Os Terríveis Últimos Dias
A fé autêntica dada por Deus jamais sucumbirá, porque é sustentada por Deus. Enganos, perseguições e sofrimentos queimarão a palha, revelarão o terreno raso, cheio de ervas daninhas e rochoso da falsa profissão de fé. O interesse superficial em Cristo não resistirá à pressão do sistema mundano controlado por Satanás.
Prosseguindo em nossa trilha no Evangelho de Marcos, vamos olhar agora para Marcos 13:1-13, parte do sermão profético de Jesus dois dias antes da cruz.
INTRODUÇÃO
Este é um mundo perigoso para se viver por causa de guerras, violências, catástrofes etc., embora a vida tenha sua felicidade e bênção, pois as marcas da criação divina e da benevolência de Deus estão no próprio tecido da vida neste mundo.
O perigo está sempre nos rondando, e isso não é surpresa para ninguém que conhece a Bíblia. A história humana nunca surpreendeu Deus.
Marcos 13 registra Jesus no último dia de Seu ministério público em Jerusalém, na quarta-feira da semana da cruz. Na quinta-feira ele iria celebrar a Páscoa com Seus discípulos, na sexta-feira Ele seria crucificado e no domingo ele iria ressuscitar dos mortos.
Marcos 13 é também registrado em Mateus 24 e 25 e em Lucas 21. Jesus deu um quadro profético da história a se cumprir. Foi um choque para os discípulos. Eles estavam na expectativa de Jesus implantar seu reino mundial, como visto em Isaías 9, Zacarias 14 etc., destruindo os inimigos de Israel e de Deus.
Israel então seria a nação favorecida no planeta. A justiça, a paz, o conhecimento e a verdade encheriam a terra, e a vida como era não existiria mais. Eles estavam certos de que Jesus era o Messias, o Filho de Deus. Eles aprenderam erroneamente, desde pequenos, que o Messias viria fazer exatamente isso quando fosse manifesto ao mundo.
Mas Jesus já havia surpreendido eles quando falou várias vezes sobre sua morte. Era um assunto complicado para eles.
O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas, três dias depois da sua morte, ressuscitará. Eles, contudo, não compreendiam isto e temiam interrogá-lo. (Marcos 9:31,32)
Eles evitavam perguntar sobre isso. Mas Jesus repetiu isso várias vezes. Mas ainda poderia restar uma esperança: Jesus ressuscitar ao terceiro dia e implantar imediatamente o reino. Nas sua ascensão, eles questionaram sobre isso:
Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade. (Atos 1:6,7)
VISÃO PANORÂMICA DE MARCOS 13
• Marcos 13:1-2 trata da destruição do templo de Jerusalém (ocorrida no ano 70 d.C.).
• Marcos 13:3-13 Jesus profeticamente descreve o tempo intermediário entre sua primeira vinda e Seu retorno. Jesus tratou dos acontecimentos que marcarão o início do período da tribulação final (a primeira metade da 70ª semana de Daniel).
• Marcos 13: 14-23 fala sobre o futuro tempo específico da grande tribulação, com foco específico na segunda metade da 70ª semana de Daniel.
• Marcos 13:24-37 fala da segunda vinda de Jesus.
Deve ter sido uma experiência impressionante para eles ouvirem essas palavras, porque ficou claro que seria uma quantidade bastante significativa de tempo. Jesus esclareceu a questão de seu retorno e estabelecimento do reino no futuro.
Ele descreveu a continuação das mesmas condições desastrosas que fazem parte da vida neste planeta desde a queda do homem: guerras, desastres, desordens e angústias. Falou que os cristãos seriam submetidos à perseguições e martírios. Falou também sobre falsos cristos e falsos profetas que encheriam a terra com enganos até que ele volte.
Assim, entre a primeira e segunda vinda de nosso Senhor, a história será marcada por problemas implacáveis neste planeta corrupto e amaldiçoado, e que atingirão proporções absolutamente épicas no período da tribulação. Lendo os relatos de Marcos, Mateus e Lucas temos uma imagem completa.
A Bíblia sempre corresponde perfeitamente à realidade. Tudo o que a Bíblia diz sobre a criação está de acordo com a realidade; tudo o que ela diz sobre Deus está de acordo com a realidade; tudo o que ela diz sobre o homem está de acordo com a realidade. E tudo o que ela diz sobre a história é o que realmente é e não pode ser negado.
A PROFECIA SOBRE A DESTRUIÇÃO DO TEMPLO DE JERUSALÉM
Marcos 13
1 Ao sair Jesus do templo, disse-lhe um de seus discípulos: Mestre! Que pedras, que construções!
2 Mas Jesus lhe disse: Vês estas grandes construções? Não ficará pedra sobre pedra, que não seja derribada.
Jesus estava na sua última semana. Na segunda-feira ele foi ao templo após sua entrada triunfal em Jerusalém. Na terça-feira ele voltou ao templo e expulsou os ladrões de lá. E na quarta-feira ele passou o dia todo no templo ensinando e proclamando a verdade.
Então, de acordo com Marcos 13:1, ele deixou o templo no final do dia. Ele estava indo em direção a Betânia com seus amigos Maria, Marta e Lázaro. Betânia ficava cerca de 3 km do Monte das Oliveiras.
Assim, ao saírem do templo no final do dia, ao entardecer, rumo a Betânia, um dos discípulos estava contemplando a beleza e a maravilha daquele templo coberto de ouro. E diz: “Mestre! Que pedras, que construções!”.
Era um edifício enorme de exuberância arquitetônica e revestido de ouro. A construção começou no ano 20 antes de Cristo, por Herodes, o Grande (o mesmo que mandou matar os meninos de Belém após o nascimento de Jesus), e só foi concluído no ano 64 depois de Cristo. Ou seja, a construção demorou mais de 80 anos.
Pela manhã ele brilhava tanto com o reflexo do sol, que ofuscava os olhos de quem estava no Monte das Oliveira e o contemplasse. E os discípulos estavam encantados: “que maravilha”. Mas Jesus respondeu: “Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada”.
Os discípulos eram totalmente cientes da apostasia e corrupção que ocorria no templo e no sistema religioso de Israel. Eles viram por duas vezes Jesus expulsando os ladrões de lá (João 2 e Marcos 12). Eles sabiam que os líderes da religião e do templo perseguiram Jesus durante todo seu ministério.
Quando a multidão exclamava para Jesus: “Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor!” (Lucas 19:38), os fariseus, indignados, diziam a Jesus: “Mestre, repreende os teus discípulos!” (Lucas 19:39).
Ou seja: “você não pode aceitar ser chamado de um rei que vem em nome do Senhor”. Jesus respondeu-lhes: “Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão” (Lucas 19:40). E Lucas registrou:
Lucas 19
41 Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou
42 e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos.
43 Pois sobre ti virão dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras e, por todos os lados, te apertarão o cerco;
44 e te arrasarão e aos teus filhos dentro de ti; não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação.
O templo era feito de pedras, e Jesus disse que aquelas pedras, caídas em escombros, resultado do juízo de Deus, é que clamariam. Toda aquela beleza era um símbolo da religião apóstata e corrupta. “A casa de Israel” iria ficar desolada (Mt 23: 38-39).
E tudo isso aconteceu no ano 70 d.C. O general romano Tito Vesparsiano liderou a destruição do templo de Herodes, não deixando pedra sobre pedra, conforme predito por Jesus.
O TEMPO ENTRE A PRIMEIRA E SEGUNDA VINDA DE JESUS
Marcos 13
3 No monte das Oliveiras, defronte do templo, achava-se Jesus assentado, quando Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram em particular:
4 Dize-nos quando sucederão estas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para cumprir-se.Mateus 24
3 No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século.Atos 1
6 Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?
Eles queriam saber quando chegaria o fim do judaísmo apóstata, mas também queriam saber quando chegaria o estabelecimento do divino reino messiânico. A questão deles foi maior que a destruição do templo, eles perguntaram sobre a o fim dos tempos. Na ascensão de Jesus eles voltaram a pergunta sobre isso.
Eles talvez estivessem pensando em um período curto de grandes problemas como guerras, rumores de guerras, nação contra nação, reino contra reino, terremotos, fome etc., e logo o reino seria estabelecido.
Nosso Senhor lhes dá a resposta completa. Esta foi a resposta mais longa registrada nas Escrituras para qualquer pergunta feita a nosso Senhor. É muito importante entendermos o futuro.
Jesus é claramente pessimista, o mundo não vai melhorar, como os pós-milenistas dizem. Essa visão diz que o mundo ficará cada vez melhor e irá direto para o reino milenar, e Cristo virá no final do reino milenar.
Para eles, o reino milenar será produto dos esforços da igreja e dos remidos no mundo, que produzirão um mundo melhor e vai se apoderar das instituições humanas. Assim produzirão o reino e o entregarão a Cristo.
Bem, Jesus não era um pós-milenista. Ele jamais disse que as coisas iriam ficar cada vez melhores. Ele tinha uma visão pessimista e realista da história.
Antes da volta de Jesus haverá uma enxurrada de falsos cristos, falsos messias, falsos mestres, falsos profetas, guerras, desastres e perseguições. A história humana está ficando cada vez pior. E, no final, a tudo atingirá proporções estrondosas na última semana de Daniel (Dn. 9:20-27) ou período de 7 anos da tribulação (Apocalipse 6 a 19; Marcos 13:14-23). E a segunda metade da tribulação será pior.
O Senhor disse algo, não tudo. Hoje em dia é comum mudar de opinião sobre a segunda vinda. Há apenas uma visão bíblica, e há apenas uma compreensão precisa da segunda vinda, e essa é a compreensão da segunda vinda que é produzida por uma explicação histórica, gramatical e contextual.
OS FALSOS CRISTOS
Marcos 13
5 Então, Jesus passou a dizer-lhes: Vede que ninguém vos engane.
6 Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e enganarão a muitos.
Ele fez o alerta: Cuidados com os enganadores! Cuidado com os fraudadores espirituais! Falsos mestres, falsos profetas, falsos cristos preencheriam os séculos e fariam falsas profecias sobre todos os tipos de coisas. Ele disse: não se deixe enganar por esses fraudadores!
Como você pode escapar de ser enganado? Permanecendo fiel às Escrituras. Já tivemos vários exemplos de falsos cristos, e eles carregaram muita gente com eles. E Jesus falou como esses falsos cristos atuariam:
Pois surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos. (Mc. 13:22)
Esses falsos cristos não desviariam os eleitos, mas levarão aqueles que não são verdadeiros crentes. E quando chegar o período da tribulação haverá cumprimentos específicos sobre os falsos cristos.
O FALSO CRISTO DO ISLAMISMO
A maioria das pessoas pensa no Islã como uma religião totalmente distinta e sem qualquer conexão com o Cristianismo, tal como o hinduísmo, budismo etc. Mas não é bem assim, eles acreditam em um Deus único e creem em Jesus. Claro, trata-se de um tipo de fé sem qualquer básica bíblica. Não é o Deus da Bíblia e nem o Jesus da Bíblia.
Na teologia do islã, Jesus era apenas um homem, que não morreu e nem ressuscitou, que foi para o céu, da mesma forma que Elias foi. Portanto, ele não fez expiação do pecado, porque ninguém pode fazer expiação por ninguém.
Ele era um homem, um profeta e nada mais do que isso. Ele foi para o céu como Elias, e está no céu agora, ao lado de Alá, esperando que Alá o mande de volta. No sistema deles, esse homem e profeta Jesus, que agora está no céu, sem nunca ter morrido, desempenhará um papel fundamental no fim dos tempos. Ele voltará do céu quando Alá o enviar de volta.
Agora, a pergunta a ser feita é: Por que Alá desejaria enviar Jesus de volta? Ele tem muitos profetas para escolher; por que ele mandaria Jesus de volta? Para que ele possa corrigir todos os cristãos, que não entenderam quem ele é.
Para o islã, Jesus voltará para endireitar os cristãos mal direcionados, mal orientados, equivocados, que pensam que Ele foi o Deus que morreu e ressuscitou e providenciou expiação. E depois que ele chegar aqui, ele se casará, terá filhos, morrerá e será enterrado ao lado de Maomé. Esse é o Jesus islâmico.
NA ESCATOLOGIA ISLÂMICA O JESUS BÍBLICO É O ANTICRISTO
Na escatologia islâmica existem três grandes sinais do fim da história, e cada um deles é um homem.
1) O primeiro é o descendente de Maomé, Mohammad al Mahdi, chamado de décimo Segundo Imam.
Ele será um messias que virá massacrar todos os que não adoram Alá, para estabelecer o reino eterno do Islã, que dominará o mundo.
É o tão esperado salvador e fundador do califado final. O mundo deve se submeter a ele, quem resistir será destruído. Ele conduzirá uma guerra santa: Ou você se converte ao islã ou será morto pelo Mahdi. Ele terá um exército que portará uma bandeira preta (usada pelo exército do Irã) com a inscrição “punição”.
Ele massacrará todos os judeus e estabelecerá seu governo em Jerusalém no monte do templo. O Mahdi trará chuva, vento, colheitas, riquezas e felicidade, para que todos o amem e ninguém fale de ninguém além dele. Ele governará por sete anos, estabelecerá o Islã como a única religião. Ele virá em um cavalo branco com poder sobrenatural. Ele será amado por todas as pessoas na terra.
Ele virá em um momento de turbulência, assumirá o controle do mundo e estabelecerá uma nova ordem mundial. Destruirá todos os que resistem a ele, invadirá muitas nações e fará um tratado de paz de sete anos com os judeus. Depois conquistará Israel e massacrará os judeus e estabelecerá a sede mundial islâmica em Jerusalém. Os ex-ditador do Iraque, Saddam Hussein, pintou murais do Mahdi em um cavalo branco por toda Bagdá, carregando uma espada para matar os infiéis.
Ele descobrirá escrituras ocultas em algum lugar perto do Mar da Galileia, contendo evangelhos ocultos e uma Torá oculta, que seriam as verdadeiras escrituras, que serão usada para mostrar aos judeus e aos cristãos que eles estavam errados, que suas escrituras são falsas.
Essa é uma precisa descrição do Anticristo bíblico. O Anticristo da Bíblia é o Mahdi do islamismo. Sabemos que o cavaleiro no cavalo branco em Apocalipse 6 é o Anticristo, eles usam esse verso para descrever seu Mahdi. A descrição do Mahdi é exatamente a descrição do Anticristo bíblico, a besta de Apocalipse 13. Todos os detalhes combinam perfeitamente.
2) Há um segundo sinal, uma segunda pessoa: Jesus.
O Mahdi não é Jesus, ele é maior do que Jesus. E isso é importante para o sistema deles. Se há alguém maior do que Jesus, então os cristãos estão errados. Mas o Jesus que eles creem não é o Jesus da Bíblia, não é o filho de Deus. Ele seria apenas um profeta.
Ele dizem que esse profeta Jesus voltará para assistir e ajudar o Madhi. Ele voltará segurando as asas de dois anjos, que o levarão para baixo para encontrar o exército reunido do Mahdi com as bandeiras negras. Jesus, quando voltar, rezará ao Mahdi, que é maior do que ele. Ele reconhecerá o Mahdi como seu senhor e fará uma peregrinação a Meca.
Ele adorará Alá e, assim, levará todos os cristãos que o seguirão a rejeitar o Jesus da Bíblia e aceitá-lo como o verdadeiro Jesus. Ele será o maior evangelista mulçumano, estabelecerá a lei da Sharia em todo o mundo e será testemunha no julgamento. Na literatura islâmica diz que esse Jesus “despedaçará cruzes”, uma metáfora para a destruição da igreja, um símbolo do Cristianismo.
Esse Jesus islâmico corresponde ao falso profeta no livro de Apocalipse (capítulos 13, 16, 19-20), que ajuda e é cúmplice do Anticristo. Assim como o Mahdi é a réplica exata do Anticristo, o profeta Jesus no Islã é o paralelo exato do falso profeta, que auxilia e incentiva o Anticristo.
3) Então haverá uma terceira pessoa: o Anticristo.
Os muçulmanos o chamam de Dajjal, que é o grande enganador. Ele vem à terra montado em uma mula e é cego de um olho. Ele é um infiel. Ele é um falso operador de milagres. Eles afirmam que o anticristo é o Jesus da Bíblia, o filho de Deus.
Dizem que ele tentará parar o Mahdi e o Jesus islâmico (que dizem ser o verdadeiro Jesus). Mas o Jesus islâmico matará o Jesus da Bíblia. Ou seja, o Jesus da Bíblia é o anticristo do islã e o anticristo da Bíblia é o redentor deles. É uma falsificação satânica completa. A inversão é total.
O exército de Satanás será liderado por uma pessoa que alegará ser Jesus. Haverá uma grande batalha. O Jesus Muçulmano (o verdadeiro para o Islã) lutará contra o Jesus Bíblico (o falso para o islã), o matará e estabelecerá o Islã para sempre.
Alguém pode dizer: “Não temos um Império Romano revivido, o que e quando acontecerão tudo?”. O império Romano não seria o Ocidente? A estátua em Daniel 2 tinha duas pernas, e o Império Romano tinha o oriental e o ocidental?
O Império Romano do Ocidente se dissolveu em 476 d.C. E o Império Romano do Oriente veio abaixo em 1.453 d.C. 60% das terras do Império Romano está sob controle muçulmano. E o Islã está se movendo rapidamente pela Europa.
Ezequiel 38 traz uma foto do Anticristo: Gogue, da terra de Magogue. Traz uma lista de oito nações que formarão uma coalizão para o Anticristo. Todas elas são nações muçulmanas hoje. Em Apocalipse 17: 9-11, diz que havia seis reinos e depois um sétimo e finalmente um oitavo.
Qual é o sétimo? Bem, tem havido uma discussão sobre isso: Pode ser o Império Turco Otomano, que durou quinhentos anos. Foi o último califado – que terminou em 1923 – e eles estão esperando a restauração quando o Mahdi vier. Então, bem no final, alguém vai dizer: “Eu sou Jesus”.
Há todo um mundo de muçulmanos que pensam que Jesus é alguém que Ele não é e, consequentemente, rejeitam o verdadeiro Jesus bíblico.
Muitos ficam surpresos em saber que os mulçumanos amam a Jesus, mas o Jesus que eles amam não é o Jesus bíblico, o Filho de Deus. Por isso Jesus disse: “Vede que ninguém vos engane. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e enganarão a muitos” (Marcos 13:5-6).
GUERRAS ENTRE AS NAÇÕES
Marcos 13
7 Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis; é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.
8 Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino. Haverá terremotos em vários lugares e também fomes. Estas coisas são o princípio das dores.
Esta é a história humana. Não estamos melhorando em nada. Jesus profetizou, com precisão, que o mundo nunca conheceria a paz, nunca melhoraria moralmente e nem espiritualmente. A sociedade caminha sempre para algo pior.
Dezenas de milhares de pessoas morrem todos os anos em conflitos. Cerca de 100 milhões de pessoas morreram nas duas guerras mundiais no século XX. Entre os anos 755 e 763 d.C., 36 milhões morreram na guerra da China. Na conquista mongol, no século XIII, 30 a 60 milhões morreram.
Isso é a história humana. E hoje continua na mesma situação. Nunca mudou e ainda se agravará à medida que chegarmos a Apocalipse 6-9 e 16. E não apenas haverá guerras, mas terremotos, fomes e epidemias O relato de Lucas 21:11 diz que haverá mega terremotos, coisas espantosas e grandes sinais do céu.
Jesus disse que essas coisas acontecerão, mas ainda não será o fim (Mc. 13:7) e que são apenas o princípio de dores (Mc. 13:8). É a natureza de viver em um planeta amaldiçoado. A situação apenas se agravará. A partir de Marcos 13:14 Jesus começa a falar da última semana de Daniel, a grande tribulação.
A PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS
Marcos 13
9 Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho.
Não era isso que os discípulos esperavam com a chegada do Messias. Eles não queriam perseguições e angústias. Mas Jesus havia dito isso a eles antes:
Acautelai-vos dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas; e por minha causa sereis levados à presença dos governadores e dos reis, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios. (Mt. 10:17)
Mas acho que eles provavelmente pensaram: “Bem, já sofremos isso. Sim, já enfrentamos a hostilidade dos judeus. Já vimos o ódio e a animosidade deles” – embora não haja registro no ministério de Jesus de que eles tenham sido levados ao tribunal e açoitados.
Talvez eles pensassem que isso era conversa metafórica, e isso era passado – não é assim. Na noite seguinte – quinta-feira à noite – quando eles se reunirem no cenáculo, nosso Senhor lhes dirá com certeza – caso eles estejam se perguntando – que isso definitivamente ainda estava no futuro.
Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós. (João 15:18-20)
Expulsar-vos-ão das sinagogas; ainda mais, vem a hora em que qualquer que vos matar julgará prestar um serviço a Deus. E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim. (João 16:2-3)
Isso tornou uma grande realidade até os dias atuais, conforme escrito por Paulo: “E na verdade todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2 Tim. 3:12).
Especificamente, “vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados” (Mc. 13:9) é sobre perseguição dos judeus. As cortes de Israel estavam nas sinagogas, onde os casos eram julgados por juízes locais nomeados, que decretavam flagelações (chicotadas, açoites). O máximo era 40 chicotadas, sempre davam 39, porque não queriam errar na conta e passar do limite.
É por isso que Paulo disse: “Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um” (2 Cor. 11:24). Ele foi arrastado para as sinagogas, acusado de blasfêmia e espancado.
Mas a perseguição não viria apenas dos judeus. Jesus disse: “vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho” (Mc. 13:9).
No livro de Atos, a perseguição dos judeus podem ser encontradas nos capítulos 4, 5, 8, 12, 13, 21, 22, 25 e 26. A perseguição aos gentios nos capítulos 16, 17, 18, 21, 24, 25 e 26. Apocalipse 6, 7, 13, 17, 18 registra a pior perseguição pouco antes da vinda do Senhor.
Toda a perseguição contra os cristãos é resultado do ódio do mundo contra Jesus (João 17:18). Mas, antes de todas as perseguições que os apóstolos e todos os verdadeiros crentes enfrentariam, Jesus intercedeu ao Pai para que eles fossem firmados na verdade.
Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós. Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra. (João 17: 11-12, 14-15, 20)
Isso é tão maravilhoso. Em meio a tudo isso “vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho” (Mc. 13:9). Toda a perseguição não quebrará a fé dos verdadeiros discípulos.
Paulo disse que nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias por amor de Cristo repousava Seu poder sobre ele (2 Cor. 12:9-10). E que a fidelidade de Deus não permite que sejamos tentados além de nossas forças (1 Cor. 10:13).
A PREGAÇÃO DO EVANGELHO A TODAS AS NAÇÕES
Marcos 13
10 Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações
Apesar do ódio, o evangelho iria até os confins do mundo, não poderia ser detido. E, na sua ascensão, Jesus os comissionou com esta obra:
Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. (Atos 1:8)
Estamos aqui, 2.000 anos depois dessa ordem de Jesus. O evangelho, para todos os efeitos e propósitos, cobriu o mundo. Ele se espalhou para os confins do globo. E toda essa obra começou com aqueles 12 homens, apesar de toda a perseguição. E Jesus fez uma promessa:
Marcos 13
11 Quando, pois, vos levarem e vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, mas o que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.
Não é uma promessa maravilhosa? Os mártires cantavam hinos e davam testemunho de Cristo perante seus algozes enfurecidos. Eles diziam coisas muito além das forças humanas. Eles recebiam um conforto inexplicável naqueles momentos terríveis, tal como Estevão em Atos 7. Em Lucas 21:15 Jesus disse:
Porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem (Lucas 21:15).
Praticamente todos os apóstolos foram martirizados. O último a morrer, João, acabou exilado na ilha de Patmos, numa espécie de martírio permanente. Eles foram mortos de várias maneiras diferentes: decapitados, crucificados etc. Mas isso não impediu a propagação do Evangelho através deles.
E no momento da morte, tal como aconteceu com todos os verdadeiros crentes ao longo da história em meio à perseguição, o Espírito de Deus estava com eles para elevá-los acima da força humana, para dizer coisas que foram basicamente geradas em seus corações pela obra do Espírito Santo.
A PERSEGUIÇÃO VINDA DOS FAMILIARES
Jesus disse que os cristãos também seriam perseguido por seus próprios familiares:
Marcos 13
12 Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão.
Jesus já havia falado sobre isso em Mateus 10. Imagine como foi difícil para os discípulos ouvirem tudo isso. Era contrário a tudo que eles pensavam que iria acontecer com a chegada do Messias. Parecia que o sonhado reino de conquistas se tornaria em um reino de sofrimentos.
A PERSEVERANÇA DOS SANTOS
E Jesus faz um declaração final:
Marcos 13
13 Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo.
Não é a perseverança que produz salvação, mas ela é consequência da verdadeira fé. Essa perseverança é concedida pelo Espírito Santo aos redimidos. Eles serão salvos desse sistema maligno e levados para a glória eterna.
Lucas 21:19 diz que é “na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma”. Somente a verdadeira fé salvadora pode produzir a perseverança que nos conduzirá em glória. Os falsos cristãos sucumbirão diante das ondas de sofrimentos e perseguições, não sustentarão sua aparente fé, é algo além das forças humanas.
A fé superficial entrará em colapso sob a perseguição e o sofrimento. Os apóstolos viram isso acontecer em seus dias. E sobre isso João declarou:
Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. (1 João 2:19).
A fé autêntica dada por Deus perdurará, porque o Espírito Santo proverá força. Deus proverá graça. Problemas, enganos, perseguições e sofrimentos queimarão a palha, revelará o terreno raso, cheio de ervas daninhas e rochoso da falsa profissão de fé e, sob esse tipo de pressão, o interesse superficial em Cristo não terá resistência.
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. (Tiago 1:2-3)
A verdadeira fé é fortalecida para perseverar.
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, que não pode murchar, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. (1 Pedro 1:3-5)
Somos sustentados pelo poder de Deus e não por nossas próprias forças. E Pedro conclui:
Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo. (1 Pedro 1:6,7)
A prova de sua fé produz perseverança. O teste de sua fé prova para você que ela é real. Nosso Senhor deu um aviso, uma promessa, um consolo e até mesmo uma esperança celestial diante do caminho que a história inevitavelmente deve seguir.
[Nota: Leia o sermão sobre a Perseverança dos Santos.]
Isso abrange toda a história até o tempo da grande tribulação, desencadeada pelo evento a partir do versículo 14, que veremos na próximo vez. Vamos orar.
Pai, agradecemos pelo tempo maravilhoso que passamos agora em Tua Palavra. Ela expande nosso entendimento e nosso pensamento, nos desafia, nos atrai para a Tua Palavra para saber mais e entender mais. Como temos fome de saber, para que possamos conhecê-lo e para que possamos entender o mundo como ele realmente é.
Obrigado pela realidade e veracidade da Tua Palavra, que nos dá uma compreensão precisa de tudo o que está acontecendo ao nosso redor. É um lugar perigoso para se viver. Embora haja marcas de Tuas benevolência e Tua graça comum ao nosso redor, é um lugar perigoso para se viver; e precisamos ter certeza de que fomos resgatados desse perigo pela fé no Senhor Jesus Cristo.
Aconteça o que acontecer, seja guerra, terremoto, fome, desastres, inundação, perseguição ou o que quer que venha, sabemos todos que possuem a fé que é um dom de Ti, o que é real permanecerá até o fim, e entrará na Tua glória. Essa promessa final nos protege no meio de tudo.
Nós Te agradecemos por isso. Como um dom da graça, reconhecemos que não podemos obter a salvação e não podemos fazer nada para mantê-la. És Tu que a concede e és Tu que a sustenta. Agradecemos por isso.
Que sejamos fiéis para viver de modo a trazer honra e dar um testemunho como os mártires ao longo da história têm feito para a Tua glória, mesmo diante de todas as dificuldades. Que Tu sejas honrado em cada vida, nós oramos. Estas coisas pedimos para a glória do nosso Salvador. Amém.
Esta é uma série de sermões de John MacArthur sobre o Evangelho de Marcos.
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Este texto é uma síntese do sermão “The Grim Reality of the Last Days”, de John MacArthur, em 20/03/2011.
Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:
https://www.gty.org/library/sermons-library/41-66/the-grim-reality-of-the-last-days
Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno.