A Pergunta Mais Importante
Jesus perguntou aos apóstolos: “Quem dizem as multidões que sou eu? Mas vós, quem dizeis que eu sou?” Essa é a questão mais crítica que uma pessoa pode enfrentar: “Quem é Jesus?”. A resposta de cada um definirá sua eternidade, se no céu ou no inferno.
Essa pergunta introduz a questão mais crítica a enfrentar por qualquer pessoa: a questão da identidade de Jesus.
Lucas 9
18 Estando ele orando à parte, achavam-se presentes os discípulos, a quem perguntou: Quem dizem as multidões que sou eu?
19 Responderam eles: João Batista, mas outros, Elias; e ainda outros dizem que ressurgiu um dos antigos profetas.
20Mas vós, perguntou ele, quem dizeis que eu sou? Então, falou Pedro e disse: És o Cristo de Deus.
21 Ele, porém, advertindo-os, mandou que a ninguém declarassem tal coisa,
22 dizendo: É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas; seja morto e, no terceiro dia, ressuscite.Mateus 16
13 Indo Jesus para os lados de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem?
14 E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas.
15Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?
16 Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Jesus perguntou aos apóstolos: “Quem dizem as multidões que sou eu? Mas vós, quem dizeis que eu sou?” Essa é a questão mais crítica que uma pessoa pode enfrentar: “Quem é Jesus?”. A resposta de cada um definirá sua eternidade, se no céu ou no inferno.
A filosofia humanística, o secularismo, os sistemas teológicos aberrantes e as falsas religiões rejeitam a verdade sobre a natureza e a obra de Jesus Cristo.
Há todo um mundo interminável de livros, artigos, palestras e outros esforços, desde o meio acadêmico ao meio religioso, para negar o que as Escrituras Sagradas revelam sobre a pessoa de Jesus Cristo.
Todos os quatro Evangelhos apresentam de forma inequívoca a verdadeira identidade de Jesus. No final de seu Evangelho, Joao Escreveu:
Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. (João 20:30,31)
Esta afirmação é clara e precisa: Jesus é o Messias, o Filho encarnado de Deus, o único Salvador. Crer nele resulta na vida eterna.
Em seus primeiros capítulos, o evangelho de Lucas já possui muitos registros sobre a identidade de Jesus, por exemplo:
1) O anjo Gabriel disse a Zacarias: “Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e Ele reinará sobre a casa de Jacó para sempre, e seu reino não terá fim” (Lc 1: 32-33).
2) Zacarias, o pai de João Batista, testemunhou que Jesus iria cumprir todas as promessas do Antigo Testamento (Lc. 1: 68-69, 76-79).
3) No Seu nascimento um anjo disse aos pastores: “Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. (Lc. 2:10,11)
4) Simeão (Lc. 2: 25-32) e Anna (Lc. 2: 36-38), testificaram que Ele era realmente o Messias, o cumprimento das profecias do Velho Testamento.
5) Com a idade de doze anos, Jesus disse a seus pais: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?” (Lucas 2:49)
6) João Batista, seu arauto e precursor, também identificou Jesus como o Messias (3: 16-18).
7) Em seu batismo “o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea como pomba; e ouviu-se uma voz do céu: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” (Lucas 3:22), assim com fez na transfiguração (Lc. 9:35).
8) Mesmo Satanás teve de reconhecer que Jesus é o Filho de Deus (Lc. 4:3), assim como os demônios (Lc. 4:34).
Lucas introduziu a questão da identidade de Jesus quando os discípulos, de forma temerosa, perguntaram: “Quem é este que até aos ventos e às ondas repreende, e lhe obedecem?” (Lucas 8:25).
No capítulo 9 Lucas registrou o questionamento de Herodes, ao saber dos sinais que Jesus operava : “Eu mandei decapitar a João; quem é, pois, este a respeito do qual tenho ouvido tais coisas?” (Lc. 9:9).
Os judeus, influenciados por suas expectativas messiânicas distorcidas, estavam confusos sobre quem Jesus realmente era. A multidão especulava que Jesus seria João Batista ressucitado, ou Elias, ou Jeremias, ou qualquer outro profeta.
A multidão ainda não tinha se voltado contra Jesus, os sinais que Jesus operava alimentavam a expecativa de que lideraria uma rebelião vitoriosa de Israel contra Império Romano.
Na semana da cruz, a multidão ainda estava confusa, e questionava:
Nós temos ouvido da lei que o Cristo permanece para sempre, e como dizes tu ser necessário que o Filho do Homem seja levantado? Quem é esse Filho do Homem? (João 12:34).
Não era uma questão de falta de informações, a multidão sabia que Jesus tinha as credenciais messiânicas, operava sinais e maravilhas tal como nunca houve e ensinava com autoridade. A questão era a dureza de coração. Incredulidade. Jesus repondeu:
Ainda por um pouco a luz está convosco. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; e quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz… (João 12:35-36).
O final de João 12:36 registra uma tragédia eterna: “… Jesus disse estas coisas e, retirando-se, ocultou-se deles”. A luz foi embora. A rejeição final da multidão, do sistema religiosa e da nação. Jesus se ocultou deles e gastou o restante de seus dias apenas com os discípulos. A eternidade dos rejeitadores estava selada.
A persistente rejeição da verdade trouxe endurecimento judicial de Deus, de modo que não poderiam mais crer:
E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele, para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda: Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados. (João 12:37-40)
A resposta dos apóstolos
Lucas 9
20 Mas vós, perguntou ele, quem dizeis que eu sou? Então, falou Pedro e disse: És o Cristo de Deus.Mateus 16
15 Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?
16 Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
A resposta dos apóstolos, através de seu porta-voz, Pedro, era a antítese absoluta das sugestões da multidão. Quando os Doze confessaram Jesus como o Cristo de Deus, fizeram-no com todo o conhecimento do que a multidão e a liderança religiosa pensavam.
E, de forma inequívoca, eles adicionaram sua afirmação de que Jesus é “o Cristo, o Filho do Deus vivo”. “Christos” (Cristo) é a tradução grega da palavra hebraica “Mashiach“. Ambas as palavras se referem à “ungido” (Lc. 4:18; Atos 10:38; Heb. 1: 9), a quem o próprio Deus escolheu para ser profeta, sacerdote e rei (Lc. 2:26; 23:35; Atos 3:18; 4:26; Ap 11:15; 12:10).
Os apóstolos sabiam que Jesus não era apenas mais um profeta, nem um governante político e militar que se encaixaria na expectativa do sistema religioso falido. Ele foi escolhido, ungido Messias de Deus e Seu amado Filho (Mt 3:17; 17: 5.; Col. 1:13; 2 Pedro 1:17), o rei de Israel (João 01:49).
A fé dos apóstolos continuaria a vacilar até a sua ressurreição, mas eles se apegaram à identificação de quem Jesus era. Eles não entendiam muitas coisas, especialmente quando Jesus falava de sua morte. Mas não duvidaram de Sua pessoa.
No evento da primeira multiplicação de pães, Pedro havia declarado a Jesus: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus”. (João 6:68,69).
Como Pedro poderia saber que Jesus era o Filho de Deus, o Cristo?
Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. (Mateus 16:17)
Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. (João 6:44)
… ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido. (João 6:65)
Tudo me foi entreguepor meu Pai. Ninguém sabe quem é o Filho,senão o Pai; e também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. (Lucas 10:22)
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entreguepor meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai;e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. (Mateus 11:25-27)
Pessoas espiritualmente mortas (Ef 2: 1-3) não podem ser convencidas de que Jesus é Deus, o Messias, Salvador e Rei, a menos que o Senhor, soberanamente, desperte suas mentes e lhes dê entendimento (1 Cor 1:21; 2:. 10- 14; 12: 3).
Por que Jesus os impediu de declarar a verdadeira identidade dele?
Uma vez que eles tinham acabado de confessar sua crença em Deus, parecia ter sido um momento apropriado para os apóstolos espalharem a palavra sobre a verdadeira identidade de Cristo.
Eles devem ter ficado intrigados quando Jesus “advertindo-os, mandou que a ninguém declarassem tal coisa” (Lc. 9:21). O sentido original é que Jesus fez de forma veemente essa advertência.
A razão para essa advertência foi para instruir seus seguidores que a mensagem que eles deveriam pregrar não poderia ser outra senão a de Jesus como Salvador. Por isso eles só foram enviados a pregar permanentemente depois de sua morte e ressurreição.
Essas conquistas consumadas pelo Senhor Jesus seria o coração essencial do evangelho. Essa era a mensagem que deveria ser pregada. Naquele momento ainda havia na mente dos discípulos confusões sobre a obra de Jesus, inclusive uma expectativa que Ele restaurasse o reino a Israel em sua primeira vinda.
Na sequência, Mateus registra exatamente como os discípulos poderiam distorcer a pessoa de Cristo e sua missão, se saíssem a pregar naquele momento:
Mateus 16
20 Então, advertiu os discípulos de que a ninguém dissessem ser ele o Cristo.
21 Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia.
22 E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá.
23 Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.
Os discípulos ainda estavam confusos, a cruz era algo incabível na mente deles, mas a cruz estava no plano eterno de Deus. Que tipo de mensagem eles poderiam pregar naquele momento?
Tudo aquilo profetizado em Isaías 53:4-10 iria acontecer. Mas os discípulos ainda estavam confusos e não podiam entender naquele momento. Que tipo de mensagem eles pregariam sem entender corretamente essas profecias?
Jesus seria ferido por causa de nossas transgressões, moído por nossas iniquidades, sofreria o castigo que nos traria a paz, por suas pisaduras seríamos sarados, o Senhor faria cair sobre ele a iniquidade de todos os eleitos.
Ele seria oprimido e aflingido mas não abriria a boca, como um cordeiro seria levado ao matadouro. Seria cortado da terra dos viventes e sepultado, embora nunca tenha cometido injustiça ou proferido qualquer engano. E o Senhor ficaria satisfeito em esmagá-lo, para que seu plano redentor fosse consumado.
As esperanças messiânicas dos apóstolos sofreram um golpe impressionante. O plano de Deus não era Jesus inaugurar seu reino em sua primeira vinda, mas que ele deveria suportar o cálice da ira de Deus para consumar o plano redentor. Paulo escreveu:
Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus (2 Coríntios 5:21)
Tendo sido a redenção realizada, Jesus se levantaria em triunfo:
[Jesus] a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai (Fp. 2:7-11).
Os discípulos não teriam condições de entender tudo isso naquele momento, mas na sua ascensão, Jesus os ordenou a pregar o evangelho a todos os povos. E na primeira oportunidade, no Pentecostes, Pedro declarou:
Atos 2
22 Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis;
23 sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos;
24 ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela.
32 A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.
33 Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis.
36 Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.
38 Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
39 Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.
Este texto é uma síntese do texto “The Answer To Life’s Greatest Question”, de John MacArthur, parte do livro “The MacArthur New Testament Commentary”.
Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno