Cristo e a Lei (4)
Este é o quarto de uma série de 4 sermões de John MacArthur sobre Mateus 5:17-20, com o tema “Cristo e a Lei”. Veja os links no final deste texto.
1. INTRODUÇÃO
Vamos hoje continuar nossa trilha em Mateus 5:17-20, esta é a quarta vez. Mas, para começar, quero que vejamos Lucas 18:9-14. Esta passagem servirá como um início adequado para o nosso estudo. Nossos pensamentos podem ser definidos examinando Lucas 18. Observe a parábola que nosso Senhor dá:
Lucas 18
9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros:
10 Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano.
11 O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano;
12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.
Aqui estão algumas pessoas que confiavam que em si mesmas que eram justas. A autojustiça é a religião da realização humana. O fariseu era considerado a pessoa mais religiosa em sua sociedade. Em sua própria mente, ele estava convencido de que sua justiça era uma verdade. Ele agradecia a Deus por não ser como as outras pessoas, gabava-se de seus jejuns, que não passavam de um exercício público para demonstrar uma aparente religiosidade. Por outro lado, o cobrador de impostos fica longe, “não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu” e clamava: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”.
Aqui temos o contraste entre aquele que se apresentava como parte de uma elite espiritual e aquele que, embora fosse judeu, era um cobrador de impostos para Roma, o mais desprezível tipo de pessoa para Israel. Ele era visto como um ganancioso traidor da nação. Mas ele está ali lamentando suas misérias e clamando misericórdia a Deus.
E Jesus disse que o cobrador de impostos foi justificado para sua casa e o fariseu não, porque “o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado”. Essa é a história sobre um homem ruim que foi ao céu e do bom homem que foi ao inferno. Isso serve como um encaixe para o que vamos olhar em nossa continuação em Mateus 5:17-20, porque nesta passagem, temos uma situação muito parecida.
Normalmente as pessoas quando leem o relato de Lucas 18 não entendem muito sobre o que Jesus está falando, porque a maioria pensa que as pessoas boas vão para o céu e as pessoas más vão para o Inferno. O homem declarando e lamentando profundamente sua vida de pecado é classificado como digno do inferno, o outro declarando sua conduta moral e espiritual é visto como a caminho do céu. A maioria das pessoas acredita que, se você for bom o suficiente, você chegará lá, e se você for ruim, não irá. Mas Jesus contou uma história em Lucas 18 que dizia o oposto. E então, Ele foi mais adiante em Mateus 5. Olhe para os versículos 17 a 19.
17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.
18 Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.
19 Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
E hoje vamos nos concentrar no verso 20:
20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.
O que Jesus está dizendo aqui é que se você entrar no Céu, você deve ser melhor que os escribas e os fariseus.
Perguntei a muitas pessoas na minha vida: “Como você chega ao céu?” e elas dizem: “sendo bom”. Eu disse a uma pessoa uma vez: “Quão bom você tem que ser?” Ele disse: “Muito bom”. Eu disse: “Quão bom é muito bom?” Ele disse: “É muito, muito bom”. Mas, o melhor de todas as pessoas na sociedade de Israel daquela época, o melhor, não entrará no Reino dos Céus com base na sua bondade. E o pior na sociedade de Israel, um cobrador de impostos, um traidor, foi para casa justificado. Isso levanta a questão: “Quão bom alguém deve ser para chegar ao céu? Qual é o critério?” É precisamente o que Jesus está tentando ensinar aqui.
Você tem que entender o significado do versículo 20 de Mateus 5 em seu contexto. Jesus veio e ensinava, e o ensino Dele era extremamente paradoxal. Seu ensino era radical e muito diferente do ensino dos mestres daqueles dias – os rabinos, os líderes, os fariseus, os saduceus, os escribas – era muito diferente. Eles sempre estavam lidando com o exterior, mas Jesus sempre estava falando sobre o interior.
Jesus era tão diferente, que foi confundido como apenas outro revolucionário ou incendiário ou mais algum pregador errante como outros que apareciam por Israel. Muitos viram Sua mensagem como uma negação do Antigo Testamento (que era confundido com o ensino rabínico). Por isso Jesus falou claramente de Sua relação com o Antigo Testamento, a lei de Moisés, a Escritura.
Em Mateus 5, Ele começa a articular o manifesto de Seu Reino, após ter estabelecido que Ele é o Rei nos primeiros quatro capítulos. No Sermão do Monte, Ele demonstra que Sua mensagem não é algo novo, nem uma mudança dramática, nem rejeição, anulação ou revogação do Antigo Testamento. Ele não estava concedendo uma nova lei nem modificando a antiga, mas, em vez disso, explicando o verdadeiro conteúdo moral da lei de Moisés e do restante do Antigo Testamento.
Ao dizer, no versículo 20, que a verdadeira justiça excede a dos escribas e fariseus, ele simplesmente está dizendo que eles suavizavam as exigências da lei ao concentrar-se apenas na obediência exterior, aparente. Ele revela o pleno significado da lei moral de Deus e mostra que a justiça envolve uma conformidade interior ao espírito da lei, em vez de uma simples concordância com a letra. Ele está totalmente comprometido com isso, de modo que obedecer é bênção e desobedecer é maldição, de acordo com o versículo 19.
Portanto, o ensino de Cristo não era de forma alguma inconsistente com o Antigo Testamento, Ele não estava violando o Antigo Testamento, Ele o está cumprindo. Em Mateus 5:17-20, Ele declara quatro grandes verdades sobre o Antigo Testamento.
No versículo 17, Jesus fala da preeminência ou superioridade da lei. E por que a lei era superior? Foi escrita por Deus, afirmada pelos profetas, e cumprida por Cristo [veja o sermão 1 desta série].
No versículo 18, apresenta a permanência da lei. Ele veio mostrar que a lei não passaria sem que fosse cumprida. E Ele, de fato, era o único que a estava cumprindo. Lembre-se de que, quando Cristo veio pela primeira vez, começou a cumprir a lei. Ele ainda está cumprindo e cumprirá em Sua Segunda Vinda. [veja o sermão 2 desta série]
No versículo 19, Ele falou da pertinência da lei, dizendo que nos incumbe obedecê-la, mesmo nas suas menores partes, e que isto vai definir quem é maior ou menor no reino de Deus [veja o sermão 3 desta série]
2. O PROPÓSITO DA LEI
Chegamos hoje na quarta verdade: o propósito da lei. Por que Deus deu a Escritura? Por que uma lei preeminente, permanente e pertinente? Por que Deus nos dá essa incrível afirmação da verdade? Por que Ele nos fornece todos esses padrões? Qual é o propósito? O versículo 20 de Mateus 5 diz: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”.
O propósito da lei de Deus era te mostrar que você teria que ter mais justiça do que a que poderia produzir e apresentar por conta própria. Esse é o objetivo. Gálatas 3:24 diz que “a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados”. A lei era o professor, ou o disciplinador, para nos levar a Cristo. A lei era o padrão perfeito que nos mostrar nosso pecado; esse foi o seu propósito.
A lei mostrava o que não podíamos fazer por conta própria, mesmo com todos os esforços e ritualismos. Em outras palavras, simplesmente a lei foi dada com o objetivo de nos frustrar, mostrando nossa inadequação. A lei não era para nos dizer o quão bom nós somos, mas para nos mostrar o quanto somos podres.
É por isso que o homem batendo no peito, lamentando-se e clamando misericórdia, em Lucas 18, foi justificado. Ele entendeu o que a lei de Deus pretendia lhe mostrar: que ele era um pecador. O outro homem, cheio de autojustiça, não viu o significado da lei de Deus e não respondeu na maneira que Deus pretendia.
Então, este é realmente o tema de todo o sermão pregado pelo Senhor em Mateus 5-7: a verdadeira justiça, o padrão absoluto. Jesus reafirmou o padrão moral da lei no Sermão do Monte e concluiu dizendo:
Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda (Mateus 7:24-27).
Foi um sermão magistral sobre as verdades justas que governam o relacionamento do homem com Deus. Havia um sistema falso na época e Jesus disse de antemão que o padrão de justiça que Deus exigia não estava disponível naquele sistema ou em qualquer outro.
Você ouviu pessoas sendo batizadas esta noite dizendo que, durante anos e anos de suas vidas, elas faziam parte de um sistema. Muitas delas disseram que já tinham envolvimento com igrejas, participando de rituais e cerimônias, mas sem conhecer a verdade. E isto pode acontecer em qualquer igreja, quando o indivíduo tem a forma, mas não a substância.
Então, a lei veio com o propósito de nos mostrar que os melhores homens, à vista da sociedade, não poderiam entrar no Reino de Deus. Muitos religiosos, cheios de bondade humana e moralmente corretos na aparência não podiam entrar no Reino, exceto se sua justiça excedesse a dos escribas e fariseus. Este é o padrão da verdadeira justiça.
Volte por um momento para Mateus 5:3, onde Jesus diz: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”. O sistema religioso da época era constituído por orgulhosos, jactanciosos e arrogantes. Eles se consideravam espirituais. No verso 4, Jesus diz: “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados”. Mas eles não estavam enlutados por suas misérias, eles andavam no alto de suas autossuficiências. Em vez de baterem no peito e lamentarem suas misérias, como fez o cobrador de impostos em Lucas 18, eles desfilavam publicamente anunciando grandezas pessoais.
No verso 5, Jesus fala que uma das características dos cidadãos do Reino é a mansidão. E eles estavam muito distantes de algo que lembrasse um homem manso. No verso 6, Jesus fala dos famintos e sedentos por justiça, mas eles se consideravam plenos dela. No verso 7, Jesus fala dos misericordiosos, mas eles eram implacáveis através da autojustiça.
No verso 8, Jesus fala dos puros de coração. Bem, quanto a isto Jesus disse a eles: “sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia” (Mateus 23:27). No verso 9, Jesus fala dos pacificadores, mas eles roubavam a paz das pessoas e faziam divisões, oprimindo com suas regras e tradições.
Nos versículos 13-16, Jesus falou que os cidadãos do reino de Deus seriam sal da terra e luz mundo, mas a classe religiosa estava longe disto. Os fariseus ensinavam os méritos do homem como caminho para chegar ao Reino, enquanto Jesus ensinou sobre reconhecer a própria miséria.
Eles se achavam muito bons e deviam considerar que havia algo errado com a lei, então eles mudaram a lei. Eles surgiram com um monte de tradições rabínicas sob as quais eles poderiam viver. Assim, considerando o conceito teológico básico de que “nós somos bons”, eles tinham criado seu próprio padrão, enquanto o pecador no canto, batendo em seu peito, aceitou o padrão divino e viu que ele estava distante desse padrão. Jesus diz, em outras palavras:
Eu sou um rei, e tenho um manifesto que não é diferente do Antigo Testamento, é o padrão do Antigo Testamento, é a lei de Deus desde a menor letra, nada dela foi revogada, exige um tão alto padrão de justiça que você por conta própria nunca conseguirá alcançar.
Vou responder a algumas perguntas à medida que olhamos para o versículo 20, facilitando seu entendimento.
PRIMEIRA PERGUNTA: Quem eram escribas e fariseus? Se nós devemos ter uma justiça que exceda a justiça deles, devemos saber quem eles eram.
Dentro do judaísmo, havia várias divisões:
● Os essênios viviam como afastados da sociedade, no deserto, concentrados em estudar a Torá (os 5 primeiros livros da Bíblia – O Pentateuco).
● Os zelotes eram os ativistas políticos que não estavam muito preocupados com religião, mas com a política.
● O saduceus eram religiosos liberais.
● Os fariseus eram os religiosos conservadores, ansiosos para derrubar Roma e restaurar a teocracia do Antigo Testamento.
O termo escriba vem do grego “grammateon”, da qual obtemos a palavra “gramática”. Eles eram simplesmente aqueles que tratavam da carta da lei, da interpretação da lei, do registro da lei. Eles registravam e estudavam a lei. Eram autoridades e estudiosos da lei.
Havia escribas entre os saduceus (que eram liberais teológicos) e havia escribas entre os fariseus (que eram conservadores teológicos). O trabalho dos escribas era simplesmente copiar a lei, estudá-la, obter o texto básico da lei, interpretar a lei e assim por diante. Estes escribas mais tarde foram conhecidos como rabinos. Eles realmente foram os precursores dos rabis. Eles eram escribas oficiais.
Em Israel havia dois tipos de escribas: civis e cerimoniais. Os escribas civis registravam os assuntos do governo, eram como tabeliães, cuidavam dos deveres civis. Em Esdras 4:8 você vê um deles, chamado de Sinsai. Os escribas cerimoniais ou eclesiásticos estavam sempre envolvidos no estudo da Escritura e na sua exposição, determinando o que ela dizia e significava e assim por diante. Eles eram os intérpretes da lei de Moisés e originalmente vieram da tribo de Levi. Eles literalmente deram toda a sua vida ao estudo do Antigo Testamento e, surpreendentemente, chegaram a conclusões erradas, da mesma forma que os fariseus e saduceus e de tantos hoje, que fazem conclusões humanas mesmo usando a Palavra divina.
Os fariseus não eram intérpretes oficiais, como os escribas, mas eram uma seita. O termo “fariseu” vem de uma palavra que significa “separar”. Eles se separavam de tudo. Eles se separaram de todos os gentios. Não chegavam perto de um, para não serem contaminados. Eles se separaram de qualquer judeu que vivia com menos zelo que eles tinham pela lei. Assim, os fariseus se levantaram na sociedade judaica como um grupo de alta elite que sabia o que era realmente andar com Deus.
Eles se convenceram de que eram verdadeiros super espirituais. Os fariseus diferiram dos escribas pelo fato de que não estudavam particularmente a lei, como faria um erudito. Mas, eles simplesmente desenvolveram um sistema de rituais a partir da lei, ou seja, desenvolveram uma seita. Assim, os escribas poderiam ser saduceus ou fariseus. Eles também não precisavam se identificar com nenhum deles. Os fariseus pegaram a Palavra de Deus e desenvolveram um sistema rígido, cerimonial, ritualístico, não tanto baseado na lei de Moisés, mas na tradição. O problema era que eles realmente não podiam cumprir a lei de Moisés.
Então, como eu disse anteriormente, se você acredita que é justo e não pode manter o padrão da justiça, então você muda o padrão para acomodá-lo à sua justiça. Esse é o caminho do homem caído separado de Deus. Quando o homem caído chega a admitir o juízo e a eternidade, ele desenvolve um sistema que o faz pensar ser digno de um bom destino eterno.
Uma mulher estava dando seu testemunho esta noite, e ela disse: “Eu decidi que eu poderia fazer tudo o que eu queria na área do pecado se eu apenas fizesse isso com moderação. Então, Deus entenderia e eu iria para o céu”. Você vê, é o que as pessoas fazem. Elas não podem viver de acordo com o padrão bíblico, então elas arrastam o padrão para onde conseguem lidar com ele e depois se convencem estão fazendo um bom trabalho e colocam isso em suas mentes, para tentarem provar a si mesmas que estão bem. O fato é que, se você acredita que o padrão da Palavra de Deus é absolutamente verdade, e você sabe que não está à sua altura, você ficará louco de culpa. Então, você tem que baixar o padrão, e é exatamente isso que os fariseus fizeram.
Os fariseus desenvolveram uma codificação de regras que eles mesmos tentavam manter, com isso e se convenceram de que Deus não tinha mais ninguém além deles no mundo; então, se alguém chegaria ao céu, seriam eles. Na verdade, os judeus costumavam ter um ditado: “Se apenas duas pessoas vão ao céu, um será um escriba e o outro será um fariseu”.
A maioria dos escribas provavelmente poderia recitar o texto completo do Antigo Testamento, de tanto copiá-lo. O cidadão comum diria: “Não tenho chance. Não posso fazer isso”. Então, ele olhava para um fariseu e dizia: “Eu não posso viver assim, não posso manter todas essas regras. Nunca chegarei ao Céu. Essas pessoas são tão sagradas! Toda a vida é dada pela busca religiosa, moral e espiritual”. Mas, nosso Senhor diz que todo esse esforço era em vão. Você pode imaginar o choque quando aquelas pessoas ouviram o versículo 20? Porque Jesus não falou genericamente. Ele citou diretamente os escribas e fariseus, vistos como referências espirituais.
SEGUNDA PERGUNTA: Qual era a natureza da justiça dos escribas e dos fariseus? Jesus disse que a verdadeira justiça tem que exceder a deles. Então, qual era a justiça deles? Como eles imaginavam que seriam salvos?
A) JUSTIÇA EXTERNA
Eles estavam dependentes do exterior, do sistema de realização humana e diziam:
Olhe o que eu fiz! Não faço isso, eu faço isso, eu jejuo duas vezes por semana, dou os dízimos, e assim por diante. Somos sagrados, de acordo com o nosso sistema….
A justiça deles era apenas externa, uma observância externa da lei. Não se envolviam em adultério, roubo, assassinato, idolatria, mas eles tinham muitos pensamentos impuros e podres, cobiçavam como loucos, odiavam com muita fúria e eles tinham seus corações longe de Deus. O interior estava todo imundo, mas eles mantinham uma boa aparência externa.
É por isso que, à medida que o Senhor continua, Ele ilustra a falsidade da religião externa deles, ao dizer, nos versículo 21-22: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo”. Nos versos 27-28, Jesus disse: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”.
Em outras palavras, “você está vivendo um sistema de observância externa, mas estou dizendo que o que Deus quer é ver o que está por dentro”. É o que estaremos estudando nas próximas semanas. Aqueles religiosos nunca se preocuparam com o interior, mas sempre estavam preocupados com o exterior. Olhe para o que Jesus disse a eles em Mateus 23:
23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.
24 Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo.
25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniquidade.
26 Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.
27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.
Em suma, Jesus disse que eles estavam apodrecidos por dentro, mas mantendo uma aparência falsa de piedade diante dos homens. Executar a observância das cerimônias era o que os mobilizavam, e todo o sistema deles era superficial.
Por isso devemos sempre examinar nossos corações a este respeito, porque é muito fácil ficar envolvido em um tipo superficial de atividades religiosas, mas sem a realidade no interior. A vida pode ser superficial. Essas pessoas tinham tudo por fora, mas não por dentro, e é por isso que quando eles perguntaram a Jesus sobre “qual é o grande mandamento da lei?” (Mateus 22:36), Jesus respondeu-lhes: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”. Jesus não falou de coisas externas, mas do interior, do coração. Olhe para trás em Mateus 23:2-5, onde Jesus diz:
Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem; Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los; E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens.
Em outras palavras: “Se vocês ouvirem a lei de Moisés da boca de um desses religiosos, naquilo em que as palavras deles concordem com a Palavra de Deus, façam tudo que eles disserem, mas não o que eles fazem. Não ouçam suas tradições humanas, que eles acrescentaram à Palavra de Deus, nem eles mesmos as suportam”.
Jesus começou o Sermão do Monte com oito bem-aventuranças direcionadas principalmente aos fariseus. E Ele concluiu a mensagem para eles, em Mateus 23, com oito “ais” sobre eles (v. 13-29). Eles eram brilhantes exteriormente, mas não passavam de hipócritas interiormente. Jesus os confrontou como hipócritas cheios de autojustiça.
Em Lucas 16:15, Jesus lhes diz: “Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação”. Em outras palavras, “vocês têm uma grande reputação religiosa, mas Deus conhece seus corações. O que os homens consideram elevado sobre vocês é uma abominação para Deus, porque é tudo hipocrisia externa”.
Gálatas 2:16 diz que “o homem não é justificado pelas obras da lei”. A raiz da pecaminosidade está na falência do coração do homem e não em suas ações. A lei servia de espelho para revelar o pecado, não a cura dele. O única meio de alguém obter a justificação, ou seja, ser declarado justo por Deus é ter a justiça de Jesus Cristo imputada a ele. Além disso, tudo é inútil, mesmo que sejam boas obras.
B) JUSTIÇA PARCIAL
A natureza de sua justiça não era apenas externa, mas parcial. Mateus 23:23 Jesus diz:
Dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé”. E no verso 24: “Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo.
Nota Bíblia de estudos MacArthur: Alguns fariseus coavam sua bebida por meio de um pano fino para se assegurarem que não engolissem inadvertidamente um mosquito – o menor dos animais imundos (Levítico 11:23). O camelo era o maior dos animais imundos (Levítico 11:4).
Eles eram grandes em coisas pequenas (externas), mas ignorantes nas grandes coisas (internas), desprezando o juízo, a misericórdia e a fé. Eram parciais; apenas acomodaram-se ao que poderiam lidar, nada mais. Era uma religião ritual, feita para atender às suas capacidades naturais. Eles tinham suas próprias tradições substituindo a lei de Deus. Eles próprios inventaram tudo e decidiram que estavam servindo a Deus. Em Marcos 7:7-9, Jesus lhes diz:
Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas. E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.
Eles abandonaram a lei de Deus por não conseguirem viver nela. Então, inventaram suas próprias leis e, depois, convenceram-se de que eram espirituais.
C) JUSTIÇA REDEFINIDA
Além da justiça deles ser externa e parcial, era também redefinida. Vou fazer uma breve declaração sobre isso. Como eu disse anteriormente, eles inventaram suas próprias regras. E o que eles acabaram fazendo foi redefinir tudo. Como se dissessem: “Sim, isso é o que Deus disse, mas o que Ele quis dizer foi isso”, tudo conforme a própria compreensão deles, transformando algo que deveria vir do interior em algo apenas com aparência exterior.
Deus disse: “sereis santos, porque eu sou santo” (Levítico 11:44). Então, Pedro diz: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (I Pedro 1:15). No entanto, o que eles disseram? “Oh Deus! Agradeço-te porque eu não sou como os outros homens”. Eles recitavam a santidade que eles diziam ter.
Qual o padrão de santidade que Jesus ensinou? Em Mateus 5:48 Ele responde: “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”. Este sempre foi o ensino da Escritura. Eles sabiam sobre isso, então redefiniram tudo para se adequar às suas iniquidades.
D) JUSTIÇA AUTOCENTRADA
Não só sua justiça era externa, parcial, redefinida, mas era autocentrada. Eles não precisavam de Deus para torna-los justos, eles se consideravam justos. Eles não estavam insatisfeitos com eles mesmos, já estavam fartos por suas próprias concepções. O homem quebrantado não vive satisfeito consigo mesmo, lamenta suas misérias, tem fome e sede de justiça e vai ao Senhor em busca da justificação. Foi sobre isto que em Efésios 2:8-9 Paulo diz:
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;
Mas, aqui estavam, escribas e fariseus, com justiça que era externa, parcial, redefinida e egocêntrica.
TERCEIRA PERGUNTA: qual é a natureza da justiça que Cristo exige?
Já lhe disse a resposta: Ele exige santidade absoluta, perfeição absoluta, justiça interna e externa. No Salmo 45:13, há uma ilustração interessante: “A filha do rei é toda ilustre lá dentro; o seu vestido é entretecido de ouro”. Deus quer que todos nós sejamos gloriosos por dentro e com ouro puro por fora. É exatamente como Jesus disse sobre os fariseus, em outras palavras: “Façam o que eles ensinam, se está de acordo com a Palavra, mas não sejam imundos por dentro como eles. Mantenham a lei de Deus por fora, mas sejam gloriosos por dentro”. O padrão da justiça que Cristo estabeleceu é justiça absoluta.
Na escolha de Davi como rei de Israel, Deus disse a Samuel: “O Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (I Samuel 16:7).
Não importa o quanto eu seja operoso religiosamente, importa que eu seja tão perfeito como Deus é. Você diz: Uau!! Eu não posso ser isso!! Isso nos leva a uma quarta questão…
QUARTA PERGUNTA: Como obter uma justiça desse nível?
Você deve estar pensando: “Sozinho eu não posso alcançar isto, nem mesmo ser mais justo do que um escriba ou fariseu… Como eu vou conseguir essa justiça?”. É uma boa pergunta. Tenho uma história maravilhosa para lhe contar. Gálatas 2:16 diz:
Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.
Como, então, somos justificados? Pela fé em Cristo. Como, então, somos feitos justos? Pela fé em Cristo. Que mensagem tremenda! Romanos 3:21-22 diz:
Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem.
Que notícia gloriosa! Isto responde a pergunta de como recebemos o alto padrão de justiça divino: Pela fé em Jesus Cristo.
Romanos 4:3 diz: “Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça”. Não foi o que Abraão fez, mesmo porque ele cometeu muitos pecados, mas pela sua fé lhe foi imputada a justiça. Romanos 5:17-19 diz:
Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.
[Nota do site: Uma heresia muito comum diz que no Antigo Testamento as pessoas eram justificadas pelas obras e, no Novo Testamento, pela fé. A justificação sempre foi pela fé, de Gênesis a Apocalipse. Clique aqui e leia a série de sermões de John MacArthur sobre a fé justificadora operando no Antigo Testamento, conforme Hebreus 11.]
Você não pode obter a justificação por seus esforços, é um presente de Deus. Se você está tentando ganhar sua própria justiça, você se perderá para sempre. Se você quer alcançar e receber o dom gratuito pela fé em Jesus Cristo, a justiça Dele é oferecida a você. Que pensamento tremendo!
Ouça, a única maneira pela qual você pode ser justo o suficiente para entrar no céu é através do Senhor Jesus Cristo imputando a você Sua própria justiça. É um presente Dele que você nunca poderia obter por si mesmo. É um conceito tremendo! Deus estabeleceu um padrão que nunca conseguiríamos e depois nos deu o cumprimento desse padrão como um presente, simplesmente colocando nossa fé em Jesus Cristo.
Por outro lado, Romanos 10:3 diz que Israel “não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus”. O que é isso? O verso 4 diz: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê”. Ou seja, como Senhor e Salvador, Cristo põe fim à busca inútil do pecador pela justiça por meio de suas tentativas de salvar a si mesmo pelos esforços em obedecer a lei. I Coríntios 1:30-31 diz:
Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.
Quando Deus olha para um verdadeiro convertido, Ele o vê tão justo como Ele é, tão santo como Ele é, tão perfeito como Ele é. Por quê? Quando alguém coloca sua fé em Cristo, Ele lhe imputa a Sua própria justiça e, então, essa pessoa permanece tão pura e imaculada quanto Cristo. Essa é a posição de um cristão verdadeiro diante de Deus. No céu só entrarão pessoas santas, ou seja, que foram tornadas santas através de Cristo, quando Deus lhes imputou a justiça de Cristo. Que pensamento fabuloso!
Assim, respondemos até aqui as seguintes perguntas: Quem eram os escribas e os fariseus? Qual era a natureza da sua justiça? Qual é a natureza da justiça que Cristo exige? Como essa justiça se torna nossa? Então, a pergunta final:
QUINTA PERGUNTA: Qual é o resultado para aqueles que não obtêm essa justiça? Eles terão que trabalhar muito religiosamente, como loucos, para entrar no Reino?
Eu sempre penso nisso quando vejo os Mórmons e as Testemunhas de Jeová e todas essas seitas. Eles estão se esforçando para entrar no Reino e estão se esforçando com todas as suas forças para obter sua própria justiça. Eles dizem que Jesus Cristo não é Deus e, assim, eles não só negaram a Sua personalidade, mas eles removeram, derrubaram e anularam Sua obra na Cruz e na ressurreição. Sem Cristo como Deus, sem uma morte substitutiva por parte do Deus-homem e sem uma ressurreição literal e corporal do Deus-homem, não há justiça alcançável para os homens. Então, essas pessoas estão trabalhando diretamente no inferno mais profundo imaginável. E é exatamente isso que está acontecendo.
Nosso Senhor diz, em Mateus 5:20, muito simplesmente: “A menos que sua justiça exceda um que é externo, parcial, redefinido e egocêntrico, você nunca entrará no Reino dos Céus. Não importa o quão religioso você é, quão Bom, você será excluído do Reino de Deus”. O Reino dos Céus é a esfera da benção de Deus agora e para sempre. Mas você nunca entrará nessa esfera a não ser pela fé em Cristo. Mais tarde, em Mateus 7:13-14 Jesus diz:
Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
Há muitos no caminho espaçoso lutando com suas próprias forças. Há poucos no caminho apertado, os quais desistiram de si mesmos e se entregaram a Cristo em fé verdadeira.
E no verso 21: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. Em Mateus 17:5, Deus declara Sua vontade: “Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o”.
E em Mateus 5:22-23, Jesus define o destino de todos aqueles que creram na suas próprias obras e capacidades para se tornarem justos:
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
E assim, Jesus faz uma referência a todos que buscaram inutilmente justificação por seus próprios esforços e obras. São os que estão construindo casas sobre a areia. Elas não ficarão em pé na tempestade do juízo (Mateus 7:24-27). Examine-se para saber se você é mais um que está andando por seus próprios esforços, mesmo com toques religiosos, ou está totalmente entregue a Cristo, em absoluta devoção. Em suma, Jesus quis dizer:
Não, não estou deixando de lado a lei de Deus. Defenderei a lei de Deus e a purificarei da corrupção causada pelo homem, para que se restabeleça a sua preeminência, permanência, pertinência. O propósito da lei é te mostrar que você é um pecador. Quando você transforma esse padrão em algo que você pode atingir por si mesmo, você o rebaixou e isso irá excluí-lo para sempre do Reino.
Eles desenvolveram uma religião de realização humana que não iria fazer nada senão condená-los. Ouça, você não pode estabelecer seu próprio padrão de justiça. Deus estabeleceu o padrão e Deus não negocia com ninguém. O padrão é a fé em Jesus Cristo. O céu é de Deus e, assim, Ele estabelece os termos. E tudo o que você pode fazer é responder. Você entra em Seus termos ou fica de fora.
Bem, finalizando temos a experiência de Paulo em Filipenses 3. Ele era um super-fariseu que cria em seus próprios esforços para se justificar. Mas um dia ele se rendeu a Cristo e abominou seus antigos caminhos de produzir uma autojustiça.
4 Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu:
5 Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu;
6 Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.
7 Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo.
8 E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo,
9 E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé;
Amado, é disso que a salvação se trata. Não esteja entre aqueles que estão gastando suas vidas em esforços próprios e vãos, tentando ganhar o direito de entrar no Céu.
Oremos.
Pai, oramos agora enquanto examinamos nossos corações. Agradecemos-Te por aqueles de nós que têm a confirmação de que realmente possuem a Tua justiça. Senhor, quanto aqueles que podem ter dúvidas sobre se têm ou não a justiça de Cristo, se realmente receberam o dom da justiça que é dado aos que crêem, oramos hoje a noite para que eles possam chegar com uma mão vazia para receber o presente, não trazendo nada próprio, não procurando nenhum engrandecimento pessoal, não oferecendo os feitos da carne, mas, como mendigos, com um vazio disposto a receber o dom da justiça. Que eles recebam a abundância que Tu dás.
Deus, que ninguém deixe este lugar hoje à noite sem receber a justiça de Cristo, que faz com que a nossa posição perante Ti seja tão santa como o Tu mesmo.. Que presente! Quão agradecidos somos. Para a glória de Cristo, oramos, Amém.
Esta é uma série de sermões sobre Cristo e a Lei, conforme links abaixo:
- Cristo e a Lei (Parte 1) – A Preeminência da Lei
- Cristo e a Lei (Parte 2) – A Permanência da Lei
- Cristo e a Lei (Parte 3) – A Pertinência da Lei
- Cristo e a Lei (Parte 4) – O Propósito da Lei
Esta é uma série de sermões de John MacArthur sobre o Sermão da Montanha
Clique aqui e veja o índice com os links dos sermões traduzidos já publicados desta série
Clique aqui e veja também o índice com os links dos sermões traduzidos sobre o Evangelho de Mateus
Este texto é uma síntese do sermão “Christ and the Law, Part 4”, de John MacArthur em 18/03/1979.
Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:
https://www.gty.org/library/sermons-library/2212/christ-and-the-law-part-4
Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno