A Perseverança dos Santos – 1
Esta é uma série sobre a doutrina da graça. Para melhor entendimento, sugerimos ler a sequência das mensagens, conforme links no fim deste texto.
Judas fecha sua epístola com uma maravilhosa declaração: “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém” (Judas 24-25).
É uma grande afirmação: Os verdadeiros crentes são guardados e sustentados por Deus. É esta a natureza da segurança de nossa salvação. Deus merece toda a glória.
Esta é uma das declarações bíblicas que nos apresenta a doutrina que é conhecida como a “perseverança dos santos” ou da “segurança eterna”.
O verdadeiro crente perseverará na fé até o fim. O verdadeiro novo nascido, que se tornou participante da natureza divina, tem sua salvação assegurada e sustentada pelo Senhor. O sustento de nossa salvação não está em nós, mas no Senhor.
Eu quero que você entenda que esta é uma doutrina histórica. É o componente mais importante da salvação.
Se a salvação fosse algo vulnerável, um estado mutável, estariam em suspeita as doutrinas da justificação, da glorificação, da santificação e da eleição. O chamado de Deus também seria algo duvidoso, e obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo seriam postas em cheque.
O conjunto das doutrinas da segurança da salvação e da perseverança do santos tem sido a doutrina da história da igreja verdadeira.
O ano era 1644, na Abadia de Westminster, mais de cem dos mais estudiosos puritanos, pessoas que amavam o Senhor, a verdade e as Escrituras Sagradas, se reuniram durante cinco anos para estudar e debater as bases doutrinárias da fé cristã.
Em 1649, eles produziram uma declaração conjunta: ‘A confissão de Fé de Westminster’. Nesse documento, entre outros muitos assuntos, há uma declaração sobre a segurança e eternidade da salvação, a “perseverança dos santos”.
A Confissão diz que os verdadeiros cristãos, salvos por Cristo e santificados pelo Espírito Santo, nunca cairão desta posição de graça, mas perseverarão até o fim.
Esta declaração é fortemente sustentada nas Escrituras Sagradas. Ela é apoiada, é claro, em muitos, muitos textos da Bíblia.
Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida (João 5:24).
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. (João 6:37-40).
Não há ‘cascas de banana’ no caminho da graça, para que um verdadeiro convertido escorregue e volte a ser um condenado à escuridão eterna, como se a salvação fosse algo que nós mesmos sustentamos, e não o Senhor.
O verdadeiro cristão está selado pelo Espírito Santo para a redenção (Efésios 1:13; 4:30). Se ele é um verdadeiro convertido, ele perseverará até o fim, sustentado pelo Senhor.
As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que me deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um (João 10:27-30).
Muitas outras partes das Escrituras são dignas de nossa atenção. Em João 4:14, Jesus fala de uma fonte de água que jorra para a vida eterna, uma fonte que nunca secará.
“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”.
I Coríntios 1:8, diz: “O qual vos confirmará também até ao fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Continuaremos a pecar até lá? Sim. Mas o Senhor restaurará seus filhos e os deixará irrepreensíveis. No verso 9, Paulo fala qual é a base de nossa segurança: “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor”.
E, novamente, em I Tessalonicenses 5: 23-24, temos a afirmação que o mesmo Deus que nos santificou, nos preservará íntegros na volta de nosso Senhor:
E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.
Podemos nos lembrar de I João 2:19, que diz: “Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós”.
Há muitos que circulam no meio da igreja, mas são desprovidos de essência. Eles tentam, inutilmente, prosseguir por suas próprias forças.
Mas, os verdadeiros crentes permanecem, porque eles são sustentados pelo Senhor. Eles não se firmam por conta própria. A Confissão de Westminster afirma com precisão que a fé salvadora não pode falhar.
O que a perseverança dos santos não significa
1) A perseverança dos santos não significa que os verdadeiros cristãos nunca falham.
Falham? Sim. Podem falhar gravemente? Sim. Podem falhar repetidamente? Sim. Falham completamente? Não. Falham definitivamente? Não.
Os escritores da Confissão de Westminster entendiam que “perseverança” não quer dizer que um verdadeiro crente é perfeito, pois ainda há corrupção remanescente nele.
Em outras palavras, a perseverança não significa perfeição. O verdadeiro crente não está buscando atingir um estágio de impecabilidade. Isto será impossível nesta terra. Ele persevera na fé, mesmo que fracassos aconteçam na caminhada.
Um verdadeiro crente pode falhar através das tentações de Satanás, do mundo, das forças de corrupção restantes em sua própria carne e da negligência de seus meios de preservação, cair em pecado grave e por um tempo, continuar nele, entristecendo o Espírito Santo.
Um Verdadeiro cristão pode ser privado da graça confortadora de Deus, pode ter seu coração endurecido e sua consciência ferida, prejudicando e escandalizando os outros, bem como atraindo juízos temporais e disciplinas sobre si mesmo.
2) Perseverança não significa perfeição, muito menos ela significa que um professo crente viva de qualquer maneira e sem qualquer medo do juízo.
Não é suficiente ter uma fé superficial, tipo “aceitar Cristo como salvador”. Não é suficiente ter um compromisso superficial com Cristo, um interesse superficial em Cristo. Não é suficiente ter alguns bons sentimentos sobre Jesus e fazer algum compromisso momentâneo com Ele. Não é isso que a Confissão de Westminster diz.
A “eterna segurança” ou “perseverança dos santos” não diz apenas que estamos eternamente seguros, mas que estamos eternamente seguros porque a nossa fé persevera.
Em João 8: 31-32 , Jesus disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
Ou seja, o verdadeiro discípulo de Jesus permanece na fé e não vive como os incrédulos vivem.
Ele não é salvo porque produz frutos ou obras, mas produz frutos e obras porque é um salvo.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas (Efésios 2:8-10).
Uma pessoa que diz ter “aceitado” Jesus, fez uma “oração decisória” e continua a viver em um padrão pecaminoso, apegando-se indevidamente à doutrina da eterna segurança da salvação, é apenas um iludido.
É por isso que nós temos que ter cuidado quando falamos sobre a doutrina da segurança eterna, como se uma “oração decisória” pudesse fazer alguém participante da eterna segurança da salvação.
Toda pessoa que nega, com sua prática de vida, a doutrina do Senhorio de Cristo, não persevera em Sua Palavra e ainda se considera um salvo, vive uma deturpação daquilo que diz o Evangelho. Vive apenas uma mentira.
Então, falar da segurança eterna do verdadeiro crente não é errado. Ele está seguro. Mas, isto se aplica apenas ao verdadeiro crente.
O verdadeiro crente falha, e às vezes falha terrivelmente, mas ele não se entregará ao pecado e não voltará ao domínio dele. Ele não perderá a fé em Cristo e não negará o seu Senhor e o Evangelho. A segurança do verdadeiro crente é fruto de sua perseverança.
Nenhum verdadeiro crente rejeitará a santidade e abraçará uma vida de pecados. I João 3:8-10, de forma muito simples, diz:
Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus.
É simples assim. Qualquer pessoa que não pratica a justiça não é de Deus. A doutrina da segurança do crente está ligada à fé perseverante do crente.
A doutrina da perseverança, então, é isso. Na salvação lhe é dada uma fé sobrenatural, vinda de Deus, para crer no Evangelho, crer no testemunho do Espírito Santo a respeito de Cristo e, portanto, crer em Cristo.
E, tendo vindo a Cristo, você conhecerá o Deus vivo e verdadeiro. Esta fé é um dom sobrenatural de Deus. É um dom da graça e é um dom de misericórdia.
Então, voltando a Efésios 2:8, temos: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”.
Há como se pensar que esta graça e fé que vêm de Deus na vida de um verdadeiro crente pode ser algo temporário e vulnerável?
Se a sua salvação depende de uma fé humana, eu lhe asseguro que sua salvação não se sustentará. Se pudéssemos perder a nossa salvação, nós a perderíamos. A salvação não é sustentada por nós, mas pelo Senhor.
É por isso que Jesus disse: “Aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mateus 10:22). Esta é a qualificação do salvo. Um salvo é aquele cuja fé perseverará até o fim, porque é uma fé duradoura. Esse é o tipo de fé que Deus dá. Muito diferente da fé humana, muito diferente.
Posso dar-lhe um exemplo simples de como a fé humana funciona? Nós vivemos pela fé humana. Quer dizer, vivemos pela fé humana todos os dias de nossas vidas.
Você vai a um restaurante, pede algo e come. Isso é um ato de fé! (risos). Você não sabe como aquela comida foi feita e nem pode ter certeza da qualidade. Não sabe em que condição foi feita, quem a fez e de onde vieram os ingredientes. Isso é um ato de fé! (risos).
Os motores dos automóveis funcionam por explosões. Você entra em um carro com o tanque cheio de gasolina, liga a ignição e ali começa uma série de explosões pertinho de seus joelhos. E você não teme morrer queimado! Isto é um ato de fé! (risos).
E você pega este automóvel, vai para uma rodovia de alta velocidade e não espera ver uma carreta vindo à sua frente, em trajetória oposta. É um ato de fé! (risos).
Assim é como quando você deita em uma cama, o médico lhe aplica uma anestesia, abre seu corpo e meche dentro de você. E você nem pode saber o que ele está fazendo dentro de você e nem se esquecerá de algo lá. É um ato de fé! (risos).
Mas, há uma razão para isso. Isso é uma fé educada. Isso é uma fé humana treinada.
Vemos que motores não andam explodindo à toa por aí. Geralmente os médicos procedem corretamente e não andam esquecendo ferramentas dentro das pessoas. Também aquele restaurante que você vai, funciona há muitos anos e não há notícias de pessoas morrendo ao saírem de lá.
Mas, quando se trata de colocar a sua fé em Jesus Cristo, você literalmente tem que negar a si mesmo, abandonar completamente a si mesmo em favor de alguém que você nunca viu e que não pode conhecer até chegar ao completo abandono.
Isso exige uma fé que está além da fé humana normal. Ela exige uma fé que é um dom de Deus, uma fé sobrenatural. E o único tipo de fé que Deus dá é uma fé que perdura.
Você não poderia usar sua própria fé para ser salvo e nem continuar salvo. Se você depender de uma fé humana para seguir a Cristo, você a perderá quando se deparar com as decepções, tragédias, tristezas, provações, etc.
A fé humana tem alguma eficácia quando tudo, ou quase tudo, lhe está favorável. É uma fé do tipo: “Venha a Jesus e tudo ficará ótimo em sua vida”.
É o dom da fé, a fé sobrenatural, dada por Deus, que perdura quando as coisas não vão como você esperava. Esta fé duradoura é humanamente inexplicável. Foi este tipo de fé que marcou os profetas, os mártires, aqueles que perderam tudo por causa do Evangelho.
Não é uma fé humanamente explicável. Esta segurança em Cristo, então, está ligada a uma fé perseverante, que irá perseverar até o fim.
E qualquer ideia de salvação que deixa de fora a segurança é uma distorção da verdade. E qualquer ideia de segurança que deixa de fora a perseverança é uma distorção da verdade.
Você não pode ter salvação sem segurança. Você não pode ter a vida eterna que não seja eterna, e você não pode ter uma salvação segura sem uma fé perseverante.
Então, obviamente, isso não significa que somos perfeitos, mas isso significa que perseveramos. Não é fazer uma “oração decisória”, continuar com a velha vida e pensar que está seguro. Não é isto. Isso é uma distorção terrível.
Há muitos textos para se estudar em relação a isso, mas deixe-me levá-lo para um texto que eu acho que vai ser muito útil para nós.
Abra sua Bíblia na primeira carta de Pedro, capítulo 1, versos 3 a 9. É um texto muito rico. Nele está incluso uma doxologia (glorificação da grandeza e majestade divinas), tal como Judas encerra sua carta.
1 Pedro 1
3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,
4 Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós,
5 Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo,
6 Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações,
7 Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo;
8 Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso;
9 Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.
O coração desta passagem está no verso 5, onde diz que “mediante a fé estamos guardados”. Ou seja, estamos protegidos. No verso 8 há uma nova ênfase na fé e no verso 9 na salvação final, na glorificação.
Esta questão de segurança, de estar protegido, está ligada a uma fé duradoura. Agora, antes de olharmos para os detalhes dessa passagem, que continuaremos na próxima vez, quero antes dar uma visão panorâmica dela.
Deixe-me parar e falar um pouco sobre Pedro. É uma figura muito conhecida por todos nós. Se alguém tinha que escrever um tratado sobre a perseverança dos santos, este escritor deveria ser Pedro.
Ele é a pessoa certa para dar testemunho de perseverança, porque se havia alguma pessoa, no Novo Testamento, que era constantemente sujeito a falhas, esse foi Pedro.
O mesmo homem que escreveu estas palavras foi o homem que mais frequentemente experimentou a proteção de uma fé perseverante.
Com base no registro dos Evangelhos, exceto Judas Iscariotes, nenhum dos discípulos de nosso Senhor foi mais impetuoso, errático, ambicioso, egoísta, vacilante, fraco, covarde e de cabeça quente, do que Pedro.
Ele recebeu duras confrontações do Senhor, sendo uma muito grave: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mateus 16:23).
Esta repreensão ocorreu momentos após Pedro ter dito a Jesus uma tremenda declaração: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16).
Mas, Pedro foi este grande exemplo do alto extremo e do baixo extremo. Ele é a prova de que um verdadeiro crente pode tropeçar e falhar, por vezes seriamente; ser fraco e covarde e fazer desmentidos temporários.
Mas, porque ele tinha recebido a proteção por meio de uma fé duradoura, produzida em seu coração pela obra soberana de Deus, ele nunca falhou completamente ou definitivamente.
Após negar o Senhor, Pedro chorou amargamente, querendo ser restaurado desesperadamente. Em Lucas 22:31, Jesus o avisou que aquilo iria acontecer: “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo!”.
Você entende que Satanás não pode fazer nada a ninguém, a menos que tenha permissão? Satanás está sob o domínio de Deus, ele não pode fazer nada além do que Deus permite que ele faça.
Satanás queria destruir Pedro, porque ele sabia o quão importante Pedro seria para o cumprimento dos propósitos de Deus.
Em Lucas 22:32, Jesus disse a Pedro: “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos”.
Eu amo isto: “Eu roguei por ti, para que tua fé não desfaleça” Uau! Eu vou dizer uma coisa: se foi assim que Jesus orou, isso é o que iria acontecer. A fé de Pedro não desfaleceria jamais.
Bem, Pedro não entendeu nada. Ele pensava ser muito forte e ter em si o sustento de sua fé. Ele respondeu no verso 33: “Senhor, estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte”.
No verso 34, Jesus olhou para ele e disse: “Afirmo-te, Pedro, que, hoje, três vezes negarás que me conheces, antes que o galo cante”.
Jesus deixou isso acontecer. Satanás não poderia ter posto Pedro a prova, se o Senhor não tivesse permitido.
Jesus sabia que Pedro iria falhar, mas sua fé não seria destruída, pois o Senhor havia intercedido por ele, para que a fé de Pedro não desfalecesse.
E sua oração é sempre ouvida e atendida pelo Pai, porque Jesus sempre ora de acordo com a vontade do Pai, assim como o Espírito intercede de acordo com a vontade do Pai.
Você pergunta: “Por que Jesus deixou isso acontecer?” O Senhor não precisava saber que Pedro não tinha forças para sustentar sua fé, mas Pedro precisava saber disto.
Bem, agora você diz: “Bem, ok! O Senhor orou por Pedro para que sua fé não desfalecesse, e quanto a nós?”. Veja o que Jesus diz em sua oração por seus discípulos, em João 17:
João 17
9 Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.
10 E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado.
11 E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
12 Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
17 Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
19 E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.
20 E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim.
Uau! Que oração incrível! Ele clama ao Pai para guardar e manter Seus discípulos. E Suas orações são sempre atendidas pelo Pai.
Ele intercedeu não somente por Pedro e por aqueles apóstolos que estavam com Ele, mas por todos os eleitos, justificados e santificados. O efeito daquela oração alcançou a nós nos dias atuais. Veja como Ele finalizou essa tremenda oração:
João 17
22 E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
23 Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.
24 Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.
25 Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.
26 E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.
Então, você vê, o Senhor Jesus Cristo está intercedendo por Pedro, como é registrado em Lucas 22. É a mesma intercessão que Ele realiza em João 17, e não é apenas pelos apóstolos, mas por todos Seus filhos ao longo dos séculos.
Temos em Hebreus 7:25 uma tremenda declaração, que não somente reafirma a segurança eterna da salvação, bem como indica quem gera essa segurança: “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”.
“Perfeitamente” pode ser traduzido como “totalmente”, “completamente” ou “para sempre”. Aqui temos sua intercessão e os resultados dela.
A verdadeira fé procede de Deus, é dada por Deus a seus eleitos, é mantida e sustentada por Deus. Jesus é nosso intercessor, o Pai sempre O ouve, porque Ele pede apenas aquilo que está na vontade do Pai.
E como já referi anteriormente, o Espírito Santo também realiza esta grande obra de intercessão.
E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos (Romanos 8:26-27).
O Espírito Santo intercede por nós com gemidos profundos demais para se tornarem palavras. É uma intercessão e comunhão interna trinitária.
O Espírito Santo intercede por nós, e sempre conforme a vontade de Deus. Suas intercessões são plenamente atendidas pelo Pai. Aqui está a razão da perseverança de nossa fé e a segurança eterna de nossa salvação.
Então, Cristo ora de acordo com a vontade de Deus para que a nossa fé não desfaleça, para que o Pai nos mantenha perseverantes. O Espírito ora de acordo com a vontade de Deus. E, como resultado:
E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou (Romanos 8:28-30).
Ele intercede por nós até que sejamos “conformes à imagem de Cristo”, quando receberemos um corpo glorificado igual ao de Jesus, este é o prêmio da soberana vocação, quando o “que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade” (I Coríntios 15:51).
Em Filipenses 3:14, Paulo diz: “Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.
Quando você pensa a respeito de como você será quando estiver no céu, não imagine como sendo conforme Jesus fisicamente, mas conforme a Sua santidade perfeita. Fomos escolhidos, chamados, justificados, santificados e seremos glorificados.
Até que este momento chegue, os verdadeiros crentes são mantidos e sustentados pela obra intercessora de Jesus Cristo e do Espírito Santo. Sem isto, ninguém se salvaria, pois não há como sustentarmos a fé por nossas próprias forças.
Foi o que Jesus disse a Pedro: “Oro para que a sua fé não desfaleça”. E Ele sempre ora de acordo com a vontade do Pai, que sempre responde às orações de acordo com a Sua vontade.
Se sua salvação dependesse de sua fé humana, você nunca seria salvo. Se manter a sua salvação dependesse de sua fé humana, você a perderia rapidamente.
A fé que salva e guarda a salvação não é humana, é uma fé que é sobrenatural, que procede de Deus. Esta fé é que introduz o homem no Reino de Deus e o mantém lá.
Veja isto em Jeremias 32:40, uma tremenda declaração sobre a Nova Aliança:
E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim.
Que declaração! É a natureza dessa aliança eterna, a salvação divina que nunca se afastará dos redimidos. O próprio Deus a colocará em nossos corações, haverá em nós um temor sobrenatural para que não nos desviemos Dele.
É um pacto eterno de uma salvação eterna, baseada em uma fé duradoura. Essa fé nunca falha. Não há verdadeiros cristãos que se tornam desertores da fé.
Você pode dizer: ‘bem, espere um minuto. A Escritura Sagrada está cheia de advertências para um cristão não cair. Em Hebreus 6:4, há a advertência para não cair e colocar Cristo à vergonha pública. Em I Timóteo 1:19-20, Paulo fala sobre alguns que naufragaram na fé e que foram entregues a Satanás para aprenderem a não blasfemar. E então, o que dizer sobre isto?‘
Sim, é claro. E esses são avisos direcionados aos falsos crentes. Esses são avisos para as pessoas que se aproximam do Evangelho, fazem um reconhecimento superficial do Evangelho, mas não são comprometidas com ele. São falsos cristãos.
É muito importante você entender que a doutrina da perseverança dos santos não diz respeito àqueles que apenas aparentam um compromisso com Cristo, que fazem uma “oração decisória” sem qualquer essência dentro de si, que foram tocados apenas em suas emoções e desejos diversos.
O verdadeiro crente vem a Jesus por meio de uma fé sobrenatural, que o leva a amar a justiça, amar a Cristo e ter ódio do pecado. Ele não se torna perfeito, mas persevera no caminho da justiça.
[No terceiro sermão desta série, John MacArthur faz uma análise profunda dos textos normalmente usados por aqueles que rejeitam a doutrina da segurança eterna da salvação e perseverança dos santos. Veja os links no final deste texto].
Bem, Pedro entendeu o poder de Deus para nos manter salvos. Ouça isto: se um redimido pudesse perder a salvação, Pedro teria perdido a dele.
Depois de ouvir “para trás de mim Satanás”, desmentir o Senhor arrogantemente, quanto Ele falou sobre a fragilidade de suas forças, negar ao Senhor três vezes, teve ainda as ocorrências de João 21.
Em João 21, Jesus ressurreto, o Senhor que venceu a morte e saiu da sepultura, já havia aparecido em várias ocasiões aos discípulos. Eles estavam ali, na Galileia, porque Jesus os havia ordenado irem para um monte e a esperar por Ele: “E os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha designado” (Mateus 28:16).
Pedro, como um líder, conduz os demais a uma pescaria, ou seja, desobedecendo ao que o Senhor tinha dito: “aguardá-lo num monte”. Mas Pedro diz: “Vou pescar”. Ou seja, “para mim chega!”.
Você pode perceber muito sobre o que Pedro disse. Se você olhar para o texto grego, pode indicar que ele estava dizendo: “Eu estou voltando para fazer o que eu costumava fazer”.
E ele pode muito bem ter pensado: ‘Você sabe, eu tenho sido realmente um fracasso como apóstolo, eu neguei a Cristo três vezes com maldições. Eu falo demais. Eu já disse tantas coisas tolas. Eu quase me afoguei por falta de fé. Então, talvez seja melhor eu voltar a fazer o que costumava fazer. Vou pescar.’
E todos os outros discípulos, que vieram basicamente da mesma profissão de pescador, tornando-se impacientes e com uma fé falha, disseram: “Nós iremos também”. E foram. Pedro era, de fato, o líder deles.
Eles entraram no barco e naquela noite não apanharam nada. Claro, o Senhor afastou deles todos os peixes. Nenhum peixe chegou perto daquele barco.
E, claro, você sabe o que Pedro estava pensando: ‘Eu não sei como ser um apóstolo, mas pescar eu sei e posso’.
E o Senhor estava dizendo: ‘Oh não, você não pode. Você só pode pescar se houver peixes.’ Eles saíram, trabalharam a noite toda e não pegaram nada. E isso é difícil de acontecer quando você pesca a noite toda.
Frustrados pelo fracasso da pescaria, eles percebem um homem na praia. Os discípulos não sabiam que era Jesus. Ele chegou, assim como Ele disse que faria, só que Ele teve que descer o monte para encontrá-los, por causa da desobediência deles.
Jesus disse, em outras palavras: “Filhos, vocês não têm qualquer peixe, não é?” E eles responderam-lhe: “Não”.
Jesus mandou que eles jogassem a rede do lado direito do barco, que eles achariam peixes. Imagine você falando isto a pescadores experientes… Se eu fosse um deles, eu diria: ‘Será que ele pensa que os peixes escolhem um lado do barco para ficarem? Será que ele pensa que já não tentamos de tudo?’
Mas, eles fizeram o que Jesus disse, eles perceberam algo diferente naquela ordem. Os peixes, assim como os ventos na tempestade (Mateus 8:26-27), O obedeceram, e se aglomeraram em grande quantidade ao lado do barco.
Quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, ele não disse: “Nós vamos estar aí em um momento!”, não. Ele apenas vestiu sua roupa e lançou-se ao mar.
Ele não queria ver o Senhor, a menos que estivesse devidamente vestido. Atitudes repentinas que eram típicas de Pedro. Os outros discípulos vieram no barco, arrastando uma rede cheia de peixes.
Pedro teve problemas para sustentar um relacionamento com Cristo, mas ele realmente queria este relacionamento. Ele odiava suas próprias deserções. Sua mente estava confusa. Suas atitudes estavam confusas.
Então, quando eles chegaram em terra, viram peixes já nas brasas e pão. Jesus tinha feito o café da manhã. Jesus chegou ao encontro dos discípulos, que estavam em uma postura de desobediência. E, era essencial para Ele, restaurar o relacionamento com eles, em particular com Pedro, porque Pedro era muito importante como líder.
Jesus diz: “Pedro, amas-me mais do que estes?” Alguns pensam que a palavra “estes” referia-se aos “peixes, redes e barcos”. Outros pensam que Ele quis dizer sobre os outros discípulos, afinal Pedro havia dito: “Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu” (Marcos 14:29).
Jesus poderia muito bem estar dizendo: “É realmente verdade que você me ama mais do que estes homens me amam?”.
Em qualquer caso, Ele está dizendo: “Você me ama supremamente?”.
Ele disse: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo.” Ele disse: “Apascenta meus cordeiros”. Jesus repete a pergunta e ouve a mesma resposta.
Então, Jesus pergunta pela terceira vez, porque Pedro O tinha negado três vezes. Ele estava dando uma oportunidade para a restauração completa.
Quando Jesus pergunta para Pedro se ele O ama, Jesus usa o verbo grego “ἀγαπάω” (“Agapão”), querendo saber se Pedro é capaz de amá-lo com todo o seu coração, de forma profunda e incondicional. Contudo, Pedro responde que O ama com o verbo “Phileo” (afetuosa consideração, amizade), ou seja, Pedro O amava de forma incompleta.
Eu acho que Pedro estava dizendo: “Eu não posso dizer ‘Agapão'” (amor incondicional). E ele estava tão triste, porque Jesus perguntou pela terceira vez, não porque era a terceira vez, mas era como se Jesus dissesse: “Eu não penso que você tenha o direito de afirmar que Me ama, com base no modo que você tem agido”.
E assim, é como se Pedro respondesse: “Não olhe para a forma como eu agi, Tu sabes tudo, Tu sabes que Te amo. Olhe para o meu coração”. E Jesus disse-lhe: “Então, apascenta as minhas ovelhas”.
No versículo 18, Jesus diz a Pedro, em outras palavras: “Em sua juventude, Pedro, você basicamente fazia o que desejava, andava por onde queria e controlava a sua vida. Mas, quando você envelhecer, alguém vai amarrá-lo como prisioneiro e transportá-lo. Você não vai ter qualquer controle sobre ele. Em sua juventude você tinha o controle, na velhice não”. Ele estava descrevendo a morte com que Pedro iria glorificar a Deus.
E isso é essencialmente o que ele está dizendo a Pedro. Ele questiona se Pedro está disposto a dar sua vida por Ele.
Ele estava dizendo que Pedro pagaria o preço máximo, ou seja, uma morte sob muitos sofrimentos.
Qualquer relação legítima com Jesus Cristo, que afirma que Ele é o Senhor supremo e amado, é caracterizada por uma obediência a todo custo.
E Pedro foi fiel até o fim. Quando chegou a hora de ser crucificado, ele não se permitiu morrer como o Senhor, não se considerou digno.
Ele pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, uma forma mais dolorosa de morrer. Ele suportou até o fim.
Não há ninguém melhor quer Pedro para escrever sobre a perseverança dos santos, a fé persistente, o amor duradouro e manter-se fiel até o fim.
Não há ninguém melhor para escrever isso do que Pedro, o homem que se arrependeu em lágrimas, que estava muito aflito por seus próprios fracassos, mas que mergulhou na água para nadar o mais rápido que pôde em direção a Jesus.
Ele estava tão confiante de seu próprio amor genuíno e fé, que pediu ao Senhor para ler seu coração, sabendo que no seu coração havia uma realidade, e não uma aparência. E por isso é apropriado que Pedro nos ensine sobre fé perseverante.
Volte agora à primeira carta de Pedro, capítulo 1, para um comentário final. Pedro 5 diz “que mediante a fé estamos guardados na virtude de Deus para a salvação”.
No verso 8, ele diz que “cremos Nele e nos alegramos com um gozo glorioso”, e no verso 9 diz que o resultado da nossa fé é a “salvação de nossas almas”.
Pedro está falando de uma experiência pessoal. Ele sabia do que estava falando pois, a despeito de sua fraqueza, ele tinha uma fé persistente imortal.
E essa é a fé que pertence a cada pessoa que é verdadeiramente um salvo. E no final, Pedro foi fiel em anunciar Jesus Cristo, mesmo diante da ameaça da morte.
Nos versos 3 a 9, existem seis elementos da nossa proteção. Vamos vê-los na próxima vez. Vamos orar.
Senhor, obrigado por esta confiante fé de que a nossa salvação é para sempre, que a vida eterna é obviamente eterna, que aqueles a quem o Pai escolheu serão conformados à imagem de Seu Filho, para que todos os que Ele efetivamente chamar alcancem a glória, pois são predestinados a serem feitos à imagem de Cristo.
De fato serão feitos à Sua imagem, para que todos os que estão cobertos pela Sua justiça, um dia se apresentem diante de Ti no céu, irrepreensíveis, para que todos os que estão sendo santificados sejam glorificados.
Senhor, nós Te agradecemos por esta fé duradoura, e, embora às vezes haja lutas, tropeços e quedas, apesar de nós pecarmos, às vezes pecarmos seriamente, severamente e repetidamente, nós nos vemos em Pedro, correndo de volta chorando, para ser obediente, desejando ser útil, desejando ser restaurado, desejando ser perdoado, desejando ser lavado.
Lembramo-nos de Pedro tropeçando na última ceia, deixando escapar coisas que indicavam sua ignorância. Mas, quando confrontado, dizendo: “Senhor, purifica-me de cima para baixo”, e nisso está a essência daquela fé duradoura.
Pedro te amava, apesar de como agia, apesar de sua fraqueza e falha, e ansiou pela restauração e purificação. Esta é a verdadeira fé salvadora. Este é o presente que T nos deste, pelo qual Te agradecemos.
Agradecemos e estamos confortados na confiança de que perseveraremos até o fim, porque este dom da fé é uma fé duradoura, que perdura porque Tu sempre vives para interceder, porque o Espírito ora por nós, e tanto o Filho como O Espírito sempre oram de acordo com a vontade do Pai.
E a vontade do Pai é que tudo o que Ele dá ao Filho, o Filho elevará à glória eterna e ninguém se perderá. Nós agradecemos, ó Deus, que toda a Trindade esteja reunida para nos sustentar àquela glória eterna, nisto nos regozijamos no nome do Salvador. Amém.
Esta é uma série de 10 sermões sobre a doutrina da graça, conforme links abaixo.
01. A Perseverança dos Santos – Parte 1
02. A Perseverança dos Santos – Parte 2
03. A Perseverança dos Santos – Parte 3
04. A doutrina da Eleição – Parte 1
05. A doutrina da Eleição – Parte 2
06. A doutrina da Eleição – Parte 3
07. A doutrina da incapacidade absoluta
08. A doutrina da Expiação Eficaz, Parte 1
09. A doutrina da Expiação Eficaz, Parte 2
10. O chamado Eficaz de Deus
Este texto é uma síntese do sermão “The Perseverance of the Saints, Part 1″, de John MacArthur em 29/08/2004.
Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:
http://www.gty.org/resources/sermons/90-270/the-perseverance-of-the-saints-part-1
Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno