O Evangelho não tem pontos relativos. Só absolutos.

UNIDADE NO QUE É ABSOLUTO, LIBERDADE NO QUE É RELATIVO E, ACIMA DE TUDO, O AMOR. É VERDADE?!

Essa fórmula de Agostinho é aparentemente lógica, mas apresenta dois problemas.

Primeiro, ela passa a impressão de que a mensagem bíblica se divide em duas partes: importantes e relativas, em princípios básicos, que devem ser seguidos por todos os cristãos, e doutrinas secundárias que cada um pode interpretar como quiser.

Isso acabou conduzindo a uma fórmula que se tornou popular nos últimos tempos: “O que importa é Jesus, o resto não interessa”. Essa afirmação separa a pessoa de Jesus de seus ensinamentos e da missão que nos deu. O objetivo evangelístico justifica, por assim dizer, os meios, e reduz as diferenças ao “menor denominador comum”.

A fórmula de Agostinho apresenta outro problema grave: quem decide o que é relevante e o que é relativo? E como é possível acima disso tudo esteja o amor de Deus?

É um erro grave adotar levianamente certas fórmulas, lemas e ditados que até parecem profundos e espirituais, mas, no final, diluem as verdades absolutas do Evangelho.

É característica básica da sedução de Satanás, não ser evidente e nem facilmente detectável. Os enganadores formulam seus postulados usando terminologia espiritual, religiosa e bíblica, mas de significado diferente. Eles encobrem e disfarçam habilmente suas intenções e seus propósitos e é difícil decifrar o que se esconde nas entrelinhas de certas declarações ou atrás de fatos apresentados de maneira positiva.

Michael Urban

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