E o seu clamor prevaleceu”.

Impensável. O que Barrabás fez por alguém? Para que serviu Barrabás? Em Lucas 23:18 eles gritavam: “Fora com este! Solta-nos Barrabás!” Ou seja, mate o inocente e deixe o culpado viver.

Essa é a multidão. Eles foram levados a esta histeria pelo Sinédrio. Aquelas pessoas se juntaram ao resto dos blasfemadores corruptos. Eles ocuparam o seu lugar ao lado de Judas, Anás, Caifás, Herodes, Pilatos e o Sinédrio.

Aquele era um dia de Páscoa. Aquela multidão estava em Jerusalém para honrar a Deus com uma refeição pascal. Aquelas pessoas estavam lá para trazer seus sacrifícios diante de Deus, para mostrar sua obediência a Deus.

Elas estavam lá para comer a refeição comemorativa que lembrava a libertação de Deus, a bondade de Deus, a misericórdia de Deus que os tirou da escravidão no Egito. Eles estavam se lembrando de Deus e de Sua bondade enquanto ao mesmo tempo gritavam pela morte do Filho de Deus.

O ato final de covardia de Pilatos

Marcos 15
15 Então, Pilatos, querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás; e, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Pilatos estava acabado. Ele teve que se curvar à vontade deles. Repetidamente ele declarou a inocência de Jesus, mas o condenou a cruz. Esse mesmo Pilatos, alguns anos depois, caiu em desgraça e suicidou-se.

Mateus 27
24 Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco!
25 E o povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!
26 Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Pilatos temia que um motim estivesse começando, e era algo que Roma não tolerava. Ele ainda disse: “Estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco!”. De forma sinistra, a multidão assumiu a responsabilidade pela morte de Jesus dizendo: “Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos.

Não é de admirar que o Senhor tenha destruído aquela cidade e aquela nação em 70 d.C. Não é de admirar que aquela nação permaneça sob julgamento até que se arrependam e venham a Cristo, o que muitos judeus fazem individualmente e um dia farão a nível nacional.

Pilatos entrega Jesus para ser humilhando e espancado

Jesus foi entregue para ser açoitado com chicotes feitos com pontas cheias de pedaços afiados de ossos, pedras e ferro, algo que causava profunda dor e perda de sangue. Muitas morriam só com essas chicotadas. Era um forma de punição e também para acelerar a morte na cruz.

João 19
2 Os soldados, tendo tecido uma coroa de espinhos, puseram-lhe na cabeça e vestiram-no com um manto de púrpura.
3 Chegavam-se a ele e diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas.
4 Outra vez saiu Pilatos e lhes disse: Eis que eu vo-lo apresento, para que saibais que eu não acho nele crime algum.

Jesus foi alvo de agressões terríveis, zombaria, ironia, desprezo e sarcasmo. E, covardemente, Pilatos diz: “Eis que eu vo-lo apresento, para que saibais que eu não acho nele crime algum” (Jo 19:4).

Pilatos faz a última tentativa para evitar a crucificação de Jesus

João 19
5 Saiu, pois, Jesus trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Disse-lhes Pilatos: Eis o homem!
6 Ao verem-no, os principais sacerdotes e os seus guardas gritaram: Crucifica-o! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós outros e crucificai-o; porque eu não acho nele crime algum.
7 Responderam-lhe os judeus: Temos uma lei, e, de conformidade com a lei, ele deve morrer, porque a si mesmo se fez Filho de Deus.

Pilatos disse: ‘Eis o homem”. Isso não é suficiente? Mas eles queriam mais que açoites, eles queriam Jesus morto. Pilatos, em mais um ato de covardia, diz: “Levem vocês mesmos e crucifique-o, pois considero ele inocente”.

E então eles revelam o verdadeiro motivo de clamarem pela morte de Jesus: “porque a si mesmo se fez Filho de Deus”. Ou seja, todas as acusações perante Pilatos foi um farsa, a verdadeira questão foi Jesus ter se identificado como o Messias.

João 19
7ele deve morrer, porque a si mesmo se fez Filho de Deus.
8 Pilatos, ouvindo tal declaração, ainda mais atemorizado ficou,
9 e, tornando a entrar no pretório, perguntou a Jesus: Donde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta.
10 Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?
11 Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem.
12 A partir deste momento, Pilatos procurava soltá-lo, mas os judeus clamavam: Se soltas a este, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César!
13 Ouvindo Pilatos estas palavras, trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, no hebraico Gabatá.
14 E era a parasceve pascal, cerca da hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei.
15 Eles, porém, clamavam: Fora! Fora! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Responderam os principais sacerdotes: Não temos rei, senão César!
16 Então, Pilatos o entregou para ser crucificado

Jesus reconheceu que Pilatos tinha o poder, dado por Deus, para tomar uma decisão. E o maior pecado vai contra aqueles que não tinham autoridade para fazê-lo.

Pilatos ficou ainda mais em pânico. Tendo acabado de ouvir as palavras de Jesus, sabendo que ele era inocente; e agora apavorado por suspeitar que Jesus fosse, de fato, filho de algum deus. Ao ouvir Jesus dizer “Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado”, ele entra em desespero e “desde então Pilatos procurava soltá-lo”.

O ato final de covardia de Pilatos

Mas os líderes religiosos judeus fizeram uma chantagem avassaladora sobre ele: “Se soltas este, não és amigo de César; qualquer que se faz rei é contra César” (v.12).

Agora, se a coisa estava ruim para Pilatos, tornou-se desesperadora. Eles estavam dizendo: “Nós vamos denunciá-lo ao imperador como um traidor se você não crucificar a este que incita o povo contra Roma”.  

Pilatos sabia que seria o fim de sua vida. O imperador Tibério nunca iria conceder clemência a um traidor. Apavorado, “então, Pilatos o entregou para ser crucificado” (Jo 19:16). Ele escolheu em favor de seu pescoço, não de sua alma. 

Pilatos tentou várias vezes se livrar de Jesus. Não foi possível. Ele não podia se livrar de Jesus. Você sabe por quê? Ninguém pode fazer isto. Se alguém acha que pode usar de qualquer argumento para não se posicionar diante de Cristo, está completamente enganado e perdido.

O que você vai fazer? Vai salvar sua alma ou seu pescoço? Sua alma ou seu corpo? Você quer a salvação eterna ou você quer as coisas do mundo agora e depois ter a sua alma em trevas eternas? Esta é sua escolha. Não há como escapar.

Pilatos tentou escapar até o final, lavou suas mãos, mas ele havia tomado uma decisão, mesmo que não tenha entendido assim.

Jesus calou-se depois de ter dito o que era necessário. Não havia mais respostas a serem dadas. Não há nada mais que ele tenha que fazer por você. Não fuja. Pilatos  teve que tomaa uma decisão, tal como você também fará o mesmo. O que você deve fazer sobre Jesus? A única coisa sensata a fazer é tê-lo como Senhor de sua vida. Vamos orar.

Pai, ao examinarmos essa porção de tantas riquezas de Tua Palavra, ficamos profundamente gratos por Tu nos ter dado relatos tão completos, testemunhos oculares tão maravilhosos e os registros dos escritores dos evangelhos, para que saibamos exatamente o que aconteceu.

Nós entendemos que a razão para tudo isso não foi para que a maldade do homem pudesse ser exposta – isso está em exibição o tempo todo – mas para que o Teu amor pelos pecadores pudesse ser exibido. Jesus morreu por nós, agradou a Ti esmagá-lo por nós. Ele tomou o nosso lugar, suportou tudo isso por nós.

Quão maravilhoso e quão incompreensível é isso para nós. Não conseguimos entender como os homens puderam fazer isso, mas ainda mais, não conseguimos entender como o Senhor, um Deus santo, bondoso e amoroso pôde fazer isso com seu Filho para salvar pecadores como nós.

E sabemos que o Senhor quis dar a ele uma noiva eterna, uma humanidade redimida para louvá-Lo e servi-Lo para todo o sempre. Nós nos gloriamos na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo (Gl 6:14). Com todos os seus horrores, abraçamos a cruz e encontramos nela o amor demonstrado no seu mais alto nível.

Agradecemos-te por termos experimentado isso através da obra do Espírito Santo, levando-nos à regeneração, ao arrependimento e à fé salvadora, e damos-te louvor e glória. Em nome do seu Filho. Amém.


Esta é uma série de  sermões de John MacArthur sobre o Evangelho de Marcos.

Clique aqui e veja o índice com os links dos sermões traduzidos já publicados desta série.


Este texto é uma síntese do sermão “Pilate Before Jesus”, de John MacArthur, em 8/5/2011.

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

https://www.gty.org/library/sermons-library/41-79/pilate-before-jesus

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno.


 

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