A Misericórdia de Jesus
Continuando nossa trilha no Evangelho de Marcos, vamos olhar agora para Marcos 10: 46-52, encerrando o capítulo 10. Pretendo concluir os capítulos de 11 a 16 nos próximos 6 meses. E assim concluir todo o Novo Testamento, no qual trabalhamos por mais de 40 anos. Será um dia monumental.
Marcos 10
46 E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho
47 e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
48 E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
49 Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama.
50 Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.
51 Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver.
52 Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora.
Aqui temos um contraste com o que aconteceu nos versículos anteriores, onde Tiago e João pediram por um lugar de glória no reino. Jesus lhes respondeu: “Não sabeis o que pedis” (v. 38). E completou:
Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (Marcos 10:43-45)
Mas agora chega diante de Jesus um cego que não estava buscando exaltação, ele só queria enxergar. Este é o último grande milagre no ministério de Jesus. Depois disso ocorreu apenas a maldição da figueira (Mateus 21).
Os milagres de Jesus começaram bem no Norte, na pequena vila perto de Nazaré chamada Caná, onde Ele transformou água em vinho, registrado em João capítulo 2. Termina aqui alguns anos depois, dando visão ao cego.
Tudo começou no norte da Galileia e terminou na Judéia. Do norte ao sul, da região montanhosa à região baixa, e em todos os lugares que passou, Jesus fez milagres. Ele fez sinais, maravilhas e feitos poderosos exibindo Sua divindade, Sua compaixão e Seu poder, e o tempo todo pregando a salvação e a entrada em Seu reino glorioso.
Este milagre coloca um ponto final. Na sua maravilhosa e incomparável vida, desde Seu batismo no rio Jordão, Ele encheu a terra de Israel com demonstrações de poder sobrenatural sobre doenças, demônios, a morte e a natureza. Ele mostrou que tinha autoridade absoluta sobre qualquer coisa.
Estamos no final do capítulo 10 de Marcos. O capítulo 11 começa com a entrada de Jesus em Jerusalém. O momento de o Senhor se tornar o cordeiro sacrificial estava muito próximo. Ele estava indo a Jerusalém pela última vez, conforme ele disse em Marcos 10: 32-34.
Estava chegando a hora de Jesus enfrentar uma enorme onda de ódio dos líderes de Israel e a rejeição final de Israel. A multidão superficial que o aclamaria como rei na entrada de Jerusalém, foi a mesma que, poucos dias depois, bradaria por sua execução.
Israel entraria na maior apostasia de sua história: rejeitou, odiou e matou o Messias. A morte de Jesus Cristo foi fruto de um plano predeterminado e eterno de Deus, mas não elimina a culpa de qualquer pessoa envolvida na rejeição do Messias.
Após este incidente registrado por Marcos, Lucas e Mateus, não há mais histórias de conversão até a cruz. Lá na cruz há apenas o registro do ladrão arrependido e do centurião romano. Mas na última semana antes da cruz, inclusive em Jerusalém, não há registro de conversões. Essa última semana antes da cruz foram dias de tristeza e pesar para o Senhor.
A caminho de Jerusalém Jesus dá uma última parada em Jericó, onde acontecem duas maravilhosas histórias de salvação. Duas histórias que contrastam com a rejeição da nação e ódio dos líderes e do povo.
- Uma é a história do cego Bartimeu (Marcos 10:46-52).
- A outra é a história de Zaqueu, o cobrador de impostos, que também encontrou Jesus em Jericó (Lucas 19: 1-10).
- Zaqueu e Bartimeu são os dois últimos troféus da graça salvadora soberana antes da cruz.
- E na cruz temos a história do ladrão arrependido (Lucas 23:39-43) e do centurião romano (Marcos 15:39).
Esses quatro homens (cego, cobrador de impostos, centurião romano e ladrão) faziam parte dos desprezados em Israel, eles encontraram a porta estreita do reino, que poucos acham (Mateus 7:14). Paulo escreveu:
Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. (1 Coríntios 26-29)
E olhando para o nosso texto de hoje (Marcos 10: 46-52), sobre a história de cura e conversão do cego Bartimeu, podemos dividi-la em duas partes: Primeiro, encontramos o cego e depois encontramos o Salvador.
Marcos
46 E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho
Nosso Senhor concluiu uma breve missão de pregação, ensino e cura na região de Pereia, e agora cruzou o Jordão, provavelmente por algum tipo de balsa ou jangada. O rio estaria cheio naquela época do ano, Páscoa é primavera, e a neve teria derretido no alto das montanhas do Líbano e encheu o Mar da Galileia, transbordado no rio Jordão.
Ele chegou à cidade de Jericó conhecida como a cidade das palmeiras. Cerca de seis horas de caminhada morro acima até Jerusalém. Jericó tinha uma grande população por causa da disponibilidade de água. Era uma cidade bem conhecida dos judeus, marcada pela conquista registrada em Josué 6.
- Marcos (Mc 10:46) e Mateus (Mt. 20:19) dizem que Jesus estava saindo de Jericó.
- Lucas diz que Jesus estava entrando em Jericó (Lc. 19:1).
Isso é muito interessante. O que está acontecendo aqui?
Bem, a melhor maneira de entender isso é que essas referências podem significar que Jesus estava nas proximidades de Jericó. Ele entrava e saía de Jericó porque não pretendia ficar muito tempo, embora demorasse o suficiente para passar uma tarde e uma noite na casa de Zaqueu, o cobrador de impostos, a quem trouxe a salvação.
Se Ele estava neste ponto entrando antes do incidente com Zaqueu ou saindo depois do incidente com Zaqueu, não se pode ser dogmático. Mas é seguro dizer que, de qualquer forma, é nas proximidades de Jericó que isso acontece.
Com Jesus chegando a Jericó, e com tantos peregrinos passando por Jericó a caminho de Jerusalém, Zaqueu subiu em uma árvore para ver Jesus chegando (Lucas 19:4). A notícia da chegada de Jesus despertou uma multidão de curiosos.
No topo da colina de Jericó, logo antes de entrar em Jerusalém, há um pequeno vilarejo chamado Betânia. E não muito antes disso, Jesus tinho ido a Betânia e ressuscitou Lázaro dentre os mortos (João 11). E a notícia certamente chegou a Jericó.
E foi porque Jesus ressuscitou Lázaro dentre os mortos que os líderes judeus decidiram que deveriam matar Jesus (João 11:53). Então Jesus é o foco de imensa atenção. E para aquele coletor de impostos, desprezado no meio da multidão, o chama para seu reino (Lucas 19: 9-10).
A história em Marcos 10: 46-52 se concentra em um mendigo cego sentado à beira da estrada, chamado Bartimeu.
A cegueira era o seu problema. Foi isso que fez dele um mendigo. Não sabemos se ele nasceu cego, como aquele cego de nascença que Jesus havia curado (João 9) ou se a cegueira veio sobre ele depois.
Na teologia do judaísmo apóstata, um cego estava sob julgamento divino. Era uma punição de Deus. Em João 9, os discípulos perguntaram a Jesus sobre o cego de nascença: “Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” (João 9:2).
Então aqui está um homem cego condenado ao ostracismo, visto como uma pessoa amaldiçoada. Quando Jesus chamou os fariseus de líderes cegos (Mateus 23: 16-17, 19, 24) isso foi uma ofensa severa para eles, porque os cegos eram considerados amaldiçoados.
Mateus nos conta que havia outro cego nesta cena (Mateus 20:30). Marcos se concentra apenas em um deles, Bartimeu, filho de Timeu (Marcos 10:46). E Lucas também se concentra apenas em um (Lucas 18:35), sem falar o nome.
Por que Marcos chama o cego pelo nome? É muito possível que Bartimeu tenha se tornado um crente conhecido na igreja primitiva. E quando Marcos escreveu seu evangelho, possivelmente ele quis contar a história de conversão de um crente conhecido.
Um cego era visto como alguém abaixo dos pecadores impuros e degradados, era visto como amaldiçoado. Pior do que ser cego somente os cobradores de impostos. E a salvação de um homem visto como uma escória foi uma repreensão severa de Jesus contra o judaísmo apóstata.
Quando Bartimeu sentiu um grande movimento perguntou o que estava acontecendo, quando foi informado que Jesus, o nazareno, passava por ali (Lucas 18: 36-37).
Outros homens de Nazaré já haviam passado por ali a cominho de Jerusalém. Mas Bartimeu teve a percepção de que Jesus não era apenas mais um que passava ali.
Marcos 10
47 e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
48 E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
Ele grita: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!”. O verbo grego traduzido como gritar é uma palavra muito forte. É usado em Marcos 5 para falar de epilépticos insanos, pessoas possuídas por demônios. É usado também nas Escrituras para falar das dores de parto e os gritos de uma mulher (Apocalipse 12).
Ele gritou de angústia e desespero, e não disse: “Jesus de Nazaré”, mas: “Jesus, filho de Davi”. “Jesus” quer dizer “Jeová Salva” e “Filho de Davi” é um título messiânico. Ele cria que era o Messias, o herdeiro do trono de Davi (2 Samuel 7).
O Messias receberia o reino que havia sido prometido a descendência de Davi. O filho maior de Davi seria o Rei que traria o cumprimento de todas as promessas tanto a Davi quanto a Abraão.
Este era o título judaico mais comum para o Messias: “Filho de Davi”. Quando Jesus foi recebido inicialmente como rei em Jerusalém, Ele foi chamado de “Filho de Davi” (Mateus 21: 9, 15-16).
É por isso que na genealogia de Jesus, em Mateus 1: 1-17, mostra que José era descendente de Davi. Na genealogia de Maria, em Lucas 3: 23-38, mostra que Maria veio da linhagem de Davi. Seus pais terrenos eram da linhagem de Davi. Ele é verdadeiramente um filho de Davi.
Mais do que isso, Filho de Davi é o título messiânico em sua forma mais pura. Por isso o anjo disse a Maria:
Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. (Lucas 1:31-33)
Bartimeu estava reconhecendo Jesus como o Messias. E lhe faz um pedido aos gritos: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!”. Ele devia ser convencido pela teologia falsa de que era um homem amaldiçoado. Não considerava ser merecedor de nada, ele sabia que era um pecador necessitado de misericórdia.
E, a propósito, para mostrar como ele era tratado naquela sociedade, seu grito não desperta nenhuma simpatia da multidão. Ele foi repreendido severamente pela multidão, que pedia para que ele se calasse. Ele era um incômodo.
Eles desprezavam os cegos e mendigos como párias. Mas isso não teve nenhum efeito sobre ele. Ele persistiu em gritar. Eu realmente creio que o Espírito de Deus o estava atraindo.
Ele creu em tudo o que ouviu sobre Jesus, e ouviu o suficiente para crer que Ele era o Messias. Ele sabia que era um pecador e ainda vivia sob o rótulo de ser um amaldiçoado. Ele precisava de misericórdia e lutou por essa misericórdia. Ele sabia que Jesus era o Messias, e, portanto, misericordioso.
Sua fé havia subido ao nível mais alto, seu coração viu a luz antes mesmo que seus olhos se abrissem. Seu coração tinha visto Jesus antes mesmo de seus olhos pudessem ver.
Ele foi uma figura muito parecida com o publicano, que não ousava levantar os olhos ao céu, batia no peito e dizia: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, um pecador” (Lucas 18:13). Ele cria que a misericórdia de Deus viria até ele através do Messias que era Jesus. Havia nele uma fé genuína em Cristo.
A reaação garciosa de Jesus
Marcos 10
49 Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama.
50 Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.
Enquanto as pessoas pediam para Bartimeu calar-se, Jesus o chamou para perto de si. De repente a multidão muda o tom e diz a Bartimeu: “Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama”.
A resposta de Jesus a Bartimeu mudou a atitude das pessoas naquele momento. Talvez aquelas pessoas estivessem curiosas para ver outro milagre.
Marcos 10
51 Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver.
Pouco tempo atrás João e Tiago disseram a Jesus que queriam lhe fazer um pedido. Jesus perguntou a eles: “Que quereis que eu faça?” E eles responderam pedindo exaltação, um lugar de destaque no reino (Marcos 10: 35-37). Jesus respondeu:
Não sabeis o que pedis […] quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. (Marcos 10: 38, 43-44)
Bartimeu, em atitude totalmente diferente, sabia que não era digno de nada, e pede a misericórdia de Jesus, para que pudesse ver.
Bartimeu chama Jesus de Mestre. A palavra grega traduzida como “Mestre” tem o sentido de reconhecimento de Jesus como seu Mestre e seu Senhor. Jesus assume a postura de servo, e pergunta-lhe: “Que queres que eu te faça?”
Ao demonstrar sua compaixão, humildade, ternura, bondade, afeição, graça e misericórdia, o Rei voltou-se para um mendigo cego, tido como amaldiçoado ou uma escória da sociedade, e teve uma atitude de servo: pergunta o que Bartimeu queria pedí-lo.
O mendigo pediu para que Jesus lhe desse visão. De acordo com Lucas 18:42, Jesus disse: “Recupera a tua visão; a tua fé te salvou”. Mateus 20:34 diz que Jesus tocou em seus olhos.
Marcos 10
52 Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora.Lucas 18
42 Recupera a tua visão; a tua fé te salvou,
43 Imediatamente, tornou a ver e seguia-o glorificando a Deus. Também todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.
Aqui há uma conversão. Ele reconhecia a Jesus como seu Senhor, mestre e Messias. Ele sabia que era um pecador necessitado de misericórdia. Ele sabia que estava diante de quem concede a misericórdia que ele precisava.
Não houve ali apenas uma cura. Foi muito mais que isso. Jesus disse: “Vai; a tua fé te salvou”. A palavra grega traduzida como “salvou” é uma palavra que engloba cura e salvação, não apenas cura. E imediatamente Bartimeu seguiu a Jesus.
A evidência da cura é óbvia: “Ele tornou a ver”. A evidência da salvação também é óbvia: “imediatamente ele passou a seguir Jesus”. Mateus 20:34 diz que o outro cego curado também passou a seguir Jesus imediatamente. Bartimeu seguia Jesus pelo caminho, glorificando a Deus. Ele se tornou um adorador.
Um homem que não podia ir a lugar nenhum, era um mendigo porque não podia ver, não tinha esperança a menos que Cristo viesse a ele. Esta é a imagem de todo pecador e de sua única esperança.
Jesus foi para as terras baixas de Jericó, para chamar para o reino dois tipos de pessoas rejeitadas: um cobrador de impostos e dois cegos. Foram eventos realmente impressionantes.
E o povo viu tudo. E, de acordo com Lucas 18:43, dava louvores a Deus. A cura dos cegos certamente contribuiu para o reconhecimento passageiro de rei que Jesus teve ao entrar em Jerusalém logo em seguida.
Tantas lições aqui. Você vê a profunda compaixão do Senhor. Você vê que Ele nunca ignora o clamor de um verdadeiro coração arrependido; e pecadores desesperados que sabem que não são dignos de nada sempre serão ouvidos por Ele.
Você aprende novamente o que vimos durante todo o Seu ministério, que Ele tem o poder de curar doenças. Mas muito mais importante, Ele tem o poder de salvar os pecadores, transformá-los em seguidores obedientes que vivem uma vida de verdadeira adoração.
É por isso que estamos aqui agora, porque fomos atraídos por Jesus em algum lugar ao longo da estrada em nossas vidas. Em nossa cegueira, em nosso desespero, Ele passou, e nossos corações foram despertados, e clamamos: “Filho de Davi, tem misericórdia de mim”.
E Ele ouviu nosso clamor. E tudo isso é possível porque Ele foi até Jerusalém, até a cruz e saiu do outro lado do túmulo aberto.
Pai, nós Te agradecemos pelo registro dessa história tão maravilhosa. Somos tão abençoados por ter a Tua Palavra e todos os ricos e maravilhosos detalhes que ela nos fornece – tão coesos, tão claros, tão verdadeiros, tão consistentes.
Vimos novamente uma imagem aqui do que é a salvação. Somos todos como Bartimeu, irremediavelmente cegos, incapazes de Te buscar. O Senhor é tem que nos procurar e nos encontrar ao longo da estrada poeirenta da vida, e ouvir nosso clamor, e despertar nosso coração, e despertar nossa fé. Mas o Senhor tem o poder de fazer isso e a compaixão para fazer isso.
Nós te louvamos, e sabemos que tudo isso é possível, assim como foi para este homem e seu amigo, por causa da cruz e do sacrifício que o Senhor fez ali.
Os pecados do cego Bartimeu e de todos nós foram imputados a Ti, quando o Senhor tomou o cálice da ira de Deus no Calvário. Tu suportou tudo pela alegria que te foi proposta; e a alegria era agradar ao Pai e ter a adoração dos pecadores salvos para sempre.
Agradecemos, Senhor, por nos contar com aqueles mendigos que precisavam de misericórdia e a encontraram por meio de Sua compaixão e por meio de Sua cruz, em nome de Cristo. Amém.
Esta é uma série de sermões de John MacArthur sobre o Evangelho de Marcos
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Este texto é uma síntese do sermão “The Final Miracle of Mercy”, de John MacArthur em 26/12/2010
Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:
https://www.gty.org/library/sermons-library/41-55/the-final-miracle-of-mercy
Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno